Zamp (ZAMP3) pode sair do menu da bolsa e virar prato exclusivo do Mubadala: CVM aprova OPA e define data
Fundo árabe oferece R$ 3,50 por ação da dona do Burger King no Brasil; leilão está marcado para 8 de setembro e depende da adesão de dois terços dos acionistas
O Mubadala vai tentar, mais uma vez, tirar a Zamp (ZAMP3) do cardápio da B3. O fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos lançou uma OPA (oferta pública de aquisição de ações) para comprar a fatia que ainda está nas mãos do mercado.
A OPA foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e marcada para 8 de setembro de 2025, segundo comunicado ao mercado da Zamp.
O objetivo do Mubadala é retirar a Zamp do segmento básico da B3 e converter seu registro na CVM de categoria “A” para “B” — o que, na prática, significa que a companhia deixará de ser listada na bolsa.
O fundo árabe já controla 71,5% do capital da empresa dona das marcas Burger King, Popeyes e Subway no Brasil. Agora, deseja adquirir os 26,45% restantes — equivalente a 107,6 milhões de ações.
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O preço por ação ZAMP3 será de R$ 3,50. O laudo de avaliação da OPA indica que esse valor representa um prêmio de 2,6% em relação ao fechamento de quarta (6), antes do anúncio da OPA.
Embora o ganho imediato pareça modesto, o preço é 19,5% acima do valor justo estimado pela consultoria Apsis, que calculou o papel em R$ 2,93.
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A OPA da Zamp: o que o minoritário precisa saber
A OPA é voltada aos acionistas que ainda detêm ações em circulação da Zamp — cerca de 26,45% do capital da empresa, ou pouco mais de 107 milhões de papéis.
Para que a operação tenha sucesso e a Zamp seja deslistada da bolsa, é preciso que dois terços dos minoritários aceitem a oferta e participem do leilão.
Esse leilão será realizado na B3 no dia 8 de setembro, em horário regular de pregão. O Mubadala não pretende vender suas ações nem operar derivativos de ZAMP3 até o fim do processo.
Se a adesão mínima não for atingida, a oferta será cancelada e a empresa continuará listada.
Caso a OPA seja bem-sucedida, a Zamp deixará a B3 e os minoritários que não venderem suas ações no leilão serão forçados a sair dos papéis em uma etapa posterior, quando a empresa concluir o fechamento do capital.
Dos holofotes do IPO ao prato feito do Mubadala
A Zamp abriu capital em dezembro de 2017, ainda como BK Brasil, com a promessa de disputar espaço com o McDonald’s e liderar o mercado brasileiro de fast food. O IPO empolgou o mercado na época, mas o desempenho da companhia não acompanhou as expectativas.
Ao longo dos anos, a Zamp enfrentou margens apertadas, concorrência intensa, alto endividamento e dificuldades operacionais — especialmente durante a pandemia.
Mesmo com a inclusão das marcas Popeyes e Subway no portfólio, os resultados seguiram voláteis.
Em 2022, o próprio Mubadala chegou a tentar comprar o controle da empresa, mas desistiu. Agora, em 2025, volta à mesa com uma nova proposta — desta vez, mais agressiva: levar tudo. E com boa chance de sucesso.
No ano, as ações ZAMP3 acumulam alta de 64%, puxada pela expectativa da OPA. Entretanto, são negociações com baixa liquidez e baixa relevância no mercado.
O valor de mercado da empresa gira atualmente em torno de R$ 1,4 bilhão, uma fração do que foi estimado no IPO.
Para muitos minoritários, o leilão pode representar uma chance de encerrar o investimento com algum prêmio — ou de fazer um último pedido e ficar até o fim.
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