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Bruna Furlani

Bruna Furlani

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.

Nem tudo que reluz rende

Ouro de tolo? Saiba por que grandes fundos agora esperam a queda do metal

Com a redução das incertezas globais, as gestoras como a SPX, Kapitalo Investimentos, Truxt Investimentos, Novus Capital reduziram ou inverteram a posição na commodity

Bruna Furlani
Bruna Furlani
12 de novembro de 2019
5:57 - atualizado às 9:35
Barras de ouro
Barras de ouro - Imagem: Shutterstock

Quando eu contei aqui no Seu Dinheiro no início do ano que alguns gestores tinham começado a se posicionar em ouro diante das incertezas que assolavam o mercado internacional, ninguém esperava que tal movimento pudesse arrefecer tão cedo.

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De olho em uma possível recessão nos Estados Unidos, no impasse sobre o Brexit e nos dados mais fracos de crescimento industrial na China, os gestores ficaram temerosos e foram atrás do ativo que é o porto seguro nas horas de pânico mundial. Essa preocupação fez todo mundo se "mexer", incluindo os principais bancos centrais do mundo.

Agora, com sinais um pouco menos nebulosos quando o assunto é cenário externo, uma parte dos pontos de interrogação que rondavam a cabeça de quem faz gestão de alguns dos principais fundos multimercados da indústria parece ter sumido.

Com a redução das incertezas globais, as gestoras reduziram ou inverteram a posição que possuíam na commodity nos últimos dois meses. Entre elas, há nomes como SPX, Kapitalo Investimentos, Truxt Investimentos, Novus Capital.

O que mudou?

No topo da lista das casas que decidiram mudar a posição no ativo está a lendária SPX. Em carta enviada a clientes no mês de setembro, a gestora de Rogério Xavier não deu muitos detalhes, mas disse que havia “zerado a posição comprada em ouro” adotada desde o começo do ano.

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Outra casa que mudou a sua visão sobre o ativo foi a Novus Capital. Para Ricardo Kazan, sócio-gestor da casa, agora há mais fatores que jogam a favor da queda do ouro, como o possível fim do ciclo de corte de juros do Banco Central norte-americano (Fed) e a melhora do cenário internacional.

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Sobre os juros, Kazan diz que no começo do ano a situação era completamente diferente. Em fevereiro deste ano quando conversamos, a "Selic" norte-americana, por exemplo, estava mais alta e mesmo assim o ouro foi se tornando mais atrativo.

O movimento fugiu um pouco da lógica tradicional porque o normal é que, quanto maior a taxa de juros nos Estados Unidos, mais os investidores tendem a correr para os títulos do governo, em detrimento do ouro.

O mercado, porém, se antecipou ao fato de que poderia haver uma recessão nos Estados Unidos ao longo do ano e que o Fed teria que baixar a taxa de juros para estimular a economia, segundo o gestor. Aliado a uma possível mudança de cortes por parte do Fed, houve ainda uma mudança no cenário internacional.

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"Tivemos uma redução no risco geopolítico, com uma possível resolução parcial entre Estados Unidos e China e entre o Reino Unido e a União Europeia", destacou.

Pressão vendedora

Mas a Novus e a SPX não estão sozinhas nessa aposta. Entre as gestoras de fundos que acreditam que o preço do ouro deve cair há também a Kapitalo Investimentos. Bruno Cordeiro, gestor e sócio da casa, me conta que estava posicionado na alta do metal de maio até setembro deste ano, mas que em outubro adotou uma posição neutra e recentemente ficou "vendido" no metal.

A razão é que depois de mapear vários tipos de investidores para entender como estava a posição deles, os indicadores apontaram que parte das compras poderiam ser revertidas no curto prazo.

"Nossas medidas que mapeiam o posicionamento dos investidores apontaram uma posição comprada bem alta, que estava próxima das máximas históricas. Com isso, qualquer reversão de expectativas poderia gerar uma correção de preços que fosse relevante", afirma o gestor.

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Além de um movimento vendedor no curto prazo que poderia provocar uma queda no preço, há também o fato de que a cotação da commodity já teria subido bastante em um ano com a intensificação da guerra comercial e dos cortes de juros feitos pelo Fed.

