Ibovespa oscila, oscila, volta aos 91 mil e fecha no azul
Bastou o Dow Jones abrir, ao meio-dia e meia, em baixa, que a Bolsa de Valores de São Paulo voltou ao vermelho. Mas se recuperou aos 48 do segundo tempo
A Bolsa de Valores de São Paulo abriu a quinta-feira em queda, realizando lucros depois da turbinada de ontem. Mas por volta de 11h, o índice voltou ao azul. O problema foi Nova York. Bastou o Dow Jones abrir, às 12h30, em baixa, que Ibovespa voltou ao vermelho, perdeu os 91 mil pontos, chegou a afundar 1,20% e ficou no negativo boa parte do pregão. No finalzinho, nos últimos 20 minutos, ensaiou novamente uma alta, bem modestinha. Mas conseguiu dar um suspiro final, aos 48 do segundo tempo e fechou no campo dos 91 mil, com 0,61% de alta e 91.564 pontos - nova máxima histórica. O dólar foi a surpresa da quinta-feira: teve desvalorização de 1,24%, a R$ 3,75. A baixa do dólar frente ao real foi mais forte que o recuo da divida americana em relação a outras moedas emergentes.
"O investidor local está na compra, mas o 'gringo' na venda", diz um operador. E isso gera muita oscilação. Na avaliação do estrategista-chefe da CA Indosuez Brasil, Vladimir Caramaschi, "o otimismo com o cenário doméstico não nos torna imunes à piora lá fora".
O índices em Nova York foram influenciados pelo alerta da Apple que deve vender menos do que esperado, diante da desaceleração econômica da China. A notícia reverbera negativamente em papéis do setor de tecnologia, com investidores de olho também em indicadores previstos. Em carta aos acionistas, o comando da empresa previu vendas de cerca de US$ 84 bilhões, quando antes projetava US$ 89 bilhões.
Ações de empresas mais ligadas à atividade interna são as maiores chances de alta neste início de ano, refletindo as expectativas quanto às diretrizes econômicas do novo governo, observa o analista da Necton, Álvaro Fasson. Ele prevê um ano de muita volatilidade na bolsa, com as blue chips brasileiras mais ligadas a commodities, caso de Vale e Petrobras, sofrendo essa pressão internacional. "Seria melhor não fosse o cenário externo difícil, com a China reduzindo a demanda por commodities e o mercado americano de lado", afirma Fasson.
Sabesp
Ainda refletindo o posicionamento da nova gestão do governo paulista sobre a privatização, a Sabesp foi a estrela do dia. Ontem, a companhia de saneamento estadual havia fechado com valorização de 9,11%. Hoje, foi a mais valorizada, com alta de 7,33%, uma vez que o novo secretário de Fazenda paulista, Henrique Meirelles, mostrando-se favorável a uma privatização ou capitalização da empresa, a depender do marco regulatório do setor.
Eletrobras
A Sabesp até passou a Eletrobras, que seguiu em alta depois de dar um salto de 20% ontem (ON, a PNB subiu 13%), fechou hoje num pulo de 5,98% (ON) e de 6,01% para a PNB ainda na esteira das declarações de ontem do novo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, de que o governo do presidente Jair Bolsonaro vai dar continuidade ao processo de capitalização da elétrica, e a notícia de que o atual presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, permanecerá no cargo.
Leia Também
Exportadoras azedaram
Já no grupo das maiores baixas figura Suzano, recuando 5,62%, uma vez que toda vez que o dólar cai, a ação da empresa exportadora cai junto. Aliás, foram empresas exportadoras, como a Suzano, Vale e BRF, que puxaram o índice da Bolsa para baixo na maior parte da tarde, com o dólar ladeira a baixo.
"Acredito que essa queda também reflete uma mudança de fundamentos, com os investidores se posicionando em papéis mais expostos à atividade local", avalia Rafael Passos, analista da Guide Investimentos. Para Passos, a mudança no valor de relação de troca na fusão com a Fibria, anunciada na noite de ontem, não altera o perfil do negócio.
Hambúrguer
Também em queda, um dia após a conclusão da venda de ativo para a Marfrig, a BRF teve recuo de 3,98%. A ação abriu em alta, mas virou. Ontem, as empresas anunciaram o fechamento da aquisição da Quickfood na Argentina, que havia sido divulgada em 7 de dezembro, ao preço de US$ 54,9 milhões. A compradora, a Marfrig, subiu 0,71%.
A empresa é líder na produção de alimentos derivados de carne bovina na Argentina, operando três plantas. Elas são localizadas em San Jorge, Baradero e Arroyo Seco, com capacidade de processar cerca de 6 mil toneladas por mês de hambúrgueres, salsichas, frios e vegetais congelados.
As duas empresas também firmaram acordo pelo qual a Marfrig assumirá, por R$ 100 milhões, a operação da fábrica da BRF em Várzea Grande, no Mato Grosso, que ainda está por concluir. Em comentário a clientes, a Rico Investimentos pondera que esta é uma parte do plano de reestruturação. "Vemos os desinvestimentos como positivos, mas reconhecemos que ainda há um longo caminho pela frente para a conclusão de seu plano de reestruturação."
Vale profundo
A perspectiva de uma desaceleração econômica global, reforçada tanto pelo corte da previsão de lucro da Apple quanto pelo resultado mais fraco do que o esperado do índice de atividade industrial dos Estados Unidos medido pelo Instituto para a Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), atingiu a Vale com tudo.
A ON teve retração de 4,09% e foi a segunda maior baixa desta quinta. Uma vez que os principais investimentos da Bradespar encontram-se na Vale, a holding também viu suas ações caindo, em 3,83%.
As concorrentes internacionais da Vale também não tiveram um dia bom. Em Londres, a BHP Billiton caia 2,28% e a Anglo American recuava 2,09%. Para Hersz Ferman, economista da Elite Corretora, a constante preocupação com o ritmo do crescimento da China segue pesando nos papéis da mineradoras de todo o mundo. "O grande temor global é uma desaceleração mais forte da China. Basta acompanhar as oscilações nos preços das commodities e a desaceleração um pouco mais forte dos indicadores de atividade da China", observa Ferman.
Mancha na Petrobras
Um vazamento em uma plataforma de petróleo da Petrobras derramou 1.400 litros de óleo cru no litoral do Rio de Janeiro. O vazamento teve início na manhã de ontem. Uma mancha de 31 quilômetros se espalhou pelo mar. Apesar de danoso, o acidente não afetou os papéis da empresa, que tiveram alta de 2,45% (PN) e 2,06% (ON), uma vez que foi divulgado apenas após o fechamento do mercado.
O que impulsionou a alta e ajudou o Ibovespa no sprint final foi o discurso de posse do presidente da estatal, Roberto Castello Branco. Ele abriu sua fala dizendo que a eleição de Jair Bolsonaro "é um marco histórico para colocar o Brasil no caminho da prosperidade" e que a Petrobras vai passar por uma grande transformação e vai ser comparável às maiores companhias globais.
*Com Estadão Conteúdo
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3