Previdência volta à pauta
CCJ do Senado deve votar hoje parecer da reforma da Previdência que, se aprovado, será encaminhado ao plenário da Casa

O mercado financeiro resgata hoje a expectativa de aprovação da reforma da Previdência, com o tema voltando à pauta no Senado. Enquanto aguardam a votação do parecer do relator, Tasso Jereissati, sobre as novas regras para aposentadoria, a partir das 10h, os negócios locais monitoram o ambiente externo, onde os investidores iniciam o quarto trimestre com um clima otimista, ignorando uma série de riscos.
A expectativa é de que o texto sobre a Previdência seja aprovado na CCJ do Senado hoje, sendo encaminhado ainda na tarde desta terça-feira para a votação em primeiro turno no plenário da Casa. Mas preocupações quanto à conclusão da proposta em segundo turno até o dia 10 não estão descartadas, após a sensação de desentendimento entre os Poderes.
O calendário pode ser ameaçado pelo quórum esvaziado no Congresso na primeira quinzena deste mês, em meio às comemorações pelo feriado de 12 de Outubro. Além disso, os senadores podem priorizar a votação de créditos suplementares para emendas, além das diretrizes para o Orçamento de 2020 (LDO).
Só os próximos dias dirão, então, se o calendário será de fato cumprido. Ainda assim, espera-se que o plenário do Senado vote hoje (e encerre amanhã) ao menos a primeira rodada da reforma da Previdência. Pequenas alterações podem ocorrer no projeto atual, mas sem comprometer a economia fiscal ao redor de R$ 900 bilhões em dez anos.
Também há expectativa pela “PEC paralela”, projeto que trata da inclusão de estados e municípios na proposta e traz algumas mudanças ao texto aprovado na Câmara, após Jereissati ter acatado apenas uma das 77 emendas apresentadas à proposta. Dessa forma, as emendas recusadas serão tratadas nesse projeto paralelo.
Enquanto isso, no exterior
Enquanto aguardam “o dia mais importante do ano” em Brasília, os mercados domésticos monitoram o comportamento dos negócios no exterior, onde o destaque ficou com a decisão do Banco Central da Austrália (RBA), que cortou a taxa básica de juros dentro do esperado para o piso recorde de 0,75%. Foi a terceira queda seguida desde junho.
Leia Também
A economia australiana vem sofrendo com a desaceleração da atividade na China, em meio à menor demanda por minério de ferro. Em reação, a Bolsa de Sydney fechou em alta de 0,8%, ao passo que o dólar australiano tem queda firme ante o xará norte-americano. Nas demais praças da região Ásia-Pacífico, a sessão foi esvaziada pelo feriado chinês.
As bolsas de Xangai e de Hong Kong não abriram hoje, em meio às comemorações do 70º aniversário da revolução chinesa, que contou com desfile militar. Já a Bolsa de Tóquio subiu 0,6%, apesar do avanço do iene em relação ao dólar e do aumento do imposto nacional sobre vendas para 10%, enquanto Seul avançou 0,5%. Entre as commodities, o petróleo avança e o ouro cai pela terceira sessão consecutiva.
No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York avançam, assim como as principais bolsas europeias, com os dois lados do Atlântico Norte relegando alguns problemas. Enquanto Wall Street ignora uma nova suspeita que recai sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desta vez, envolvendo a Austrália e a interferência russa nas eleições de 2016, o Velho Continente deixa de lado a ausência de pressões inflacionárias, apesar do desemprego baixo.
Atividade em destaque
A agenda econômica do dia está recheada de dados de atividade pelo mundo. No Brasil, a produção industrial deve crescer 0,6% em agosto, no primeiro resultado mensal positivo em quatro meses. Ainda assim, os números devem indicar um ritmo fraco da indústria brasileira no terceiro trimestre, com queda de 2,8% na comparação anual.
Os resultados efetivos serão conhecidos às 9h. Logo cedo, saem os dados sobre o desempenho da indústria na zona do euro como um todo, mas também merece atenção o resultado do setor na Alemanha a ser conhecido separadamente, uma vez que o enfraquecimento da manufatura global deve continuar pesando na indústria alemã.
Ainda pela manhã, nos EUA, sai a leitura revisada de setembro do índice dos gerentes de compras (PMI) sobre a atividade no setor industrial, às 10h45. Às 11h, é a vez do índice ISM sobre a manufatura norte-americana. No mesmo horário, saem os gastos com construção nos EUA em agosto.
O calendário econômico do dia traz também dados preliminares do mês passado da inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro. No Brasil, sai o índice de preços ao consumidor (IPC) referente ao mesmo período, medido pela FGV, pela manhã (8h). À tarde, será divulgado o resultado da balança comercial em setembro (15h).
Entre os eventos de relevo, destaque para o discurso do vice-presidente do Federal Reserve, Richard Clarida, em Washington, logo cedo. Outros membros da diretoria e do conselho do Fed também discursam, ao longo do dia, e podem dar pistas sobre o rumo da taxa de juros norte-americana até o fim do ano. Fique atento!
