🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

SD Premium - Lupa dos fundos

Ação do Magazine Luiza está mais barata hoje do que em 2015, diz Alaska

Estive no escritório da gestora para entender por que a gestora ainda não pensa em se desfazer da posição na varejista mesmo depois de multiplicar por várias vezes o capital investido nem vê ameaça com avanço da Amazon no país

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
19 de setembro de 2019
5:54 - atualizado às 9:40

Se você deseja saber se tem ou não perfil para investir nos fundos da Alaska, nem precisa ler esta reportagem. Basta acessar o perfil no Twitter de Henrique Bredda, um dos sócios da gestora que ganhou os holofotes graças aos retornos fabulosos dos últimos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem leu os alertas deixados pelo gestor antes de investir pode reclamar de qualquer coisa, menos que foi pego de surpresa com a queda de 14% na cota do fundo mais agressivo da Alaska no mês passado.

Um sinal de que os mais de 170 mil investidores da gestora que possui um total de R$ 12 bilhões em patrimônio entenderam o recado é que em apenas um dia houve resgates líquidos ao longo de todo o mês passado.

Com a melhora do mercado nas últimas semanas, a Alaska recuperou parte das perdas do mês anterior. Mas na manhã em que visitei o escritório da gestora para esta entrevista o assunto já era outro: a conhecida posição do fundo nas ações do Magazine Luiza.

Tudo porque, dias antes, a toda poderosa Amazon anunciou o lançamento no Brasil do seu serviço Prime, que promete frete grátis nas compras do site e entregas em até 48 horas. A empresa ainda incluiu no pacote mensal de R$ 9,90 a assinatura de seu serviço de TV, música e jogos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ameaça cada vez mais presente da Amazon no país não mudou em nada a convicção da Alaska sobre o investimento no Magazine Luiza. Pelo contrário. Mesmo depois de multiplicar por várias vezes o capital investido na empresa, a gestora nem pensa em se desfazer dos papéis.

Leia Também

“A gente pode dizer que hoje a ação do Magazine Luiza é mais barata hoje do que era em 2015, quando a gente começou a analisar a empresa”, me disse Ney Miyamoto, sócio da Alaska. Não custa lembrar que 2015 marcou a mínima histórica dos papéis da varejista, que hoje vale mais de R$ 50 bilhões na bolsa.

Quem explica essa lógica, que de certa forma fundamenta toda a filosofia da casa, é Eduardo Mestieri, o analista e sócio que atuou diretamente no processo de investimento no Magazine Luiza.

“Em 2015, a nossa percepção da empresa era bem diferente e a gente não tinha a confiança que tem hoje na administração.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobre a Amazon, Mestieri compara o desempenho em diferentes mercados ao afirmar que da empresa de Jeff Bezos ainda terá um longo caminho a percorrer no país. Ele credita uma parte do sucesso avassalador da companhia nos Estados Unidos a uma vantagem tributária em relação aos concorrentes tradicionais.

Já em países onde enfrenta competidores fortes já estabelecidos a Amazon tem enfrentado bem mais dificuldades. “No Japão, um país muito menor que o Brasil, eles levaram 18 anos para igualar o segundo colocado”, afirma o analista da Alaska.

Mestieri não integra o grupo dos apostam no fracasso da Amazon no país, mas também não vê no avanço da varejista americana uma ameaça às empresas nacionais e, em particular, a principal posição do fundo.

“O Magazine Luiza vai ter sucesso com ou sem Amazon”, afirma.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ruins de "market timing"

Antes de investir em qualquer ação, a gestora projeta a taxa de retorno esperada da empresa e compara com a própria taxa requerida no investimento. O trabalho da equipe da Alaska é encontrar na bolsa as ações que apresentem a maior essa diferença entre essas duas taxas.

"Esse trabalho é feito todos os dias com todas as empresas do portfólio", afirma Miyamoto. É por isso que, mesmo depois de multiplicar algumas vezes o capital investido em Magazine Luiza, a gestora ainda avalia que o papel está barato.

"Nós não trabalhamos com um preço-alvo para a ação, a gente sabe que não tem talento para market timing."

Desta forma, a Alaska só pretende se desfazer da posição na varejista quando houver outras ações na bolsa com taxas de retorno mais atrativas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além do Magazine Luiza, o fundo tem hoje entre as principais posições os papéis da Rumo, Kroton, Braskem e Klabin.

Ibovespa a 400 mil pontos?

Também é conhecida no mercado a projeção de Luiz Alves Paes de Barros, um dos sócios fundadores da Alaska e um dos maiores investidores da bolsa brasileira, de que o Ibovespa pode alcançar a marca 100 mil pontos em dólares – pouco mais de 400 mil pontos nas cotações atuais da moeda norte-americana.

Para o lendário investidor, a bolsa brasileira opera em ciclos históricos de alta. No menor deles, que aconteceu nos anos 1980, a valorização foi de 15 vezes em dólar. O maior, que terminou em 1997, rendeu 34 vezes de ganho na moeda do país de Donald Trump.

