Carne vegana sim, por favor! Beyond Meat faz IPO e ações disparam mais de 170% na estreia
Primeira produtora de comida vegana a entrar na bolsa de valores americana vendeu suas ações a US$ 25 cada. Mas o que ninguém esperava era que os papéis já começariam a quinta-feira cotados a US$ 46

Apesar de o desafio de ser a primeira produtora de comida vegana a entrar na bolsa de valores americana, a Beyond Meat não fez feio e chegou abrindo o apetite de muitos investidores. Depois de fazer a abertura do seu capital (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq e de levantar US$ 241 milhões com uma oferta de 9,63 milhões de ações, os papéis da empresa subiram mais de 170% apenas nesta quinta-feira (2).
Por volta das 16h no horário de Brasília, as ações da companhia (código BYND) eram negociadas em US$ 69,18.
A Beyond Meat vender suas ações aos investidores a US$ 25 cada. Mas o que ninguém esperava era que os papéis já começariam a quinta-feira cotados a US$ 46.
A ideia da empresa é usar os mais de US$ 240 milhões arrecadados no IPO para investir na fábrica, expandir pesquisas e desenvolvimento de produtos e impulsionar a parte de marketing do negócio. Os coordenadores do seu IPO foram grandes bancos como Goldman Sachs, JPMorgan e Credit Suisse.
Ainda segundo a companhia, o objetivo é expandi-la para além dos Estados Unidos, onde os seus hambúrgueres já são populares.
Fome de gigante
Apesar de não ser nada conhecida no Brasil, a companhia norte-americana representa uma versão mais alternativa de comida vegana. No ano passado, a empresa obteve receita de US$ 88 milhões, o que representa mais do que o dobro do registrado no ano anterior.
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Ainda assim, ela não obteve lucro. No ano passado, ela registrou prejuízo líquido de US$ 29,89 milhões, o que representa uma leve melhora em relação a 2017 em que o prejuízo foi de US$ 30,38 milhões.
Mas há quem aposte alto nela. Entre os investidores da empresa estão figuras importantes como o ator Leonardo DiCaprio e o fundador da Microsoft Bill Gates.
Frigoríficos em alta no Brasil
Mas aqui no Brasil, a chegada de empresas que investem em tecnologia alternativa para produção de comida não abalou as tradicionais empresas de alimentos. Desde o início do ano, ações de empresas como JBS, BRF, Marfrig e Minerva obtiveram alta de mais de 30%. Em primeiro lugar ficou a Minerva (BEEF3) com valorização de 74%, seguido pela JBS (JBSS3), com alta de 67%. Na sequência ficaram as ações da BRF (BRFS3), com alta de 40%, e da Marfrig com 30%.
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