🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: COMO FLÁVIO BOLSONARO MEXE COM A BOLSA E AS ELEIÇÕES – ASSISTA AGORA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

With a little help from my friends

Com um empurrãozinho do exterior, o Ibovespa cravou a 5ª alta consecutiva

O Ibovespa terminou longe das máximas do dia, mas conseguiu se segurar no campo positivo e engatou o quinto pregão em alta, ajudado pelo bom desempenho dos mercados globais

Victor Aguiar
Victor Aguiar
15 de outubro de 2019
10:31 - atualizado às 10:52
Beatles
Imagem: Facebook / The Beatles

Numa das poucas músicas dos Beatles em que assumiu os vocais, Ringo Starr avisou: "I get by with a little help from my friends" — algo como "com uma ajudinha dos meus amigos, eu me viro". Pois o Ibovespa prestou atenção ao recado: com um empurrão dos mercados externos, o índice chegou lá e engatou a quinta alta consecutiva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É fato que o principal índice da bolsa brasileira teve um desempenho modesto nesta terça-feira (15), fechando o pregão com ganho de 0,18%, aos 104.489,56 pontos — na máxima, chegou a tocar os 105.047,62 pontos (+0,72%). Mas também é fato que o Ibovespa não cravava uma sequência de cinco subidas desde o início de julho.

E hoje, o mercado brasileiro pegou carona nos ganhos expressivos vistos lá fora: nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,89%), o S&P 500 (+1,00%) e o Nasdaq (+1,24%) avançaram em bloco, assim como as principais praças da Europa. Nesse cenário, o Ibovespa apenas seguiu o fluxo, apesar dos pontos de preocupação no front local.

Entre esses focos de cautela doméstica, destaque para o panorama político: possíveis novas desavenças entre o presidente Jair Bolsonaro e o PSL mantiveram os agentes financeiros em alerta, assim como as discussões no Senado referentes à partilha dos recursos da cessão onerosa.

Mas, como cantou Starr — ou Joe Cocker, caso o Ibovespa prefira uma versão mais dramática da música (eu prefiro) —, tudo que o Ibovespa precisava era de uma ajudinha. Nesta terça-feira, ela veio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E qual foi o saldo dessa onda positiva? No fechamento do dia 8 — último pregão de desempenho negativo —, o índice marcava 99.981,40 pontos. Assim, em cinco sessões, o Ibovespa avançou exatos 4.508,16 pontos, um ganho acumulado de 4,51% no período.

Leia Também

Don't Let Me Down

Todo esse bom humor dos mercados globais teve alguns gatilhos: nos EUA, começou hoje a temporada de balanços do terceiro trimestre, e os primeiros resultados surpreenderam positivamente. Entre outras empresas, o J.P. Morgan, a Johnson & Johnson e a UnitedHealth reportaram números que superaram as estimativas dos analistas.

E, na Europa, notícias quanto à conclusão de uma versão preliminar do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia — o chamado Brexit — trouxeram otimismo às bolsas do velho continente. De acordo com a imprensa local, o premiê britânico, Boris Johnson, fez diversas concessões à UE para acelerar o processo.

O noticiário referente ao Brexit fez o DAX, da Alemanha, fechar em alta de 1,15%, e o CAC 40, da França, subir 1,05% — o índice pan-continental Stoxx 600 teve ganho de 1,11%. Por outro lado, o FTSE 1000, do Reino Unido, teve leve baixa de 0,03%, na contramão das demais praças europeias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além desses dois fatores, há o pano de fundo da guerra comercial entre EUA e China. Por mais que os detalhes da "primeira fase" do acerto firmado entre os governos dos dois países não sejam conhecidos — e que ainda haja faíscas na relação entre as potências —, a recente despressurização trouxe um alívio de curto prazo para os mercados.

Nesse cenário, o Ibovespa acabou acompanhando o cenário global e engatando mais uma alta. O desempenho da bolsa brasileira, contudo, ficou aquém do visto nos EUA ou na Europa, uma vez que o noticiário político doméstico trouxe fatores de preocupação e limitaram o apetite dos agentes financeiros, especialmente após os ganhos recentes.

Os mercados locais monitoraram os eventuais desdobramentos da operação de busca e apreensão conduzida pela Polícia Federal num endereço ligado ao presidente do PSL, Luciano Bivar — há o temor de que esse acontecimento agrave a crise entre o partido e o presidente Jair Bolsonaro.

Outro fator que apareceu no radar nesta terça-feira foi a votação, npelo Senado, do relatório sobre o projeto de lei sobre a partilha dos recursos da cessão onerosa — há a previsão de que a pauta seja discutida pelo plenário da Casa ainda hoje.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O progresso desse tema no Congresso é visto como fundamental para que a tramitação da reforma da Previdência tenha continuidade, uma vez que a falta de acordo para a partilha dos recursos do megaleilão do pré-sal travou a tramitação das novas regras da aposentadoria.

"Destravando a cessão onerosa e a Previdência, o Ibovespa pode até subir mais e quebrar os 105 mil pontos", diz Vitor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

Help!

Já o dólar à vista continuou sem maiores alívios: a moeda americana fechou em alta de 0,87%, aos R$ 4,1641 — perto das máximas do dia, a R$ 4,1666 (+0,94%).

No exterior, o mercado de câmbio não apresentou uma direção definida nesta terça-feira: o dólar perdeu terreno em relação às moedas fortes e apresentou comportamento instável ante as de países emergentes — subiu em relação ao peso chileno, o rand sul-africano e o rublo russo, mas caiu na comparação com o peso mexicano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A curva de juros também passou por uma correção positiva, num movimento de ajuste após as baixas expressivas vistas nos últimos dias. Os DIs para janeiro de 2021 subiram de 4,56% para 4,61%, os com vencimento em janeiro de 2023 avançaram de 5,55% para 5,63%, e os para janeiro de 2025 foram de 6,24% para 6,32%.

Apesar desse movimento de alta dos juros, Beyruti acredita que, no longo prazo, a tendência para os DIs é de queda, dada a fraqueza dos mais recentes dados da economia brasileira — o que abre espaço para que o Banco Central promova cortes mais agressivos na Selic, de modo a estimular a atividade doméstica.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
HORA DE COMPRAR

Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo

17 de dezembro de 2025 - 17:22

Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic

TOUROS E URSOS #252

Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade

17 de dezembro de 2025 - 12:35

Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva

ESTRATÉGIA DO GESTOR

‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú

16 de dezembro de 2025 - 15:07

Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros

RECUPERAÇÃO RÁPIDA

Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander

16 de dezembro de 2025 - 10:50

Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores

RANKING

Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI

15 de dezembro de 2025 - 19:05

Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno

SMALL CAP QUERIDINHA

Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais

15 de dezembro de 2025 - 19:02

O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50

HAJA MÁSCARA DE OXIGÊNIO

Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa

15 de dezembro de 2025 - 17:23

As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores

HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar