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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

MUNDO EM ALERTA

EUA entram na guerra de Israel contra o Irã: o que está em jogo após o ataque histórico com aval de Trump 

O presidente norte-americano anunciou neste sábado (21) uma ofensiva contra instalações nucleares, incluindo Fordow — uma usina que fica em uma região montanhosa e a 90 metros de profundidade

Carolina Gama
21 de junho de 2025
22:49 - atualizado às 23:45
Imagem feita por inteligência artificial retrata Donald Trump com terno azul escuro e gravata azul clara ao lado de Benjamin Netanyahu, com terno nas mesmas cores. Ao fundo as bandeiras dos EUA e de Israel.
Donald Trump (esquerda) e Benjamin Netanyahu (direita) - Imagem: Aurora / Grok

Donald Trump disse que levaria duas semanas para tomar uma decisão sobre o envolvimento direto dos EUA no conflito entre Israel e Irã, mas a pressão de Benjamin Netanyahu e dos falcões de Washington fez o republicano entrar na guerra. Esse é o primeiro ataque direto dos norte-americanos contra Teerã em pelo menos 45 anos.

A primeira atitude do Irã foi uma declaração de guerra: qualquer militar ou cidadão norte-americano passou a ser considerado um alvo viável legítimo — um sinal de que o conflito pode escalar para níveis não mensurados até o momento. 

Israel, por sua vez, anunciou restrições severas de circulação, com escolas e locais de trabalho fechados. As exceções são setores da economia considerados essenciais.  

Segundo especialistas, as saídas para Teerã são poucas e perigosas. A mais temida delas é o bloqueio do Estreito de Ormuz — uma possibilidade que já estava no radar do mercado, especialmente de petróleo, no caso de acirramento do conflito. 

O Estreito de Ormuz é o corredor marítimo mais importante do mundo para o transporte de petróleo — as projeções da consultoria de energia Vortexa indicam que cerca de 20 milhões de barris de petróleo bruto, condensado e combustíveis passam pela região diariamente.

A via tem 33 quilômetros de largura por onde transitam navios vindos do Golfo Pérsico em direção do Mar Arábico — o trecho mais estreito tem apenas 3,2 quilômetros de largura, o que torna a passagem congestionada e perigosa. 

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Outra opção é o Irã retornar à mesa de negociações e assinar um acordo para colocar fim à guerra com Israel. A questão é que Teerã seria pressionada a abandonar completamente seu programa nuclear, abrindo caminho para que rivais busquem uma mudança de regime sem medo de consequências. 

O Irã argumenta que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

A terceira possibilidade é que o governo iraniano ordene ataques ainda mais agressivos contra Israel como uma resposta imediata ao envolvimento dos EUA no conflito. 

As consequências dessa decisão, no entanto, são graves: além de dar ainda mais argumentos para uma reação israelense sem precedentes, pode contratar o envolvimento de vez dos norte-americanos na guerra. 

  • Vale lembrar que o presidente dos EUA, Donald Trump, não declarou até o momento guerra contra o Irã. Para isso, ele precisa de autorização do Congresso. Segundo fontes da Casa Branca, os ataques deste sábado (21) foram pontuais. 

Até a publicação dessa matéria, o Irã ainda não havia se manifestado ou respondido à ofensiva norte-americana e Trump ainda não havia se pronunciado oficialmente. 

Outra possibilidade é o Irã direcionar ataques contra bases e pessoal dos EUA por meio de uma rede de grupos armados na região, particularmente no Iraque, o que pressionaria a opinião pública norte-americana. 

  • Os ataques diretos do Irã contra os EUA são quase inviáveis por conta da distância entre os dois países.

Embora os falcões do Congresso norte-americano defendam a guerra, a base nacionalista America First de Trump segue firmemente contrária a qualquer envolvimento dos EUA em conflitos no exterior por considerarem sem relação com interesses domésticos.

Irã contra Israel e EUA

A influência regional do Irã sofreu reveses no último ano, colocando o país em uma posição geopoliticamente vulnerável.

Há muito tempo, Teerã depende do Hezbollah para dissuadir ataques israelenses diretos, mas o grupo armado libanês ficou significativamente enfraquecido após travar uma guerra total contra Israel no ano passado.

Além disso, o Irã perdeu outro aliado com a deposição do ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.

Um ataque para entrar para a história

O conflito entre Israel e Irã começou no último dia 13, mas a data que entrará para a história é o sábado, 21 de junho. 

Nesta noite, em tom de comemoração, Trump publicou na rede Truth Social que concluiu o "ataque bem-sucedido" às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan

"Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano", disse.

Segundo o presidente norte-americano, uma "carga completa de bombas" foi lançada na instalação principal, Fordow. 

  • A usina de Fordow está localizada em uma região montanhosa e profunda, entre 80 e 90 metros para dentro da terra, justamente para evitar ataques aéreos. Apenas os EUA tinham bombas capazes de perfurar o solo nesta profundidade e explodir, eliminando as centrífugas de enriquecimento de urânio. A comunidade internacional temia que um ataque como esse gerasse um vazamento radioativo.  

"Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros norte-americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora da paz! Agradecemos a sua atenção a este assunto", finalizou Trump.

Pouco mais de uma hora depois, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um discurso televisionado no qual agradeceu o apoio e a coragem dos EUA ao atacar as instalações nucleares iranianas.

"Primeiro vez a guerra, depois a paz", disse Netanyahu. "Nesta noite, Trump e os EUA agiram com muita força", acrescentou.

*Com informações da CNBC e da CNN Internacional

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