Mesmo com intervenção do governo, Petrobras continua entre as preferidas do mercado
Bancos e corretoras mantiveram as ações da estatal na lista de Top Picks para a próxima semana
A suspensão do aumento dos preços do diesel, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, trouxe incertezas sobre a política de preços da Petrobras, mas não o suficiente para que bancos e corretoras que participam da Coluna tirassem as ações da estatal da lista de Top Picks para a próxima semana. Apenas XP Investimentos e Modalmais retiraram os papéis do portfólio. As ações continuam na carteira de outras seis casas.
Sabrina Cassiano, analista da Coinvalores, avalia que o revés no reajuste dos preços do diesel aumenta a percepção de risco quanto a possíveis ingerências governamentais. "A agenda positiva das últimas semanas, com destaque para o desfecho da cessão onerosa e a venda da TAG, ainda geram boas perspectivas, em termos operacionais e financeiros, porém, agora, as atenções ficarão voltadas para a continuidade, ou não, da política de preços", avalia. A corretora manteve Petrobras PN na carteira.
Para Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Wealth Management, o anúncio de um aumento próximo a 6% para o diesel, que depois foi postergado, trouxe uma situação de desconfiança, o que explica a queda livre das ações da estatal na B3. O profissional pondera, no entanto, que o cenário para a Petrobras segue positivo, já que a empresa tirou dois esqueletos do armário: a Tag e a cessão onerosa.
"Agora a busca será pela aceleração da venda de ativos, inclusive no segmento de refinaria, retirando este fator monopólio na definição dos preços, o que evitaria este evento do reajuste anunciado e retirado na sequência. Assim valeria a lei do mercado", destaca. A Mirae segue com recomendação de compra para as ações.
A Guide também incluiu Petrobras PN na carteira. Para a corretora, no curto prazo alguns catalisadores sustentam a recomendação, como a continuidade da venda de ativos onshore e expectativa de maior volume de produção para este ano, viabilizado pela curva de crescimento das plataformas recém-instaladas, que deverão impulsionar margens e geração de caixa operacional em 2019.
As ações preferenciais da estatal também continuam entre as preferidas do BB-BI, Bradesco BBI e Santander. Na sexta-feira, com a confusão em torno da política de preços, as ações da Petrobras perderam R$ 32 bilhões em valor de mercado.
Leia Também
A Mirae fez nesta semana apenas uma troca na carteira com inclusão de Vale ON no lugar de Usiminas PNA. Sobre a mineradora, Galdi destaca a recente escalada dos preços do minério de ferro gerada pela redução de oferta do produto pela própria Vale após a tragédia de Brumadinho, e a redução momentânea da produção da commodity pela BHP afetada por um ciclone tropical na Austrália Ocidental.
A Guide, além da Petrobras, também incluiu Sabesp ON entre as preferidas. Para a corretora, as ações da empresa de água e saneamento podem destravar ainda mais valor devido à perspectiva de sua privatização, dado a expectativa de menor interferência política em suas decisões, alinhando seus objetivos à indústria, com melhora de governança e administração.
Já a XP, com a saída de Petrobras PN, incluiu AES Tietê Unit. Modalmais trocou toda a carteira que agora passa a contar com Vale ON, EcoRodovias, Santander Unit, SulAmérica Unit e Klabin Unit. Nova Futura também renovou todo o portfólio com a entrada de BB Seguridade ON, Braskem ON, Grendene ON, Localiza ON e Rumo ON.
Termômetro
O mercado reduziu o otimismo sobre o desempenho do Ibovespa na próxima semana, mostra o Termômetro Broadcast Bolsa, que tem por objetivo captar o sentimento de operadores, analistas e gestores para o comportamento do índice na semana seguinte.
Entre 34 participantes, a expectativa de alta para o índice ficou em 41,18%, ante 75,00% na edição anterior, enquanto a percepção de queda saltou de 10,71% para 32,35%.
Os que veem estabilidade representam 26,47% do universo, ante 14,29% na última pesquisa. A Bolsa apurou perda de 4,36% nesta semana.
A semana da Páscoa é mais curta nos mercados aqui e no exterior, com o feriado da Sexta-feira da Paixão. Antes, porém, as atenções estarão em Brasília, na tramitação da reforma da Previdência.
Estava prevista para o dia 17 a votação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, do parecer favorável à admissibilidade da reforma apresentado pelo relator Marcelo Freitas (PSL-MG), mas, ao mesmo tempo, o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), deve pautar também na próxima semana a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna o Orçamento impositivo.
Ainda, seguirão no radar possíveis desdobramentos da decisão do presidente Jair Bolsonaro de suspender o reajuste nos preços do óleo diesel que havia sido determinado pela Petrobras, que foi considerada "catastrófica" pela área econômica do governo. Na terça-feira, Bolsonaro se reúne com membros da estatal para discutir a decisão.
A agenda local de indicadores tem como destaque o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).
No exterior há uma bateria de dados relevantes na China, como PIB, produção industrial e vendas no varejo.
Também são esperados dados da indústria e varejo norte-americanos. Na quarta-feira, será divulgado o Livro Bege do Federal Reserve.
*Com Estadão Conteúdo.
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado