O rombo de trilhões de dólares: sete magníficas desabam junto com NY — ainda há esperança para as maiores empresas do mundo?
Só na última sexta-feira (04), as sete magníficas perderam juntas US$ 800 bilhões em valor de mercado; BTG responde se ainda há esperanças

Se na história que conhecíamos sobre a Malévola (Maleficent), vilã de A Bela Adormecida, a feiticeira aparecia quase que do nada para amaldiçoar a vida da filha do rei, no live-action protagonizado por Angelina Jolie o enredo é outro: ela foi traída pelo monarca, que era seu amigo na infância, e teve suas asas cortadas por ele.
No mundo real, uma história de “traição” também transformou uma história magnífica em malévola: desde o Dia da Libertação, quando Donald Trump (ex-queridinho das big techs) colocou fogo nos mercados, as ações das Magnificent 7 (as sete magníficas) têm derretido.
Agora, em vez do termo lisonjeiro, elas têm sido apelidadas de Maleficent 7 (as sete malévolas) — e estão amaldiçoando as bolsas de Nova York.
Para você ter uma noção da tragédia: juntas — Microsoft, Tesla, Nvidia, Apple, Amazon, Meta Platforms e Alphabet (Google) — perderam US$ 802 bilhões em valor de mercado só na última sexta-feira (04).
- VEJA MAIS: Caos nos mercados? ‘Ninguém gosta de incerteza, mas ela abre oportunidades’, diz analista que indica estas ações para investir; confira
No dia anterior, o tombo foi de US$ 1,03 trilhão. Desde o início do governo Trump, o rombo é de US$ 4,26 trilhões. Confira aqui a nossa cobertura de mercados.
A Apple foi a mais afetada no curto prazo, com uma queda que se aproxima dos 18% em cinco dias, uma desvalorização de US$ 300 bilhões em valor de mercado.
Leia Também
Diante de tamanha maldição, não dá para esquecer do entusiasmo que Trump trouxe às Big Techs — com alguns de seus CEOs participando, inclusive, da posse do republicano no começo deste ano. Será que há espaço para redenção, ou é hora de correr das vilãs?
A fraqueza generalizada entre as Sete Magníficas tem pressionado os mercados globais. Mas, na visão do BTG Pactual, a palavra do momento é: calma.
“Mantemos uma visão construtiva para as teses de tecnologia norte-americanas no longo prazo, com destaque para as 7 Magníficas, mas adotamos uma postura mais cautelosa no curto prazo diante do elevado grau de incerteza em relação à aplicação e aos desdobramentos das novas tarifas”, escrevem os analistas em relatório.
O banco ressalta, ainda, que as empresas de tecnologia que compõem o S&P 500 geram cerca de 60% de suas receitas fora dos Estados Unidos, o que as torna especialmente vulneráveis aos impactos de uma guerra comercial.
A equipe macroeconômica do BTG Pactual estima que a tarifa efetiva média dos Estados Unidos pode passar de 2,5% para quase 20%, o que reduziria o crescimento do PIB em 60 pontos-base, de 2,1% para 1,5%, e pressionaria a inflação do núcleo do PCE, dado favorito do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) para medir a inflação.
O foco recai sobre a Apple, que tem uma grande exposição à China, e a Nvidia, que sofre com as novas barreiras impostas ao setor de semicondutores.
O ‘corte das asas’ das Sete Magníficas?
Vamos aos porquês por trás das quedas acentuadas.
A Apple conta com cerca de 50% de sua produção localizada na China — que agora está sendo taxada em 54%. O Itaú BBA destaca que produtos acabados, como smartphones, computadores e servidores, não estão isentos de tarifas (ao contrário dos semicondutores, pelo menos por enquanto).
“Nossos cálculos preliminares sugerem um risco imediato de queda no Lucro por Ação de aproximadamente 15%, assumindo que não haja aumentos de preço para compensar esse impacto, dado o ambiente competitivo intenso”, escrevem os analistas do BBA em relatório.
No caso da Meta, que cai quase 10% nos últimos cinco dias, a desvalorização se deu graças à dependência da companhia da publicidade digital — especialmente de pequenos e médios anunciantes globais. Com as tarifas encarecendo as exportações para os EUA, esses anunciantes devem reduzir os gastos com publicidade.
Por isso, o BBA destaca a companhia como a entidade de maior risco dentro da cobertura.
Em comparação, Amazon e Alphabet apresentam uma exposição a riscos relativamente moderada quando comparadas à Meta.
No entanto, em um cenário de desaceleração do consumo, o segmento de e-commerce da Amazon também deve ser impactado negativamente, refletindo as dificuldades gerais enfrentadas pelo setor.
Para a Nvidia, o cenário é mais complexo. Enquanto os componentes de semicondutores estão atualmente isentos de tarifas, produtos acabados integrados — como sistemas de racks, fundamentais para a infraestrutura das empresas que fornecem serviços de computação em larga escala — são classificados como bens acabados. Ou seja, estão sujeitos a uma tarifa de 32% de Taiwan.
Sobre a Microsoft, o BBA ressalta que, embora haja preocupação, acredita que o segmento de software para grandes empresas está mais protegido de recessões em comparação com outros setores.
“Nesse sentido, a Microsoft seria uma opção melhor dentro da nossa cobertura. Dito isso, estaríamos preocupados com o crescimento do capex devido à tarifa mencionada anteriormente sobre racks”, dizem os analistas liderados por Thiago Alves Kapulskis.
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas
BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta
Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação
Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco
A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos
A conexão da Reag, gigante da Faria Lima investigada na Carbono Oculto, com o clube de futebol mais querido dos paulistanos
Reag fez oferta pela SAF do Juventus junto com a Contea Capital; negócio está em fase de ‘due diligence’
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) e Copasa vão distribuir mais de R$ 500 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Ambas as companhias realizarão o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio
Méliuz (CASH3) lança nova opção de negociação para turbinar os rendimentos com bitcoin (BTC)
A plataforma de cashback anunciou em março deste ano uma mudança na estratégia de tesouraria para adquirir bitcoins como principal ativo estratégico
Nem tarifas de Trump, nem fusão entre BRF e Marfrig preocupam a JBS (JBSS32), diz CEO
Gilberto Tomazini participou do Agro Summit, do Bradesco BBI, nesta quinta-feira, e explicou por que esses dois fatores não estão entre as maiores preocupações da companhia
Braskem (BRKM5) na corda bamba: BTG diminui preço-alvo ao apontar três riscos no horizonte e um potencial alívio
Excesso de oferta global, disputas acionárias e responsabilidade em Alagoas pressionam a companhia, mas incentivos fiscais podem dar algum fôlego ao lucro