Ibovespa fecha no negativo; dólar sobe
Quem comprou ações com o índice entre 95.343 (última sexta, dia 8) e 98.589, o o ponto mais alto, está louco para zerar seu prejuízo ou colocar algum no bolso

A Bolsa de Valores de São Paulo trabalhou o dia todo no negativo, principalmente depois de o dólar acelerar a velocidade de alta, durante a tarde. O fantasma de uma nova paralisação do governo norte-americano de sexta-feira para sábado assombra as bolsas. Além disso, aqui, há muita realização de lucros. Quem comprou o índice entre 95.343 (fechamento da última sexta-feira, dia 8) e 98.589, o o ponto mais alto, está louco para zerar seu prejuízo ou colocar algum no bolso. E se contenta com isso. À medida em que as perdas vão sendo zeradas, esses investidores caem fora. É justamente essa atitude que freia a recuperação do mercado. O Ibovespa terminou a segunda-feira marcando queda de 0,98%, a 94.412 pontos. Já o dólar teve o quarto dia consecutivo de alta e fechou a sexta-feira em alta de 0,99%, cotado a R$ 3,76.
Câmbio
Houve uma aceleração da valorização da moeda americana no exterior, perante moedas como o peso mexicano (+0,66%) e o rublo da Rússia (+0,55%) - o que contribuiu para pressionar o câmbio aqui. Nos países desenvolvidos, o euro registrou mínimas há pouco ante o dólar, em meio a preocupações com a desaceleração da economia da região e com a possibilidade de nova paralisação do governo americano.
No esgoto
O papel ON da Sabesp se destaca entre as maiores tombos no Ibovespa hoje, com 9,34% de perda. Os investidores repercutem a declaração do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM), sobre encaminhamento do projeto de capitalização. "O que defendemos abertamente é que haja uma emenda na medida provisória do saneamento, excetuando as estatais não dependentes do Tesouro. Com isso, a Sabesp poderia continuar competitiva e a partir daí haveria o projeto de capitalização", disse Garcia na sexta-feira, após o fechamento dos mercados.
A ideia de capitalização frustra a expectativa dos investidores, que esperam cada vez mais uma privatização da empresa, segundo o consultor de investimentos da Ativa Investimentos, Lucas Claro. O secretário de Fazenda paulista, Henrique Meirelles disse anteriormente que o aumento de capital da companhia poderia render R$ 4 bilhões aos cofres do Estado. Caso se opte pela privatização, a depender da aprovação em lei do marco legal do saneamento básico, a operação poderia render ao menos R$ 10 bilhões.
Cielo vai, Cielo vem
Dando continuidade à alta volatilidade apresentada neste ano, a Cielo registrou a maior alta do Ibovespa hoje. A ação fechou o ano passado abaixo dos R$ 9, e no primeiro pregão de fevereiro, encerrou acima de R$ 12, cotação máxima de 2019 até agora. Desde então, o papel ação teve uma sequência negativa, caindo quase 12% até sexta-feira (08) passada, e se recuperando parcialmente hoje. Cielo ON teve alta de 4,34%.
Gol e Smiles
Gol e Smiles estão entre as maiores altas. As ações PN da Gol avançaram 2,92%, seguidas pelos papéis ON da Smiles, que subiram 2,38%.
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No bloco financeiros, todos os bancos tiveram queda. A pior delas foi a do Banco do Brasil, com 2,96% de baixa.
Bife sangrando
A Marfrig foi o destaque negativo entre as empresas processadoras de alimentos listadas na B3, e um dos piores desempenhos do Ibovespa hoje. Operadores apontam o momento complicado para a companhia, que acumula queda de 13% nos quatro últimos pregões, incluindo o de hoje. Na semana passada, a Marfrig demitiu cerca de 400 funcionários do frigorífico localizado em Promissão (SP), na linha de desossa de bovinos. Em nota, a companhia informou que o desligamento se deu em razão de uma "readequação nas atividades realizadas na planta no período noturno". Marfrig ON teve baixa de 3,71%. Também recuam Minerva ON (2,70%) e BRF ON caiu 1,62%, enquanto JBS ON subiu 0,60%.
Gafisa
Conforme o Seu Dinheiro confirmou, a Gafisa confirmou que o Grupo GWI está em negociações que podem resultar, dentre outras alternativas, na alienação, integral ou parcial, de sua participação na incorporadora. As ações ON da construtora operam em queda de 1,37%. Em setembro, a gestora de recursos GWI Group assumiu o comando da Gafisa.
Vale?
Mesmo com avanço do minério de ferro, que subiu 5,90%, no porto de Qingdao, após o mercado ficar uma semana fechado devido ao feriado de Ano Novo na China, as ações da Vale ON tiveram queda novamente, desta vez de 2,64%. Os investidores já se perguntam se, com a oferta de outras ações mais firmes, se ainda compensa comprar baratinho uma ação da Vale. A empresa passa por um momento muito delicado que não deve arrefecer diante dos mais de 160 mortos em Brumadinho (MG).
Esperando a venda
Com expectativa de que a venda da Braskem para a LyondellBasell seja, enfim, concretizada, as ações PNA da empresa se destacaram entre as maiores altas do Ibovespa, com ganho de 3,63%. Na semana passada, o Broadcast informou que as negociações aceleraram e que a venda pode acontecer no primeiro trimestre
Petrobras
Petrobras PN caiu 1,15% em meio a queda do petróleo. O óleo fechou em queda devido à força do dólar e novos sinais de desaceleração global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em queda de 0,59%, para US$ 52,41 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril caiu 0,95%, para US$ 61,51.
Jets overhead
As ações ON da Embraer operaram em queda de 1,43%, após a companhia anunciar que entregou 69 jatos no último trimestre de 2018, qiuatro a menos de um ano antes. O mix foi mais interessante, com elevação na entrega de jatos comerciais, de 23 para 33, que acabam compensando em parte a queda de 50 para 36 jatos executivos entregues, respectivamente. O backlog de pedidos de aviação comercial, no entanto, caiu de 435 jatos há um ano para 368 aeronaves.
Morgan Stanley ataca novamente
As ações da EcoRodovias ficaram em baixa de 1.08%, após o banco americano Morgan Stanley rebaixar a recomendação do papel de overweight (acima da média do mercado) para equal-weight (em linha com a média do mercado), de acordo com um operador. Por outro lado, o preço-alvo do papel foi elevado de R$ 10,60 para 12,60, o que implica em um potencial aumento de 13% em relação ao fechamento de sexta-feira (R$ 11,13).
*Com Estadão Conteúdo
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