E não é que a inflação sumiu do discurso do Banco Central?
Roberto Campos Neto usou o termo “inflação” apenas sete vezes no seu discurso. Ilan, quando chegou ao BC, falou em “inflação” 17 vezes e os contextos são bem diferentes. Isso mostra que embate CDI x Ibovespa morreu faz tempo

Ao reler os discursos dos presidentes do Banco Central (BC) Ilan Goldfajn, que está de saída, e Roberto Campos Neto, que está de chegada, chama atenção a mudança de ênfase dada a um assunto que permeou toda a histórica econômica do país: a inflação.
Dentro do regime de metas, o trabalho do BC é manter a inflação e as expectativas de inflação dentro das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Quando Ilan chegou ao BC, em junho de 2016, seu discurso na cerimônia de transmissão de cargo teve um objetivo: garantir que a inflação de quase 11% de 2015 e as expectativas voltariam para as metas de 4,5% então definidas.
Tarefa desafiadora, mas crível, segundo o próprio Ilan. Assim, o termo “inflação” apareceu 17 vezes entre as cerca de 1.950 palavras do discurso.
Na época surgiu um debate equivocado de que Ilan deveria mudar a meta para cima, pois não parecia crível que a convergência ocorresse em curto espaço de tempo (algo que apareceu no seu discurso de despedida).
A convergência não só ocorreu, com o IPCA respeitando o intervalo das bandas já em 2016, quando fechou a 6,29%, como a inflação veio abaixo do piso da meta em 2017 (2,95%) e fechou 2018 em 3,75%, dentro do intervalo. Além disso, as expectativas estão ancoradas ou até abaixo da meta até onde a vista alcança.
Leia Também
Ao longo do seu mandato de dois anos e nove meses, Ilan falou em quebrar a espinha dorsal da inflação, e em junho de 2017 ele afirmou em entrevista: “Quebramos a espinha dorsal da inflação”.
Além do próprio comportamento de preços e expectativas, mais um sinal de que a espinha da inflação foi mesmo “quebrada” foi a linha do discurso de Campos Neto.
Em cerca de 2.500 palavras, o termo “inflação” apareceu apenas sete vezes. E no contexto de apenas reafirmar a missão institucional e lembrar coisas do passado.
Novo foco
Com inflação sob controle, e um BC com renovada credibilidade, ou seja, ele vai cumprir sua missão não importa o que acontecer. O foco do BC está sendo ampliado.
Algo que já começou com Ilan e sua “Agenda BC Mais”, e agora se aprofunda sob Campos Neto, que dedicou boa parte do seu discurso às ações para ampliar as reformas e ajustes microeconômicos, fomentar o mercado de capitais e democratizar o acesso ao sistema financeiro.
Além de guardião da moeda, o BC também é responsável por regular o mercado e são essas ações iniciadas por Ilan e que serão ampliadas por Campos Neto que podem trazer uma “onda civilizatória” ao mercado financeiro, com juros mais baixos para o tomador final, maior competição entre os “bancões” estabelecidos e todo tipo de novo entrante.
Com a inflação sem espinha, o Brasil poderá buscar o que se chama “profundidade financeira”, com uma ampliação de seu indicador mais conhecido, que é a relação crédito sobre o Produto Interno Bruto (PIB), que mal beira os 50%.
Uma onda de prosperidade financeira se aproxima. O grande porém continua sendo o lado fiscal, mas os acenos nessa área também são promissores, pois está incutida no debate público a necessidade de reformas. Cresce a visão de que o Estado tem de sair do cangote de quem produz (palavras de Bolsonaro) e também tem de se ausentar do mercado financeiro.
Um novo debate
Outro sinal de que a histórica preocupação com o comportamento dos preços na economia está em um patamar diferente é o debate que vem ganhando corpo na academia e no mercado de que a inflação está muito baixa.
Olhando em perspectiva, é incrível ver esse tipo de debate acontecer em um país que teve um surto inflacionário faz poucos anos (2015).
Até então, o BC era cobrado por ser tímido na elevação da Selic para fazer o controle de preços e expectativas. Agora, acadêmicos e traders batem boca, no bom sentido, sobe a timidez do BC em cortar o juro para fazer a inflação subir de volta para as metas.
As discussões estão muito mais refinadas e girando em torno da chamada taxa neutra, que permite o máximo de crescimento com a inflação nas metas, e se debate um ajuste fino, coisa de poucos pontos percentuais, se 4% ou 2,5% ou 3%. Isso em uma economia que chegou a ter juros reais acima de 20% no começo dos anos 2000.
E eu com isso?
