Vai acelerar. Bradesco tem lucro de R$ 21,6 bilhões e projeta alta de até 13% do crédito em 2019
Resultado do segundo maior banco privado brasileiro aumentou 13,4% no ano passado e ficou acima das expectativas do mercado. Rentabilidade atingiu 19,7% no quarto trimestre

Com a volta do crédito depois de praticamente "jogar parado" nos últimos anos, o Bradesco registrou lucro líquido de R$ 21,6 bilhões em 2018, um aumento de 13,4%. E sinalizou que vai acelerar na concessão de financiamentos neste ano.
Depois de bons números apresentados no terceiro trimestre e do balanço do Santander divulgado ontem, as expectativas do mercado para os resultados do Bradesco eram altas.
Mas o lucro do banco superou as projeções dos analistas, que apontavam para R$ 21,0 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg. O lucro de R$ 5,8 bilhões nos últimos três meses do ano também ficou acima da expectativa do mercado.
Não é Usain Bolt
Com o lucro maior, o segundo maior banco privado brasileiro entregou uma rentabilidade de 19,7% aos acionistas no quarto trimestre. No ano como um todo, o retorno saltou de 18,1% para 19%.
"Temos convicção de continuar entregando níveis ainda mais elevados de retorno", afirmou o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em teleconferência com jornalistas para comentar o balanço.
Lazari disse que a busca por maior retorno "não é uma corrida de Usain Bolt, mas de longo prazo". Ele não citou concorrentes, mas a afirmação pode ser uma referência ao Santander, que teve um salto na rentabilidade no quarto trimestre do ano passado e se aproximou do Itaú Unibanco.
Leia Também
Crédito de volta
Um dos destaques do balanço foi o crédito. O saldo dos financiamentos atingiu R$ 531,6 bilhões em dezembro passado.
Trata-se de um avanço de 1,6% no trimestre e de 7,8% em 12 meses. O resultado ficou acima da estimativa feita pelo banco no início do ano, de um aumento de 3% a 7% na carteira de crédito.
Para este ano, o banco pretende acelerar na concessão de financiamentos. A expectativa é que o crédito apresente uma expansão entre 9% e 13%.
Com a volta do crédito, a instituição reverteu a trajetória de queda da margem financeira, que atingiu R$ 63,3 bilhões ano no passado, alta de 0,3%.
Inadimplência em queda
Embora tenha ficado atrás do Santander em rentabilidade, o Bradesco manteve a tendência de redução da inadimplência no balanço, ao contrário do concorrente.
O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco encerrou o ano em 3,5%, uma redução de 0,1 ponto percentual no trimestre e de 1,2 ponto em relação a dezembro de 2017.
"Ainda entendemos que a inadimplência está em um patamar um pouco elevado e vemos espaço para redução, principalmente nas linhas de grandes empresas", afirmou Lazari.
A queda nas despesas de provisão para calotes do banco foi um fator fundamental para a melhora no lucro do banco. Elas recuaram 29,6% no ano passado, para R$ 14,5 bilhões. No trimestre, porém, houve uma alta de 4,9%.
A alta nos últimos três meses do ano não deve ser uma tendência. A expectativa do Bradesco para 2019 é que, na pior das hipóteses, as provisões fiquem no mesmo nível do ano passado.
Tarifas e despesas
A cobrança de tarifas na conta corrente e outros serviços rendeu R$ 32,4 bilhões ao Bradesco no ano passado, um aumento de 5,2% em relação a 2017 e acima da inflação do período. Do lado das despesas, o avanço foi de apenas 1,7%.
Mais de R$ 3 bilhões em dividendos e JCP: Bradesco (BBDC4) distribui a maior fatia dos proventos; veja quem mais paga
Lojas Renner, Cemig e Hypera também estão na lista das empresas que anunciaram o pagamento de proventos aos acionistas
Hapvida (HAPV3) abre em forte queda, depois vira e opera em alta; entenda o que motivou esta montanha-russa
Papéis caíram mais de 8% nos primeiros momentos do pregão, mas no começo da tarde subiam 3,5%
Mater Dei (MATD3) cai mais de 10% na bolsa após divulgação de lucro 59% menor no quarto trimestre
Após a divulgação dos resultados abaixo das expectativas no quarto trimestre, a companhia anunciou o cancelamento de ações mantidas em tesouraria
Ação da Minerva (BEEF3) dispara na bolsa mesmo após frigorífico sair de lucro para prejuízo; qual foi a boa notícia então?