Frigoríficos no vermelho: por que as ações da Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) figuram entre as maiores quedas do Ibovespa hoje
O desempenho negativo do setor deve-se principalmente à confirmação de surto da gripe aviária mortal H7N9 nos EUA; entenda
Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista
JP Morgan rebaixa Natura (NTCO3) após tombo de 30% das ações; empresa lança programa de recompra
Para o banco, tendências operacionais mais fracas de curto prazo e níveis elevados de ruídos devem continuar a fazer preço sobre as ações NTCO3; saiba o que fazer com os papéis agora
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Depois de sofrer um raro ‘apagão’ e cair 20% em 2024, o que esperar de uma das ações preferidas dos ‘tubarões’ da Faria Lima e do Leblon?
Ação da Equatorial (EQTL3) rendeu retorno de cerca de 570% na última década, bem mais que a alta de 195% do Ibovespa no período, mas atravessou um momento difícil no ano passado
Ibovespa tem melhor semana do ano e vai ao nível mais alto em 2025; Magazine Luiza (MGLU3) e Natura (NTCO3) destacam-se em extremos opostos
Boa parte da alta do Ibovespa na semana é atribuída à repercussão de medidas adotadas pela China para impulsionar o consumo interno
Bolsa em disparada: Ibovespa avança 2,64%, dólar cai a R$ 5,7433 e Wall Street se recupera — tudo graças à China
Governo chinês incentiva consumo e uso do cartão de crédito, elevando expectativas por novos estímulos e impulsionando o mercado por aqui
Eztec (EZTC3) sobe forte com balanço do 4T24 e previsões ainda mais fortes para 2025. É hora de comprar ações da construtora?
Analistas destacam os resultados positivos em meio a um cenário macroeconômico deteriorado. Saiba de é hora de investir em EZTC3
Vem divórcio? Azzas 2154 (AZZA3) recua forte na B3 com rumores de separação de Birman e Jatahy após menos de um ano desde a fusão
Após apenas oito meses desde a fusão, os dois empresários à frente dos negócios já avaliam alternativas para uma cisão de negócios, segundo a imprensa local
Magazine Luiza (MGLU3) vai acelerar oferta de crédito em 2025 mesmo com juros em alta, diz Fred Trajano
O CEO do Magalu afirma que, diante de patamares controlados de inadimplência e níveis elevados de rentabilidade, “não há por que não acelerar mais o crédito”
Natura (NTCO3) derrete 29% depois da divulgação do balanço do 4T24; por que o mercado ficou tão pessimista com a ação?
Resultados ‘poluídos’ pela reestruturação da Avon Internacional e Ebtida negativo fazem o papel da empresa de cosméticos sofrer na bolsa hoje
Magazine Luiza (MGLU3) salta 17% e lidera ganhos do Ibovespa após balanço — mas nem todos os analistas estão animados com as ações
A varejista anunciou o quinto lucro trimestral consecutivo no 4T24, com aumento de rentabilidade e margem, mas frustrou do lado das receitas; entenda
Telefônica Brasil, dona da Vivo, anuncia mais JCP e aprova grupamento seguido de desdobramento das ações; VIVT3 sobe 1% na bolsa
Mudança na estrutura acionária estava em discussão desde o começo do ano; veja o que muda agora
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
O que não mata, engorda o bolso: por que você deveria comprar ações de “empresas sobreviventes”
Em um país que conta com pelo menos uma crise a cada dez anos, uma companhia ter muitas décadas de vida significa que ela já passou por tantas dificuldades que não é uma recessãozinha ou uma Selic de 15% que vai matá-la
“A Selic vai aumentar em 2025 e o Magazine Luiza (MGLU3) vai se provar de novo”, diz executivo do Magalu, após 5º lucro consecutivo no 4T24
A varejista teve lucro líquido de R$ 294,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 38,9% no comparativo com o ano anterior
Nem Trump para o Ibovespa: índice descola de Nova York e sobe 1,43% com a ajuda de “quarteto fantástico”
Na Europa, a maioria da bolsas fechou em baixa depois que o presidente norte-americano disse que pode impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas da UE — as fabricantes de vinho e champagne da região recuaram forte nesta quinta-feira (13)
Ação da Casas Bahia (BHIA3) tomba 13% após prejuízo acima do esperado: hora de pular fora do papel?
Bancos e corretoras reconhecem melhorias nas linhas do balanço da varejista, mas enxergam problemas em alguns números e no futuro do segmento
B3 (B3SA3) não precisa de rali da bolsa para se tornar atraente: a hora de investir é agora, diz BTG Pactual
Para os analistas, a operadora da bolsa brasileira é mais do que apenas uma aposta em ações — e chegou o momento ideal para comprar os papéis B3SA3
Contradições na bolsa: Ibovespa busca reação em dia de indicadores de atividade no Brasil e nos EUA
Investidores também reagem ao andamento da temporada de balanços, com destaque para o resultado da Casas Bahia