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Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

NOVO AUMENTO

Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
7 de maio de 2025
19:15 - atualizado às 18:49
Bolsa mercados ações topo montanha
Ser conservador e investir em renda fixa indexada às taxas de juros está valendo a pena. Imagem: Shutterstock

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) aumentou, mais uma vez, a taxa básica de juros nesta quarta-feira (7), desta vez em 0,50 ponto percentual. O ajuste em magnitude inferior ao da última reunião já era esperado pelo mercado e elevou a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano, maior patamar desde agosto de 2006.

No entanto, esta alta pode ser a última do ciclo, o que significa que os juros no Brasil podem, por ora, ter atingido o topo.

Ao longo do último mês, investidores e economistas de mercado foram reajustando suas expectativas para as taxas e agora veem a Selic terminando o ano no patamar atual de 14,75%. Há quem veja a possibilidade de o Copom até mesmo começar a reduzir os juros já no fim de 2025.

A mudança nas expectativas se deu em razão da perspectiva de desaceleração global e do enfraquecimento do dólar observado com o tarifaço do presidente americano Donald Trump, que tendem a aliviar a inflação por aqui.

Tanto que, para a reunião de hoje, chegaram a aumentar as apostas em uma alta mais branda, de apenas 0,25 ponto percentual.

O Copom não deu indicativo sobre novas altas nos seus próximos encontros. Apenas afirmou que o cenário é incerto, demanda cautela e flexibilidade para incorporação de novos dados que impactem a dinâmica inflacionária — uma postura de esperar para ver.

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O que a alta da Selic representa para a sua reserva de emergência e os demais investimentos de renda fixa

Seja como for, por enquanto a renda fixa pós-fixada — aqueles investimentos cuja remuneração é indexada à Selic ou ao CDI — ficará ainda mais rentável, e é provável que sua rentabilidade permaneça no mesmo patamar até pelo menos o fim deste ano.

É o caso dos títulos públicos Tesouro Selic; dos títulos bancários CDBs, LCIs e LCAs, quando indexados ao CDI; dos títulos de crédito privado como debêntures, CRIs e CRAs indexados ao CDI; e dos fundos que investem nesses tipos de papéis.

Alguns desses investimentos estão entre os mais conservadores do mercado brasileiro, sendo inclusive indicados para a reserva de emergência.

Por exemplo, os títulos Tesouro Selic, negociados no Tesouro Direto; os fundos de taxa zero que investem em Tesouro Selic, do tipo Selic Simples; e os CDBs de grandes bancos com liquidez diária.

Além disso, os investimentos pós-fixados também atuam como portos seguros em momentos de alta aversão a risco, que recentemente passou por um alívio no Brasil, mas continua elevada.

Quanto rendem os investimentos de renda fixa conservadora com a Selic em 14,75%?

A mudança na Selic não altera a regra de remuneração da poupança, que continua pagando seu tradicional 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR).

Embora a TR tenda a aumentar ligeiramente com a alta na taxa básica, a elevação dos juros torna a caderneta menos atrativa que as demais aplicações de renda fixa pós-fixadas, já que as remunerações destas tendem a subir, enquanto a da poupança tem uma espécie de teto.

Com a Selic em 14,75% ao ano (e supondo um CDI um pouco inferior, de 14,65%, como costuma acontecer), as rentabilidades mensais e anuais líquidas das principais aplicações financeiras conservadoras ficam assim:

InvestimentoRetorno líquido em 1 mês*Retorno líquido em 1 ano**
Poupança0,67%8,33%
Tesouro Selic 2028 (via Tesouro Direto)0,86%12,01%
CDB 100% do CDI ou fundo Tesouro Selic de taxa zero0,89%12,09%
CDI bruto1,15%14,65%
(*) 1 mês, no caso da poupança, ou 21 dias úteis e mais de 30 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 22,5%, quando for o caso. (**) 12 meses, no caso da poupança, ou 252 dias úteis e mais de 360 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 17,5%, quando for o caso.

Parâmetros da simulação

  • Para o cálculo do retorno da poupança, foi considerada a TR média de abril de 2025 (0,1689%);
  • Para o cálculo do retorno do Tesouro Selic, foram considerados uma taxa de administração igual a zero, o spread de compra e venda (espécie de “pedágio” para a venda do título antes do vencimento) e uma taxa de custódia de 0,20% ao ano sobre todo o montante investido, que é o padrão da calculadora do Tesouro Direto. Atualmente, no entanto, existe uma isenção da taxa de custódia para valores aplicados de até R$ 1 mil, o que significa que a verdadeira rentabilidade do Tesouro Selic, nesses casos, é um pouco maior que a estimada na tabela.

Caso a Selic tenha de fato atingido o topo do ciclo, ela não ficará estagnada em 14,75% por muito tempo. O mercado já começa a precificar juros um pouco mais baixos a partir de 2026, o que significa que, para prazos um pouco maiores, a rentabilidade das aplicações conservadoras pode ser menor que a projetada na tabela.

Assim, para dar uma ideia melhor de como ficará a rentabilidade dos investimentos conservadores daqui para frente, vamos simular a aplicação para os prazos de um e dois anos utilizando as estimativas do mercado para a Selic e o CDI (DI futuro) para maio de 2026 (14,59%) e junho de 2027 (13,74%), respectivamente.

Repare que ambas as previsões já precificam uma Selic menor que a atual, estimando que o BC vai cortar a taxa básica de juros.

Vale frisar, no entanto, que essas projeções podem mudar a partir da decisão do Copom de hoje, bem como das sinalizações do Banco Central para as próximas reuniões. Além disso, as projeções para a poupança continuam considerando a TR de abril, que também pode mudar daqui para a frente.

InvestimentoRetorno líquido em 1 ano*Retorno líquido em 2 anos**
Poupança8,33%17,35%
Tesouro Selic 2028 (via Tesouro Direto)11,96%25,94%
CDB 100% do CDI ou fundo Tesouro Selic de taxa zero12,04%24,84%
LCI 90% do CDI13,04%26,08%
(*) 12 meses, no caso da poupança, ou 252 dias úteis e mais de 360 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 17,5%, quando for o caso. (**) 24 meses, no caso da poupança, ou 504 dias úteis e mais de 720 dias corridos para os demais investimentos. Alíquota de IR de 15,0%, quando for o caso.

Parâmetros da simulação

  • DI para maio de 2026 (simulação de 1 ano): 14,59% a.a.
  • Selic para maio de 2026 (simulação de 1 ano): 14,69% a.a.
  • DI para junho de 2027 (simulação de 2 anos): 13,74% a.a.
  • Selic para junho de 2027 (simulação de 2 anos): 13,84% a.a.
  • Para o cálculo do retorno da poupança, foi considerada a TR média de abril (0,1689%);
  • Para o cálculo do retorno do Tesouro Selic, foram considerados uma aplicação de R$ 100 mil, taxa de custódia de 0,20% ao ano, uma taxa de administração igual a zero e o spread de compra e venda (espécie de “pedágio” para a venda do título antes do vencimento).

Veja, na tabela a seguir, quanto você teria ao final de cada período caso aplicasse R$ 100 mil em cada um desses investimentos, nas circunstâncias da simulação anterior:

InvestimentoQuanto você teria após 1 anoQuanto você teria após 2 anos
Caderneta de poupançaR$ 108.328,79R$ 117.351,26
Tesouro Selic 2028R$ 111.956,52R$ 124.843,17
CDB ou fundo Tesouro Selic 100% do CDIR$ 112.036,75R$ 124.962,69
LCI 90% do CDIR$ 113.040,35R$ 126.080,05

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