Balanço foi o primeiro após empresa concluir aquisição de ativos da Marfrig no Brasil, Argentina e Chile
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
Vivara (VIVA3) brilha na B3 após praticamente dobrar lucro no 4T24 e anunciar expansão de lojas em 2025. É hora de comprar as ações?
Junto ao balanço forte, a Vivara também anunciou a expansão da rede de lojas em 2025, com a previsão de 40 a 50 aberturas de unidades das marcas Vivara e Life
Nem os dividendos da Taesa conquistaram o mercado: Por que analistas não recomendam a compra de TAEE11 após o balanço do 4T24
O lucro líquido regulatório da empresa de energia caiu 32,5% no quarto trimestre. Veja outros destaques do resultado e o que fazer com os papéis TAEE11 agora
De volta à Terra: Ibovespa tenta manter boa sequência na Super Quarta dos bancos centrais
Em momentos diferentes, Copom e Fed decidem hoje os rumos das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos
Grupo SBF (SBFG3) salta na bolsa após balanço do quarto trimestre — mas resultado não impressionou tanto assim; confira a avaliação dos analistas
Apesar do mercado estar indicando animação com os resultados do Grupo SBF, o balanço dividiu opiniões entre as casas de análises
Vai liquidar o portfólio? SARE11 sobe mais de 9% na bolsa após Santander receber propostas para venda dos ativos
A alta do SARE 11 na bolsa vem na esteira da divulgação de que o fundo imobiliário teria recebido propostas de possíveis compradores, segundo informações do MetroQuadrado
Yduqs nas alturas: YDUQ3 sobe forte e surge entre as maiores altas do Ibovespa. O que fazer com a ação agora?
A empresa do setor de educação conseguiu reverter o prejuízo em lucro no quarto trimestre de 2024, mas existem pontos de alerta nas linhas do balanço
Inscrições para a Globo acabam nesta sexta (21); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar até o segundo semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
O rugido do leão: Ibovespa se prepara para Super Semana dos bancos centrais e mais balanços
Além das decisões de juros, os investidores seguem repercutindo as medidas de estímulo ao consumo na China
Agenda econômica: Super Quarta vem acompanhada por decisões de juros no Reino Unido, China e Japão e a temporada de balanços segue em pleno vapor
Além dos balanços e indicadores que já movimentam a agenda dos investidores, uma série de decisões de política monetária de bancos centrais ao redor do mundo promete agitar ainda mais o mercado
Prio (PRIO3) sobe mais de 7% após balanço do quarto trimestre e fica entre as maiores altas do dia — mas ainda há espaço para mais
Os resultados animaram os investidores: as ações PRIO3 despontaram entre as maiores altas do Ibovespa durante todo o dia. E não são apenas os acionistas que estão vendo os papéis brilharem na bolsa
Eletrobras (ELET3) vai se tornar vaca leiteira? Empresa anuncia dividendos bilionários — e ações brilham aos olhos de um bancão
Na avaliação do banco, o anúncio indica que a Eletrobras vem caminhando para se tornar uma grande pagadora de dividendos e recomenda a compra dos papéis
Magazine Luiza (MGLU3) salta 17% e lidera ganhos do Ibovespa após balanço — mas nem todos os analistas estão animados com as ações
A varejista anunciou o quinto lucro trimestral consecutivo no 4T24, com aumento de rentabilidade e margem, mas frustrou do lado das receitas; entenda
Frenetic trading days: Com guerra comercial no radar, Ibovespa tenta manter bom momento em dia de vendas no varejo e resultado fiscal
Bolsa vem de alta de mais de 1% na esteira da recuperação da Petrobras, da Vale, da B3 e dos bancos
“A Selic vai aumentar em 2025 e o Magazine Luiza (MGLU3) vai se provar de novo”, diz executivo do Magalu, após 5º lucro consecutivo no 4T24
A varejista teve lucro líquido de R$ 294,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 38,9% no comparativo com o ano anterior
À prova de balas? BTG corta preço-alvo do Grupo GPS (GGPS3), mas diz que ainda vale colocar as ações na carteira
Os resultados do Grupo GPS indicaram um crescimento e rentabilidade mais fracos do que o esperado, mas o BTG Pactual enxerga margens resilientes