Titãs de Wall Street superam previsão de lucro e receita, mercado gosta, mas ações caem; entenda os motivos
Citigroup e Wells Fargo conseguem romper a maré de perdas em Nova York e papéis chegam a dispara mais de 7% nesta terça-feira (14)
Os bons ventos sopraram em Wall Street no terceiro trimestre, ajudando a impulsionar o lucro das maiores instituições financeiras dos EUA: JPMorgan, Goldman Sachs, Citigroup e Wells Fargo alcançaram receitas maiores com banco de investimento e negociação entre julho e setembro deste ano.
Em termos percentuais, o destaque vai para o Goldman Sachs, que reportou um lucro líquido de US$ 4,1 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior e cerca de meio bilhão de dólares a mais do que o previsto pelos analistas.
A receita do Goldman Sachs com serviços de banco de investimento aumentou 42% em relação a 2024, para US$ 2,6 bilhões, enquanto as operações com clientes e financiamento aumentaram 11,5%, para US$ 7,2 bilhões.
- VEJA TAMBÉM: Tempestade à vista para a BOLSA e o DÓLAR: o risco eleitoral que o mercado IGNORA - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
“Os resultados deste trimestre refletem a força da nossa franquia de clientes e o foco na execução de nossas prioridades estratégicas em um ambiente de mercado melhor”, disse o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, no comunicado de resultados do banco.
O Citigroup também fez bonito entre julho e setembro: teve lucro líquido de US$ 3,75 bilhões — 16% maior que o ganho de US$ 3,24 bilhões apurado no mesmo período do ano passado.
O lucro por ação do banco norte-americano no período somou US$ 1,86, superando o consenso de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,73.
Leia Também
A receita do Citigroup teve expansão anual de 9% no trimestre, a US$ 22,09 bilhões, valor que também ficou acima da projeção da FactSet, de US$ 21,09 bilhões.
O JPMorgan teve lucro líquido de US$ 14,39 bilhões no terceiro trimestre de 2025, 12% maior do que o ganho de US$ 12,9 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço publicado nesta terça-feira, 14.
O lucro diluído por ação do maior banco dos EUA no período foi de US$ 5,07, acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 4,85.
A receita do JPMorgan teve avanço anual de 9% no trimestre, a US$ 46,43 bilhões, e as provisões para perdas de crédito também mostraram expansão de 9%, para US$ 3,4 bilhões.
Já o Wells Fargo teve lucro líquido de US$ 5,6 bilhões no terceiro trimestre, acima dos US$ 5,1 bilhões do igual período do ano passado. O lucro diluído por ação ficou em US$ 1,66, superando a previsão de analistas compilados pela FactSet, de US$ 1,55.
- LEIA TAMBÉM: Onde investir em outubro? O Seu Dinheiro reuniu os melhores ativos para ter na carteira neste mês; confira agora gratuitamente
A receita subiu 5,25% na mesma comparação, a US$ 21,44 bilhões, vindo levemente acima do consenso da FactSet, de US$ 21,14 bilhões.
As provisões para perdas com crédito somaram US$ 681 milhões no terceiro trimestre, queda de 36% em relação a um ano antes.
Este foi o primeiro trimestre completo em que o Wells Fargo esteve livre do limite de ativos que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) impôs em 2018 como punição pelo escândalo das contas falsas. O Fed levantou o limite de ativos no início de junho, pouco antes do final do segundo trimestre.
As ações dos maiores bancos dos EUA hoje
Os resultados desta terça-feira (14) deram início à temporada de balanços do terceiro trimestre para o setor bancário dos EUA, com os maiores bancos de Wall Street se mantendo otimistas, já que seus clientes se livraram em grande parte da incerteza econômica em torno das tarifas de Donald Trump, que inicialmente congelaram IPOs (ofertas iniciais de ações) e fusões.
Desde então, grandes empresas desencadearam um boom de ofertas públicas, vendas de títulos corporativos e fusões.
Esses mesmos credores também se beneficiarão do que até agora se provou ser um afrouxamento dos requisitos de capital e supervisão por parte de seus reguladores em Washington.
Mas muitos bancos ainda estão cautelosos em relação ao ambiente geral, observando as muitas incertezas que permanecem.
E prova disso é o desempenho das ações dos bancos que apresentaram nesta terça-feira (14) os resultados do terceiro trimestre — muitos papéis operam em baixa mesmo com resultados que superaram as previsões diante do peso da disputa comercial entre EUA e China.
Por volta de 12h45, as ações do Goldman Sachs, por exemplo, recuavam 1,81% e as do JP Morgan baixavam 1,85%. Já os papéis do Citi subiam 2%. O destaque, no entanto, vai para o Wells Fargo, cujas ações sobem 7,26%.
Na quarta-feira (15) é a vez de Bank of America e Morgan Stanley apresentarem seus resultados do terceiro trimestre.
*Com informações do Yahoo Finance
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado