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Balanço

Caixa registra lucro de R$ 3,9 bilhões no 1º trimestre, alta de 23% em um ano

Lucro recorrente ficou em R$ 3,870 bilhões, alta de 5,8% em doze meses e de 740,8% sobre o resultado de R$ 460 milhões no trimestre anterior

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24 de junho de 2019
10:20 - atualizado às 16:09
Fachada da Caixa Economica Federal
Imagem: Shutterstock

A Caixa anunciou lucro líquido de R$ 3,920 bilhões no primeiro trimestre, alta de 22,9% sobre o mesmo período de 2018.

O resultado é atribuído pela administração a maiores receitas de prestação de serviços, redução das despesas de calotes (PDD), e estabilidade da margem financeira em relação ao primeiro trimestre de 2018. No quarto trimestre de 2018, o banco público teve prejuízo de R$ 1,113 bilhão.

"O resultado no 1º trimestre foi uma surpresa positiva, eu não esperava algo tão forte", avaliou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Depois de pagar antecipadamente R$ 3 bilhões ao Tesouro Nacional neste mês, Guimarães anunciou nesta segunda-feira que o banco deve devolver outros R$ 7 bilhões à União nos próximos 30 dias.

O presidente também disse que o banco tem condições de devolver R$ 20 bilhões ao Tesouro Nacional em 2019, mesmo sem a venda de ativos. "Se fizermos a abertura de capital neste ano, poderemos pagar inclusive mais que R$ 20 bilhões", completou.

"Pagar os IHCDs é o óbvio, e faz sentido matemático, devido à correção de juros pela inflação e a participação nos lucros", afirmou Guimarães.

Ele destacou que a venda de ações da Petrobras na carteira da Caixa deve alcançar R$ 7,5 bilhões. O presidente da Caixa repetiu que a solidez do banco permitiu a antecipação do pagamento de R$ 3 bilhões ao Tesouro nesse mês.

Ressalvas

O presidente da Caixa disse ter a expectativa de que as ressalvas da auditoria externa ao banco possam ser retiradas do balanço do segundo trimestre. "Ainda há muita investigação sendo feita sobre o passado do banco, mas a nossa expectativa é de que ressalvas de auditores sejam retiradas no próximo balanço. (Os auditores) estão gostando das mudanças de governança que estamos implementando, mas a Caixa não tem influência sobre a decisão deles", completou.

O vice-presidente de Distribuição, Atendimento e Negócio da Caixa, Valter Nunes, disse ainda que o programa de renegociação de dívidas lançado no mês passado pelo banco deve ter um impacto de R$ 200 milhões no balanço do segundo trimestre, como reversão de prejuízos.

Outros números

O lucro recorrente ficou em R$ 3,870 bilhões, alta de 5,8% em doze meses e de 740,8% sobre o resultado de R$ 460 milhões no trimestre anterior.

As receitas com prestação de serviços aumentaram 2,3% em 12 meses, para R$ 6,5 bilhões, sendo 19,8% maiores as receitas de serviços com fundos de investimento e 8,5% as de convênios e cobrança bancária.

Já as despesas de provisões para créditos de liquidação duvidosa caíram 24,4% ante o primeiro trimestre de 2018, para R$ 2,827 bilhões. Também influenciado por esse dado, o resultado bruto da intermediação financeira soma R$ 9,580 bilhões, 10,6% maior em 12 meses.

 

O indicador de inadimplência (acima de 90 dias) teve queda de 2,90% para 2,47% no comparativo de primeiro trimestre, mas subiu em relação ao quarto trimestre de 2018, quando era de 2,18%.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou estável, em 15,8% em março de 2019. O índice de Basileia cresceu 1,8 ponto porcentual em doze meses, para 20,1%, e 0,5 p.p. sobre o quarto trimestre.

Foco

O presidente da Caixa voltou a dizer que o foco do banco devem ser as pequenas e micro empresas. Ele criticou operações realizadas com grandes companhias no passado que, segundo ele, fizeram a Caixa perder muito dinheiro. "Eu sempre digo que o foco da Caixa tem que ser a padaria do Seu Joaquim e não as empresas grandes, que fizeram o banco perder bilhões de reais", afirmou.

Guimarães disse ainda que a Caixa fez apenas o básico no caso da Odebrecht. "Uma grande companhia entrou agora em recuperação judicial e a Caixa fez o básico, que foi pedir as suas garantias. Se o banco tem garantias, porque não vai pedir?", completou.

A Carteira de Crédito Ampla da Caixa, ficou em R$ 685,842 bilhões, queda de 2,0% sobre o mesmo intervalo do ano anterior. O banco explica que faz um realinhamento estratégico na carteira de crédito para grandes empresas, que caiu 40% se comparada ao primeiro trimestre de 2018. "A Caixa está diminuindo a concentração dessas operações, garantindo uma carteira mais pulverizada e capaz de apoiar o crescimento de um maior número de empresas", afirmou o banco, no documento.

