Juro baixo faz BlackRock ampliar aposta no Brasil
A projeção é que a Selic baixa empurre investidores para ativos de mais risco, incluindo investimentos no exterior, que ainda engatinham por aqui
O ambiente de juros baixos no Brasil deu o sinal verde para a maior gestora de recursos do mundo, a BlackRock, ampliar a aposta de crescimento no País. Por trás da decisão está a expectativa de que a taxa de juros básica da economia, a Selic, na mínima histórica por um longo tempo irá obrigar os investidores - incluindo fundos de pensão - a migrar para outras alternativas, atrás de rentabilidade.
Hoje, a maior parte das carteiras é concentrada em renda fixa, principalmente títulos do tesouro. A projeção é que a Selic baixa empurre investidores para ativos de mais risco, incluindo investimentos no exterior, que ainda engatinham no Brasil. No caso dos fundos de pensão, que por anos conseguiram atingir suas metas atuariais em um contexto de juros na casa de dois dígitos, o raciocínio é o mesmo: terão de diversificar suas carteiras para conseguir honrar com as aposentadorias. É essa a aposta da BlackRock para a operação brasileira.
Para a missão, no início do ano a gestora recrutou Carlos Massaru Takahashi, que já atuava desde 2016 como consultor sênior da BlackRock e assumiu em março o comando da operação brasileira. Por quase 40 anos, Takahashi trabalhou no Banco do Brasil, sendo que os últimos foram como presidente da gestora do banco público, a BB DTVM, a maior do País, com mais de R$ 1 trilhão em ativos sob gestão.
"A BlackRock tem capacidade de liderar esse movimento, pelos produtos da plataforma global e nossa gestão de risco", disse Takahashi, em entrevista ao Estadão/Broadcast. "Estamos aqui há mais de dez anos e o crescimento tem se dado de forma limitada, por conta das elevadas taxas de juros que tínhamos no Brasil."
Diante das atuais perspectivas macroeconômicas, a filial ganhou reforço. "Dentro da estratégia de médio e longo prazo, a BlackRock viu uma oportunidade para se reposicionar aqui, não só para desenvolver o mercado de índices, mas também a questão da diversificação internacional", afirmou.
Conforme dados da Previc, o regulador dos fundos de pensão, as fundações têm investimentos da ordem de R$ 880 bilhões, sendo que a maioria ainda alocada em renda fixa, com títulos públicos ocupando a maior fatia nessas carteiras.
Leia Também
Abocanhar um pedaço desse bolo poderá ajudar a BlackRock no Brasil a angariar alguns degraus no ranking das filiais da gestora. A estimativa de mercado é de que os ativos sob sua gestão no Brasil sejam da ordem de US$ 6 bilhões, muito abaixo da unidade mexicana, por exemplo, que teria alcançado mais de US$ 60 bilhões sob gestão.
Disputa
As gestoras, assim, estão de olho para pegarem, desde o início, essa mudança das fundações. No passado, quando o juro brasileiro caiu, chegando à casa de 7% ao ano, as fundações acabaram se movimentando em busca de diversificação, processo interrompido pouco depois, com a subida das taxas de juros.
Em 2014, a BlackRock foi pioneira e a primeira a lançar um fundo de investimento no exterior, em parceria com a gestora do Banco do Brasil, e atraiu alguns fundos, como a Previ, dos funcionários do BB e o maior do País.
"O mundo institucional ainda está bastante acomodado em ativos domésticos. Antes as curvas longas de juros permitiam que os fundos atingissem retorno", afirmou. Essa realidade, contudo, já não é mais verdadeira: "Agora há necessidade de os investidores darem passos mais agressivos porque atingir a meta atuarial apenas com produtos domésticos ficou difícil, para não dizer impossível. Queremos liderar esse processo", acrescentou.
Nessa primeira década no Brasil - desembarcou aqui em 2008 - a BlackRock encontrou crescimento no mundo das pessoas físicas, em especial no segmento de alta renda. Mais uma vez, a gestora espera avançar também com esse público, aumentando a presença nas plataformas bancárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões