Com reestruturação, Via Varejo terá fatia vendida em Bolsa
O Grupo Pão de Açúcar finalmente admitiu usar o mercado de capitais para vender uma fatia da empresa, algo que vinha sendo sugerido por assessores financeiros desde 2017
Empresa em constante processo de mudanças, a maior varejista de eletroeletrônicos do Brasil, a Via Varejo, tem anunciada a quarta troca de comando desde 2014 e caminha para uma mudança de controle.
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) finalmente admitiu usar o mercado de capitais para vender uma fatia da empresa, algo que vinha sendo sugerido por assessores financeiros pelo menos desde meados de 2017, conforme noticiou a Coluna do Broadcast.
O GPA informou ao mercado na noite da última sexta-feira, dia 21, que seu Conselho autorizou a alienação de parcela da participação acionária detida na Via Varejo através de um contrato de total "return swap" a ser firmado com instituição financeira.
Serão vendidas em Bolsa cinquenta milhões de ações ordinárias, correspondentes a 3,86% do capital, nesta quinta-feira, 27.
O GPA controla a Via Varejo com 43,23% do capital. A fatia restante, segundo o grupo, ainda poderá ser vendida para um investidor estratégico, mas o GPA pondera em Fato Relevante que "objetivo poderá ser alcançado através de operações disponíveis no mercado de capitais". A venda de toda a fatia do GPA na Via Varejo deve ocorrer até dezembro.
Embora pessoas envolvidas nos esforços de venda do controle da Via Varejo tenham prospectado diversos nomes de potenciais compradores, a avaliação da maior parte do mercado é que a venda a um investidor estratégico nunca foi um negócio simples de se concretizar. Tanto que já se passaram dois anos desde que a busca por um comprador para a Via Varejo começou.
Os últimos anos foram intensos na rede varejista que controla as Casas Bahia e o Pontofrio. Em 2016, uma crise atingiu as operações de comércio eletrônico até então sob o guarda-chuva de uma empresa separada, a Cnova. Fraudes nos estoques levaram a perdas e a demissão de executivos.
Logo depois, a companhia decidiu reverter a forma como vinha lidando com o e-commerce e passar a integrar as operações online ao varejo físico.
O processo acelerado de integração fez a Via Varejo mudar muitas coisas ao mesmo tempo. A ponto de surgirem dificuldades nas integrações de sistemas no terceiro trimestre deste ano.
Escolhido como o nome para encabeçar essa transformação digital da empresa, o ex-Walmart Flávio Dias passou apenas oito meses como CEO.
Agora, o presidente do GPA, Peter Estermann, volta a assumir a Via Varejo depois de justamente ter deixado a empresa nas mãos de Dias.
Em comunicado, a empresa afirmou que Estermann "terá como uma de suas principais prioridades, além de acelerar a conclusão das mudanças em curso, buscar a rápida e consistente retomada da rentabilidade da Companhia a ser alcançada nos primeiros meses de 2019".
Ele permanece como presidente do GPA e também mantém seu posto no Conselho de Administração da Via Varejo, ou seja, acumula três postos.
A Via Varejo acumula um lucro de apenas R$ 12 milhões entre janeiro e setembro deste ano, uma queda de 78% ante os mesmos meses de 2017. A companhia afirmou em sua última divulgação de resultados que obteve desempenho em vendas abaixo do esperado e enfrentou um ambiente mais competitivo.
A venda do controle da Via Varejo tem sido destacada pelo grupo controlador do GPA, o francês Casino. Para reduzir sua alavancagem, o grupo tem um plano de venda de ativos de 1,5 bilhão de euros que está em andamento e que complementa a venda da Via Varejo. O alto endividamento levou a S&P a rebaixar em setembro a classificação financeira do grupo para o nível BB, com perspectiva negativa.
Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta
Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos
Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23
O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed
Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB
As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional
Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17
O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.
Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo
Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Leia Também
-
Esquenta dos mercados: Ibovespa cai na abertura em reação ao RTI e dados de desemprego; dólar chega a R$ 5
-
Cenário apocalíptico, crise bilionária e centenas de lojas fechadas: o que está acontecendo com os Supermercados Dia?
-
Bolsa hoje: Wall Street e bancos dão 'empurrão' e Ibovespa fecha em alta; dólar cai
Mais lidas
-
1
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha
-
2
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
3
Após prejuízo bilionário, CEO da Casas Bahia está “confiante e animado” para 2024 — mas mercado não compra ideia e ação BHIA3 cai forte na B3