A Caixa teve lucro líquido de R$ 3,920 bilhões no primeiro trimestre, alta de 22,9% sobre o mesmo período de 2018. A previsão para o segundo trimestre é forte, segundo o presidente. "Nosso balanço do segundo trimestre será histórico", acrescentou Guimarães.

E por falar em Odebrecht...

Guimarães disse que a exposição direta do banco à Odebrecht é de R$ 2,2 bilhões, sem considerar as operações do FI-FGTS.

Segundo ele, as regras de governança do FI-FGTS impedem a divulgação da exposição ao fundo da empreiteira que entrou em recuperação judicial. "A Odebrecht não foi a primeira empresa a pedir recuperação judicial desde o começo do ano", afirmou.

Guimarães também afirmou que o banco e o FI-FGTS provisionaram R$ 500 milhões no fim do ano passado para lidar com prováveis recuperações judiciais de cerca de 20 empresas.

Perdas provisionadas

O presidente da Caixa disse que o impacto da recuperação judicial da Odebrecht no balanço do banco deverá ser residual, porque a instituição teria feito os provisionamentos necessários no fim de 2018. "Como a recuperação judicial da Odebrecht era iminente, as possíveis perdas da Caixa com a empresa já estão 95% provisionadas. A Caixa teve perda de bilhões com Odebrecht, mas a perda no balanço será residual. Apenas garantias de imóveis da Odebrecht serão perdas, se não forem vendidos", afirmou.

Segundo ele, o banco estaria bem provisionado não apenas em relação à Odebrecht, mas também em relação a outras grandes empresas com probabilidade de entrarem em recuperação judicial. "Enxergamos mais dez empresas que hoje não têm condições de continuar em um processo de recuperação", completou, sem detalhar quais companhias seriam essas.

IPO da Caixa Seguridade

O presidente da Caixa afirmou ainda que a oferta inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade será a primeira operação do banco. "O processo já está adiantado e acredito que o IPO da Caixa Seguridade será feito em outubro ou novembro", comentou.

Segundo ele, na sequência o banco deverá abrir o capital da Caixa Cartões e da Caixa Loterias. Já o IPO da Caixa Asset seria o último a ser feito, porque ainda depende da formatação da empresa. "Acredito que podemos ter o triplo de clientes da XP investindo com Caixa Asset. Teremos provavelmente os maiores fundos imobiliários do País, um com as agências e outro com prédios próprios", completou.

Guimarães adiantou ainda que a vice-presidente em exercício de Administração e Gestão de Ativos de Terceiros, Thaís Peters, deverá ser a presidente da Caixa Asset.

Crédito imobiliário

O presidente da Caixa disse também que o banco projeta um crescimento entre 20% a 30% no crédito imobiliário em 2019, superando os R$ 230 bilhões neste ano na carteira com recursos próprios e SBPE. "Vai haver um resultado muito melhor no segundo trimestre em crédito imobiliário", afirmou.

A Caixa anunciou mais cedo, junto com os dados do primeiro trimestre fiscal, que o saldo de crédito imobiliário cresceu 3,3% sobre o mesmo período do ano anterior, para R$ 447,4 bilhões, dos quais R$ 270 bilhões (10,9% superior) com recursos do FGTS e R$ 177 bilhões (queda de 6,5%) com recursos próprios e SBPE.

Em relatório da administração, o banco destaca que detém a liderança desse mercado com 68,8% de participação, ganho de 0,32 p.p. em 12 meses. Na comparação com o quarto trimestre, o aumento foi de 0,6%.

Guimarães também afirmou que o banco está realizando um estudo sobre a quantidade de agências, que pode levar ao fechamento de alguns pontos, mas também a abertura de novos postos de atendimento. "Não fecharemos nunca uma agência que seja a única em uma localidade. Fecharemos apenas as agências que estejam uma ao lado de outra, com prejuízo. Além disso, um temos plano forte de expansão de agências em áreas com crescimento potencial", completou.

Banco Pan

O presidente da Caixa confirmou ainda que a instituição pretende deixar ainda este ano a sua participação no Banco Pan. "O Pan foi motivo de perdas relevantes para a Caixa, mas tivemos agora um retorno de cerca de R$ 600 milhões com a aquisição da participação no banco", afirmou. "Estamos conversando com o BTG para sair do Banco Pan neste ano. Não faremos nada que não seja coordenado com os sócios (o BTG)", completou.

Guimarães disse ainda que a Caixa deixará a participação na corretora WIZ. "Não faz sentido a Caixa ser o único grande banco sem corretora 100% própria. Vamos deixar a participação na corretora WIZ, não há interesse em continuarmos como sócios", afirmou. Segundo ele, o banco concentrará sua operação de corretora na Caixa Seguridade.

*Com Estadão Conteúdo. 

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