‘Ultra-hard-discount’: Como funciona o modelo de desconto extremo do atacarejo que vai desembarcar no Brasil em breve
Rede russa Vantajoso promete revolucionar o varejo alimentar brasileiro com o modelo ultra-hard-discount, que aposta em lojas compactas, margens mínimas e preços ainda mais baixos que os atacarejos
Um novo colosso do varejo se prepara para desembarcar no Brasil: a russa Svetofor — que opera internacionalmente com a bandeira Mere — vai entrar no mercado brasileiro sob a marca Vantajoso, prometendo preços ainda mais baixos do que os dos atacarejos tradicionais.
O plano é ambicioso. A operação da Vantajoso prevê abertura de até 50 unidades em três anos, com foco inicial nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, segundo Karina Storozhenko, que lidera a implantação da rede varejista no País.
O grupo quer abrir 9 lojas ainda em 2025, sendo a primeira em Americana, no interior do estado de São Paulo.
O que é “ultra-hard-discount”
A principal diferença da rede Vantajoso para os tradicionais atacarejos que já permeiam o mercado brasileiro, é o modelo ultra-hard-discount (desconto extremo, na adaptação para o português). O modelo é inédito no Brasil.
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As principais características da modalidade são:
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- margens fixas e muito baixas;
- poucas referências por produto para obter vantagens nas negociações com fornecedores;
- sem serviços agregados como padaria ou açougue;
- lojas menores, quando comparadas às grandes concorrentes; e
- operação extremamente enxuta.
Na proposta da Vantajoso, cerca de 80% dos itens da loja serão alimentos, e o restante, produtos básicos de limpeza e higiene.
Para garantir os preços baixos, os abastecimentos serão feitos diretamente com os fabricantes, de modo que evite intermediários.
Único da modalidade, mas não o primeiro
A bandeira da Svetofor deve ser a única no mercado brasileiro com o modelo de desconto extremo, mas não é o primeiro.
No passado, houve tentativas de implantar esse modelo no varejo nacional. Nos anos 1980, o Grupo Pão de Açúcar abriu uma loja nessa formato, o Minibox. Nos anos 2000, o Bank Of America investiu em um projeto de ultra-hard-discount com a bandeira Econ. Mas ambos os projetos não avançaram por questões internas.
Hoje, entre as dez maiores empresas em faturamento do varejo alimentar no país, há apenas duas de capital estrangeiro, segundo o ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Uma delas é o Carrefour, controlado por um grupo francês que também é dono do Atacadão, a principal bandeira de atacarejo do país — e líder no ranking de vendas do setor.
Outra presença internacional de peso é a chilena Cencosud, que ocupa a oitava posição entre as maiores redes do Brasil.
O mercado, porém, já viu outros nomes estrangeiros tentarem a sorte por aqui: grupos com capital norte-americano, como o Walmart, e portugueses, como Sonae e Jerónimo Martins, que acabaram deixando o país após dificuldades de adaptação.
Os 10 supermercados com maior faturamento no Brasil
- Carrefour (SP): R$ 120,59 bilhões
- Assaí Atacadista (SP): R$ 80,57 bilhões
- Grupo Mateus (MA): R$ 36,38 bilhões
- Supermercados BH (MG): R$ 21,27 bilhões
- Grupo Pão de Açúcar (SP): R$ 20,04 bilhões
- Irmãos Muffato (PR): R$ 17,43 bilhões
- Grupo Pereira (SP): R$ 15,32 bilhões
- Mart Minas & Dom Atacadista (MG): R$ 11,43 bilhões
- Cencosud (SP): R$ 11,23 bilhões
- Koch Hipermercado (SC): R$ 10,34 bilhões
Os dados são referentes ao ano de 2024.
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