O Banco BMG e a rede de varejo de moda C&A decidiram conduzir ao mesmo tempo seus IPOs (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações). E saíram com resultados bem parecidos.
Tanto o banco como a varejista captaram R$ 1,6 bilhão cada dos investidores e venderam suas ações no piso da faixa indicativa. A estreia de ambas as companhias no pregão da bolsa acontece na segunda-feira. A seguir eu conto os detalhes de cada operação.
O preço por ação do BMG foi definido em R$ 11,60 no IPO, em uma faixa que variava até os R$ 13,40. O banco registrou o lote principal e suplementar, mas não o adicional – um sinal de que a demanda pelas ações não foi lá grandes coisas.
A maior parte do dinheiro do IPO vai para o caixa do banco, que pretende usar os recursos em novos produtos e investir nas linhas já existentes. O BMG estreia no pregão da B3 avaliado em R$ 7 bilhões.
Os investidores que participaram da oferta receberão inicialmente recibos de ações (BMGB11), que serão convertidos em papéis preferenciais (BMGB4) após a homologação do aumento de capital pelo Banco Central. A oferta foi coordenada pela XP Investimentos, Itaú BBA, Credit Suisse, Brasil Plural e BB-Banco de Investimento.
A C&A também vendeu suas ações no preço mínimo da faixa indicativa, que variava de R$ 16,50 a R$ 20,00. O IPO da rede de varejo movimentou um total de R$ 1,63 bilhão.
A maior parte dos recursos captados dos investidores vai para o bolso dos controladores e para o pagamento de dívidas que foram contraídas também com os controladores. Com o dinheiro que sobrar a C&A pretende investir na ampliação da rede.
A varejista estreia com o código de negociação “CEAB3” também na segunda-feira, e com valor de mercado da ordem de R$ 5 bilhões. A oferta foi coordenada por Morgan Stanley, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citigroup, Santander e XP Investimentos.