Em uma economia com inflação controlada e juros baixos e estáveis toda a cultura de investimento muda. Os investidores estabelecidos e os novos entrantes terão de aprofundar seus conhecimentos sobre mercados de ações, opções, derivativos, crédito privado, debêntures, FIDCs, operações estruturadas, fundos de investimento e o que mais for inventado.
São nesses instrumentos que a almejada rentabilidade vai aparecer e onde também estarão as “ciladas”, golpes e pirâmides. Cada vez mais antes de investir o seu dinheiro, o investidor terá de investir seu tempo e também alguns trocados em conhecimento, orientação e/ou aconselhamento.
Olhando para frente, o debate sobre o CDI ou Ibovespa morreu. Se ele voltar a ser levado a sério é porque fracassamos vergonhosamente.
Temporada do Terror 2025: Rede convoca os fantasmas do cinema para um Halloween de arrepiar
De “O Bebê de Rosemary” a “A Noiva-Cadáver”, a rede exibe 11 clássicos e novos títulos do gênero com ingressos a preço único (e simbólico) de R$ 13
Com apartamento de 49 m² por menos de R$ 110 mil em São Paulo e mais de 170 imóveis, Itaú promove leilão no próximo dia 24
Leilão do Itaú Unibanco em parceria com a Zuk oferece 175 imóveis em todo o país, com lances a partir de R$ 20 mil e opções em São Paulo e Rio de Janeiro que podem sair por menos de R$ 110 mil
Com investidores globais, Patria Investimentos capta R$ 15,4 bi no maior fundo de infraestrutura da América Latina
Com captação recorde, novo fundo da Pátria Investimentos é o maior para infraestrutura da América Latina
Novo vale-gás 2025: Governo toma decisão sobre preços de referência do Gás do Povo; veja o valor em seu Estado
Com o “Gás do Povo”, o governo muda o formato do benefício: em vez de depósito, famílias de baixa renda receberão um vale exclusivo para comprar o botijão de 13 kg
MEC Enem: app gratuito traz simulados, corrige redações, monta plano de estudos e ajuda na preparação para exame
Ferramenta do Ministério da Educação reúne inteligência artificial, trilhas de estudo e plano de revisão personalizado a menos de um mês do exame
Mega-Sena 2928 acumula e prêmio em jogo se aproxima de R$ 50 milhões; ‘fermento’ do final 5 infla bolada na Quina
Além da Mega-Sena 2928, outras três loterias sorteadas ontem à noite acumularam, com destaque para o salto no prêmio da Quina
Lotofácil volta a brilhar sozinha e faz um novo milionário em SP
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (17) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3515
Este é o menor país da história a se classificar para uma Copa do Mundo, tem metade da seleção nascida no exterior e convocação feita pelo LinkedIn
Com metade do elenco nascido fora e um jogador convocado pelo LinkedIn, o arquipélago africano faz história ao conquistar vaga inédita na Copa do Mundo de 2026
“Faz um Pix”: o Mercado Pago quer transformar esse pedido em rotina com o novo assistente de inteligência artificial
A fintech aposta na inteligência artificial para simplificar o dia a dia dos clientes — e o Brasil será o primeiro laboratório dessa revolução
Entenda a Operação Alquimia, deflagrada pela Receita para rastrear a origem do metanol em bebidas alcoólicas
Desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, a nova ofensiva da Receita Federal mira a rota clandestina do metanol
Na onda da renda fixa, fundos de pensão chegam a R$ 1,3 trilhão em ativos, mas Abrapp alerta: “isso é a foto, não o filme”
Do total de R$ 1,3 trilhão em ativos dos fundos de pensão, cerca de R$ 890 bilhões estão em títulos públicos. Para Abrapp, isso não é bom sinal para o Brasil: “é preciso diversificar”, diz diretor-presidente
Trabalho em ‘home office’ é ‘coisa de rico’, aponta IBGE
Dados preliminares do Censo 2022 revelam desigualdade também no home office: brasileiros que ganham acima de R$ 7,5 mil por mês são os que mais exercem suas atividades sem sair de casa
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Depois de acumular por três sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de quarta-feira (15) entre as loterias da Caixa
Lotofácil 3513 deixa mais dois apostadores perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (16) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3514
Carteira Nacional Docente já está disponível; veja como emitir e descubra quais benefícios terão os professores
Documento tem validade de 10 anos e garante acesso a benefícios do programa Mais Professores, com descontos, meia-entrada e mais
Do metanol à água mineral: o que se sabe sobre o caso do homem internado em SP após suspeita de contaminação
Depois dos casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas, um novo episódio em Garça (SP) levanta preocupação sobre água mineral
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513