O banco mineiro BMG, da família Pentagna Guimarães, pode acabar desistindo da sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Ao menos por enquanto.
Desde que anunciou que faria a oferta, em outubro, a demanda para a IPO da instituição é de cerca de R$ 1,3 bilhão, que será precificada na próxima segunda-feira, dia 17. A instituição não está disposta a baixar R$ 1,00 da faixa indicativa, de R$ 11 a R$ 14, para atrair mais investidores, segundo Broadcast, do "Estadão".
Melhor adiar...
A maior parte das ordens é para o piso do intervalo sugerido, conforme fontes de mercado, e, se continuar assim, a instituição estaria disposta a levar a operação adiante caso consiga o restante. Do contrário, prefere adiar seu IPO.
Como tradicionalmente a maior parte dos investidores lança ordens próximo à precificação da oferta, o BMG ainda deve aguardar a segunda-feira para bater o martelo se vai ou não em frente com a oferta.
De acordo com fontes do Broadcast, alguns coordenadores da operação têm investidores que ainda não se manifestaram e por isso a indefinição. Participam da oferta os bancos JPMorgan, Itaú BBA, Brasil Plural, XP Investimentos, Citi e BB Investimentos.
Para seguir com o IPO, o BMG teria de conseguir ainda cerca de meio bilhão de reais em ordens, considerando o piso da faixa indicativa e sem levar em conta o lote suplementar. É o mínimo necessário para emplacar a oferta na parte inferior do intervalo sugerido. Com o lote suplementar, seriam necessários mais R$ 700 milhões, aproximadamente, em demanda.
*Com Estadão Conteúdo