É por isso que a gestora vê os tombos como os que ocorreram no mês passado como parte do percurso. "A gente não sabe quanto vai ser a bolsa daqui a um ano, mas a nossa mira fica melhor se você estender esse prazo", diz Miyamoto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se o cenário da Alaska se confirmar, a expectativa é que eventos como o fatídico "Joesley Day" – quando a cota chegou a ter uma perda de 28% em um único dia – virem um ruído no histórico do fundo para quem olhar o filme completo.

Ainda que estejam mais acostumados aos solavancos, os gestores e sócios da Alaska sentem na pele o mesmo que os cotistas, já que boa parte do patrimônio está investido nos fundos e sujeito às mesmas taxas pagas pelos demais investidores, segundo Miyamoto.

Indicações e contraindicações

A filosofia de investimentos da Alaska, a volatilidade das cotas (e os tuítes de Henrique Bredda) deixam claro que o fundo não é indicado para quem tem visão de curto prazo.

Vale acrescentar que também não é o tipo de aplicação para a sua reserva de emergência. Se você está em busca de um destino para aquele dinheiro que pode precisar a qualquer momento, esta matéria apresenta três opções.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quem entendeu os riscos e deseja investir nos fundos também deve ficar ciente de que provavelmente terá um desempenho bem descolado do Ibovespa, o principal índice de ações da bolsa – para cima ou para baixo. Por tudo isso, o ideal é ter o Alaska como uma opção de diversificação, com uma pequena parcela dentro daquele percentual da sua carteira destinado à renda variável.

A gestora tem fundos com diferentes estratégias, mas o nosso destaque fica com o Alaska Black Institucional. O produto foi lançado no começo de 2017 e replica as principais posições da gestora em ações, mas não atua nos mercados de juros e câmbio.

Quem tem estômago para ainda mais volatilidade também tem à disposição na prateleira das plataformas de investimento o Alaska Black FIC FIA II BDR Nível I. Além de operar em outros mercados, o fundo ainda pode ter posições em recibos de ações de empresas norte-americanas.

O desempenho de agosto mostra bem a diferença entre as estratégias. Enquanto o Alaska Black Institucional fechou o mês com uma queda de 3,29%, o Black II levou um tombo de 14,32%. Mesmo assim, tem um retorno melhor que o irmão mais "conservador" no acumulado desde o início. Confira abaixo mais detalhes sobre os fundos:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fundos na lupa

Alaska Black Institucional

Aplicação mínima: R$ 1.000
Taxa de administração: 2% + 20% sobre o que superar o Ibovespa
Patrimônio líquido: R$ 1,575 bilhão
Resgate: 30 dias após o pedido
Data de início: 21/02/2017
Retorno desde o início: 117,84%
Ibovespa: 46,46%
Por onde investir: Ativa, BTG Pactual, Coinvalores, Daycoval, Easynvest, Guide, Mirae, Modal Mais, Nova Futura, Órama, Original, RB Investimentos, Pi, Rico, Necton, Terra, Uniletra, Warren e XP

Alaska Black FIC FIA II BDR Nível I

Aplicação mínima: R$ 1.000
Taxa de administração: 2% + 20% sobre o que superar o Ibovespa
Patrimônio líquido: R$ 615 milhões
Resgate: 30 dias após o pedido
Resgate Antecipado: 5% de multa sobre a cota de resgate
Data de início: 03/01/2017
Retorno desde o início: 131,12%
Ibovespa: 63,61%
Por onde investir: Ativa, Azimut, BTG Pactual, Capital Markets, Coinvalores, Daycoval, Easynvest, Genial, Guide, Mirae, Modal Mais, Nova Futura, Órama, Pi, Socopa, Necton, Terra, Uniletra e Warren

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AÇÃO DO MÊS

Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas

4 de novembro de 2025 - 6:02

Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa

NO TOPO

Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?

3 de novembro de 2025 - 14:46

Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é

LOCATÁRIOS DE PESO

Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões

3 de novembro de 2025 - 14:15

A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574

3 de novembro de 2025 - 11:53

Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP

PARA FECHAR COM CHAVE DE OURO

A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde

1 de novembro de 2025 - 13:08

Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803

31 de outubro de 2025 - 18:15

O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões

REAÇÃO AOS RESULTADOS

Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?

31 de outubro de 2025 - 12:20

As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques

DINHEIRO EXTRA

A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG

30 de outubro de 2025 - 16:24

Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra

REAÇÃO AO RESULTADO

Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço

30 de outubro de 2025 - 8:56

Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar

29 de outubro de 2025 - 17:19

O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão

VALE MAIS QUE DINHEIRO

Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso

29 de outubro de 2025 - 14:35

Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs

O RALI NÃO ACABOU

Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025

29 de outubro de 2025 - 13:32

De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%

REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar