Resultado da Petrobras (PETR4) não foi ótimo, mas também não foi terrível — o que fazer com as ações agora?
Ação segue como principal recomendação do BTG no setor, mas algumas linhas do balanço preocupam

“Os resultados do primeiro trimestre de 2025 não foram ótimos, mas também não foram terríveis”. É assim que os analistas do BTG Pactual qualificam os números apresentados pela Petrobras (PETR4) na noite da última segunda-feira (12).
A estatal reportou um lucro líquido de R$ 35,209 bilhões nos três primeiros meses deste ano, uma alta de 48,6% na comparação com o mesmo período de 2024 — revertendo o prejuízo de R$ 17,044 bilhões reportado no quarto trimestre do ano passado.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Banco do Brasil, BRF, Cosan e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Veja o desempenho de outros indicadores que o mercado estava de olho para este balanço:
Indicador | 1T25 | Variação vs 1T24 | Variação vs 4T24 |
Capex (investimentos) | US$ 4,065 bilhões | + 33,60% | -29,10% |
Receita de Vendas | R$ 123,144 bilhões | + 4,60% | + 1,50% |
Ebitda Ajustado* | R$ 61,084 bilhões | + 1,70% | + 49,10% |
Dívida Líquida | US$ 56,034 bilhões | + 28,40 | + 7,30% |
A petroleira também anunciou R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao período de janeiro a março deste ano.
O que fazer com as ações depois do balanço do primeiro trimestre?
Após os resultados, o BTG Pactual reforçou as ações como a principal recomendação no setor, devido à defensividade em um mercado de petróleo mais volátil, operações sólidas, custos competitivos, bom yield de dividendos e valuation atrativo.
Leia Também
O preço-alvo para PETR4 é de R$ 58,00 — o que representa um potencial de alta de 83,27% em relação ao fechamento da última segunda-feira (12).
Nesta manhã, as ações preferenciais abriram o dia com uma queda de 0,13% na bolsa.
A Petrobras reportou um Ebitda de R$ 62,3 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com alta de 8,3% na comparação trimestral, puxada por maiores volumes, spreads de refino mais altos e melhora nos preços do petróleo.
O desempenho contribuiu para um lucro líquido ajustado de R$ 23,6 bilhões.
Apesar da melhora sequencial, essa linha do balanço veio levemente abaixo do consenso e 7% abaixo da estimativa dos analistas do BTG, refletindo, em parte, a expectativa de um recuo maior no custo de extração de cada barril de petróleo já descoberto.
O capex recuou 29%na base trimestral, para US$ 4,1 bilhões — nível considerado mais sustentável e que deve se manter nos próximos trimestres. Para a Empiricus, esse número está muito mais alinhado ao guidance e às expectativas do mercado, o que inclusive reforça o caráter atípico do Capex elevado no trimestre anterior.
Porém, na visão do BTG Pactual, o aumento da dívida líquida liga o alerta vermelho. De acordo com o reportado ontem, essa linha aumentou 28,4% em relação ao mesmo trimestre de 2024, para US$56 bilhões.
Assim, a relação dívida líquida/Ebitda — indicador que mede em quanto tempo a empresa conseguiria pagar a dívida mantendo o Ebitda — passando de 1,29x no quarto trimestre para 1,45x no primeiro trimestre, indicando uma redução na folga financeira da companhia.
O guidance para dividendos segue respeitando os limites da política da Petrobras, mas eventuais aumentos no apetite por investimentos podem comprometer a previsibilidade dos próximos pagamentos.
“Com o Brent abaixo de US$ 80 por barril e o cenário macro ainda incerto, a disciplina financeira segue essencial. Embora o valuation ainda seja considerado atrativo, a assimetria entre risco e retorno começa a se deteriorar”, escrevem os analistas em relatório.
O banco ainda cita alguns riscos para a tese de investimentos. Entre eles estão a incerteza exploratória em novas áreas de petróleo, obstáculos na execução de projetos de produção e refino, e a volatilidade nos preços das commodities.
A empresa também enfrenta vulnerabilidades administrativas, dado o potencial de mudanças na gestão a cada ciclo presidencial. Para os analistas, os pontos mais sensíveis nas projeções envolvem a capacidade da companhia de expandir a produção, preservar autonomia na política de preços dos combustíveis e administrar os efeitos da oscilação cambial.
Na visão da Empiricus, “a Petrobras apresentou resultados sólidos, com boa geração de caixa, dividendos e uma sinalização importante envolvendo o Capex. Por apenas 4,5x preço/lucros é um cenário que nos parece assimétrico para o petróleo”, escrevem os analistas em relatório. A ação tem recomendação de compra pela casa.
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão