Confira o quanto a Petrobras vai pagar em captação de R$ 3,6 bilhões em debêntures incentivadas
Títulos vão render abaixo dos títulos públicos, mas como contam com isenção de imposto de renda, rentabilidade final para o investidor será maior
A Petrobras fechou hoje uma captação de R$ 3,6 bilhões com a emissão de debêntures, títulos emitidos por empresas que rendem juros ao investidor. O volume ficou acima dos R$ 3 bilhões pretendidos inicialmente pela estatal, um sinal de que a procura pelos papéis foi grande. Eu te contei sobre essa emissão nesta reportagem.
A emissão foi feita em três séries, sendo que duas delas foram enquadradas na lei que concedeu isenção de imposto de renda para pessoas físicas e investidores estrangeiros.
Na primeira série, com vencimento em sete anos, a taxa de juros ficou 0,20% abaixo do título público com correção pela inflação (Tesouro IPCA+) com vencimento em 2026, ou 4,046% ao ano. O volume alocado nessa série foi de R$ 898 milhões.
Originalmente, a Petrobras ofereceu pagar um prêmio de até 0,10% acima dos papéis do governo, mas a taxa caiu em razão da demanda dos investidores.
A estatal captou R$ 1,694 bilhão na segunda série das debêntures. A remuneração ficou 0,10% abaixo do rendimento do Tesouro IPCA+ com vencimento em 2028, o equivalente a 4,2186% ao ano. O teto para essa série, que tem prazo de dez anos, era de 0,35% acima do título público.
Embora a taxa das debêntures tenha ficado abaixo dos títulos públicos, o rendimento final para o investidor será maior, graças à isenção de IR.
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Uma forma simples de calcular esse ganho é dividir a taxa de juros da debênture por 0,85, que equivale a incorporar no rendimento o imposto de 15% cobrado para investimentos em renda fixa acima de dois anos.
A Petrobras emitiu ainda uma terceira série, que não conta com o incentivo fiscal, a 106,25% do CDI - também abaixo do teto, que era de 110,5% do CDI. O volume colocado em debêntures nessa série foi de R$ 1,008 bilhão.
Para onde vai o dinheiro?
A Petrobras pretende usar os recursos captados com a emissão de debêntures nas atividades de exploração e avaliação na área dos blocos de Franco, Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara. Eles fazem parte do contrato de cessão onerosa firmado entre a estatal e a União. Outra parte do dinheiro será usada no desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural nos campos de Búzios, Itapu, Sépia e Atapu.
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