Apenas para se ter uma ideia, uma das formas de analisar a valorização do ativo é por meio da cotação do principal Exchange Traded Fund (ETF) referenciado em preços de ouro e que é negociado em Nova Iorque, o SPDR Gold Trust (GLD).

O aumento na demanda dos ETFs lastreados em ouro foi inclusive, um dos primeiros sinais de que o ouro tinha voltado a chamar a atenção dos investidores. Na prática, esse tipo de ativo nada mais é do que um fundo de investimento que têm as cotas negociadas em bolsa de valores.

Desde o começo do ano, tal ETF acumula valorização de 13,24%. Já em um ano, a alta chega a 19,87%. Mesmo com o aumento em sua cotação, o ativo ainda perde para o Ibovespa e para o S&P 500 que apresentam expansão de 23,02% e de 23,89%, respectivamente, em 2019.

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Entenda o sobe e desce

Para entender melhor a formação preço do ouro, o investidor deve olhar para três variáveis. Em primeiro lugar, como eu já comentei, está a taxa de juros norte-americana. Isso porque quanto maior a taxa de juros, menos atrativo fica investir no ativo.

O segundo ponto é que o ouro é uma commodity cotada em dólar. Logo, se a moeda americana se valorizar frente a outras cestas de moedas como o real, as commodities caem de preço. Mas, se ele perder fôlego, as commodities como ouro e petróleo ganham força.

Na sequência, está a demanda direta. Nesse caso, o destaque vai para China e Índia, que são grandes compradores diretos de jóias. Logo, quanto maior for o crescimento de ambos os países, maior será a demanda por esse tipo de mercadoria.

Alô diversificação

Mas ainda que as casas estejam apostando na queda do ativo no curto prazo, José Tovar, CEO da gestora Truxt Investimentos, relembra a importância de ter o ouro na carteira, mas diz que a commodity deve ser vista muito mais como uma forma de diversificação do portfólio do que como um ativo focado em obter lucro.

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Tovar conta, por exemplo, que chegou a ter uma posição maior - de cerca de 10% - em ouro dentro de seu fundo multimercado quando o risco geopolítico estava em seu momento mais intenso no começo do ano. Porém, com a melhora do cenário internacional, preferiu reduzir a posição para apenas 3% da alocação de seu fundo. A razão é simples, como ele explica.

"Apesar de ser um ativo mais antigo, o ouro funciona como uma proteção de risco geopolítico e de reserva de valor. Além disso, há o fato de que como não há a possibilidade de aumentar a oferta do ouro no mercado por ser um bem finito, isso faz com que ele seja cada vez mais uma forma de diversificação que veio para ficar", afirma.

Porém, Tovar faz uma ponderação. Ele diz que não é o "momento de aumentar a posição em ouro, especialmente porque o ativo está caro e o cenário externo está um pouco mais calmo".

Um bom airbag

Mesmo assim, se o investimento for focado no longo prazo, é sempre válido reservar até 10% da carteira para investir em um seguro, seja ele dólar ou ouro. Isso porque a principal função do ouro, por exemplo, não é oferecer grandes retornos, mas sim amortecer as perdas da carteira, no caso de cisnes negros ou eventos inesperados.

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Afinal, por possuir correlação que costuma ser negativa com a bolsa de valores, se o investidor tiver perdas com ações ou fundos imobiliários, por exemplo, a commodity poderá funcionar como um "airbag" para fazer com que as perdas sejam menores.

Mesmo que não seja um ativo muito fácil de adquirir, uma das melhores opções para se investir em ouro é por meio de fundos. O ponto positivo é que eles são práticos e a gestão fica a cargo de uma pessoa com muito mais experiência no mercado de capitais.

Ainda que sejam poucas as opções disponíveis na prateleira das corretoras independentes, hoje há quatro fundos de ouro com taxas interessantes no mercado: Órama Ouro FI Multimercado, Trend Ouro FI Multimercado, BTG Pactual Ouro FI Multimercado e Vitreo Ouro FIC Multimercado.

No caso deles, as taxas cobradas pelos gestores costumam variar entre 0,10% e 1% ao ano e há algumas opções que oferecem investimentos a partir de R$ 500.

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