Vale a pena embarcar na euforia com o Inter (INBR32)? Papéis saltam 9% na B3 e BTG revela se é hora de comprar os BDRs
Para o BTG Pactual, o Inter apresenta um valuation descontado mesmo após uma “clara redução de risco na tese de investimento”. Entenda se compensa comprar as ações agora

Após entregar mais uma sequência de resultados fortes no segundo trimestre, com lucro recorde e expansão da rentabilidade, o Inter (INBR32) recebeu mais um selo de compra para suas ações.
O BTG Pactual elevou a recomendação para os BDRs (recibos de ações) do Inter negociados na B3, de neutra para compra.
Para os analistas, o banco digital encontra-se com um valuation descontado mesmo após uma “clara redução de risco na tese de investimento” e em meio à expectativa de apresentar uma rentabilidade de 15% para este ano.
“A ação passou por um rebaixamento, apesar de uma redução de risco na tese de investimento. Em resumo, acreditamos que a assimetria voltou a se tornar favorável — e estamos atualizando a recomendação para compra”, afirmou o BTG, em relatório.
- SAIBA MAIS: O Seu Dinheiro mapeou os investimentos mais promissores do mês de agosto; veja as recomendações de especialistas do mercado
Os BDRs do Inter operam em forte alta nesta quarta-feira (6). Por volta das 15h05, os papéis subiam 9,15%, cotados a R$ 39,36 na B3.
Inter (INBR32) rumo ao plano 60-30-30
No segundo trimestre, o banco digital laranjinha teve um lucro líquido de R$ 332 milhões. Trata-se de um aumento de 49,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 8,3% contra o trimestre imediatamente anterior.
Leia Também
A rentabilidade também continuou a crescer no trimestre. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) chegou a 14,5% no trimestre, um aumento de 4,1 pontos percentuais (p.p) no comparativo anual e de 0,9 p.p na base trimestral.
“Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador, nossa perspectiva para o restante de 2025 continua forte. Estamos confiantes de que este será um ano decisivo para avançar em nossos objetivos estratégicos de alcançar 60 milhões de clientes, uma eficiência operacional de 30% e ROE de 30% até 2027”, disse o CEO da Inter&Co, João Vitor Menin, em nota.
Por falar no ambicioso plano 60-30-30, o Inter (INBR32) também conseguiu avançar na jornada rumo aos 60 milhões de clientes.
A fintech registrou expansão de 18,2% na base de clientes em comparação com o mesmo período de 2024, encerrando o trimestre com 39,3 milhões de usuários. Em agosto, o banco digital conseguiu atingir o marco de 40 milhões de clientes totais.
Por outro lado, as despesas do Inter também cresceram de forma significativa no trimestre, com avanço de 32% na base anual, para R$ 873 milhões.
Mesmo assim, o índice de eficiência, que relaciona as despesas operacionais com a receita total, encerrou o período em 47,8%, redução de 1 p.p. na comparação anual e de 1,8 p.p. frente ao 1T25. Lembrando que quanto menor for o indicador, mais eficiente será o banco.
Outras linhas do balanço do Inter (INBR32)
A receita bruta total do Inter somou R$ 3,16 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento de 38% na comparação anual.
A carteira de crédito do banco Inter (INBR32) cresceu 22% na comparação anual e 7,6% na base trimestral, atingindo a marca de R$ 40,2 bilhões.
Já a inadimplência acima de 90 dias diminuiu 0,4 ponto percentual contra o segundo trimestre de 2024 e apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior, em 4,6%.
O que dizem os analistas?
Na avaliação do BTG, o segundo trimestre do Inter (INBR32) foi apenas “ok”, mas os indicadores estão bastante saudáveis e demonstram que o banco digital está no caminho certo para entregar as expectativas para o ano.
Para os analistas, há ainda um grande potencial para o Inter no consignado privado, já que o produto está bem alinhado com o apetite de risco do banco digital e praticamente ausência de risco de canibalização.
O Inter apresentou um crescimento considerável nos novos empréstimos de consignado privado, atingindo a marca de R$ 728 milhões no trimestre e 10% de participação de mercado dos novos empréstimos concedidos no período.
“Em nossa visão, o Inter está melhor posicionado para se beneficiar, dado o grande mercado endereçável do produto em relação ao seu valor de mercado e sua participação de mercado ainda baixa em empréstimos pessoais — o que também significa que há risco muito limitado de canibalização”, disseram os analistas.
Na leitura dos analistas, o progresso em relação às metas do plano 60-30-30 do Inter pode não ser linear, com alguma volatilidade ao longo dos trimestres. Porém, a direção final permanece intacta — e os múltiplos atuais das ações não parecem refletir nem mesmo um ROE de 20% para o banco digital.
“Por enquanto, mantemos nossas estimativas e preço-alvo para o final de 2025 inalterados, mas, nos níveis atuais — e após 20 meses de forte entrega — vemos motivos suficientes para atualizar a ação para compra”, escreveu o BTG.
Para o Citi, o Inter (INBR32) "tem as ferramentas para atingir o guidance" ambicioso até 2027, com um portfólio diversificado, voltado para empréstimos com garantia, que permite o crescimento.
O Citi tem recomendação de compra para as ações do Inter negociadas em Wall Street, com preço-alvo de US$ 9,00, o que implica em uma valorização potencial de 37,8% frente ao último fechamento.
Já a XP Investimentos avalia que o Inter (INBR32) apresentou resultados sólidos no 2T25, reforçando a visão de que o banco está em um caminho constante de crescimento e monetização.
“No geral, os resultados sustentam uma perspectiva construtiva para uma aceleração gradual da rentabilidade”, disse a corretora.
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA
Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo
Ainda é melhor que o Itaú? CFO do Banco do Brasil (BBAS3) volta a responder após lucro muito abaixo do concorrente no 2T25
Mesmo após dois balanços fracos, com tombo no lucro e ROE no menor patamar desde 2000, Geovanne Tobias mantém a confiança — e vê oportunidade para investidores
Ação do Banco do Brasil (BBAS3) chega a subir mais de 2% após estragos no 2T25; entenda se o mercado mudou de ideia sobre o futuro do banco
O BB apresentou um balanço ainda mais fraco do que as projeções, que já eram baixas, mas o papel inverteu o sinal e passou a subir; saiba se é mesmo a hora de comprar
CEO do Banco do Brasil (BBAS3) alerta para novo balanço ruim no próximo trimestre. Quando virá o ponto de inflexão?
Confira o que a presidenta do BB, Tarciana Medeiros, tem a dizer sobre o resultado fraco do segundo trimestre e o que esperar daqui para frente