O pior ainda está por vir para o Banco do Brasil (BBAS3)? Analistas traçam as apostas para o resultado do 2T25
O mercado espera que o balanço do BB traga números fracos, com lucro em queda, rentabilidade sob pressão e inadimplência em expansão; veja as projeções

É difícil encontrar no mercado alguém que esteja otimista quanto ao que está por vir no resultado do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo trimestre de 2025. Na realidade, a discussão agora vem sendo sobre quão ruim deverá ser o novo balanço do bancão.
A previsão dos analistas é de lucro em queda, rentabilidade sob pressão e inadimplência em expansão — um tripé em nada favorável para quem sonha com dividendos polpudos pingando na conta.
A expectativa do mercado é que o BB encerre o trimestre com um lucro líquido ajustado de R$ 5,770 bilhões, de acordo com o consenso compilado pela Bloomberg.
Se confirmada, a cifra representaria um tombo de 39% frente aos ganhos registrados no mesmo período do ano anterior.
- LEIA TAMBÉM: Quer investir mais e melhor? Faça seu cadastro gratuitamente na newsletter do Seu Dinheiro e receba dicas de onde investir melhor diariamente
Há quem esteja ainda mais pessimista depois de alguns dados recentes do Banco Central. O JP Morgan, por exemplo, prevê que o lucro poderia encolher para algo entre R$ 2,8 bilhões e R$ 3 bilhões se uma tendência negativa revelada pelo BC se confirmar.
Para além da lucratividade, as projeções para a rentabilidade do Banco do Brasil também não são lá muito animadoras.
Leia Também
Os analistas preveem que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) chegue a 11,5%. Esse seria um desempenho bem distante dos 21,6% registrados no 2T24, e representaria ainda o nível mais baixo de retorno do BB desde 2016.
Tem também quem esteja mais conservador quanto às projeções para a rentabilidade. É o caso do Safra, que prevê uma deterioração do ROE para 10,3%.
O que esperar do balanço do Banco do Brasil no 2T25
Para os analistas, o Banco do Brasil (BBAS3) tem grandes chances de renovar o título de azarão da temporada de resultados dos grandes bancos.
O grande temor do mercado é a tendência de alta da inadimplência no BB, que deve continuar a pressionar a rentabilidade do banco devido à deterioração do crédito para o agronegócio.
O Itaú BBA prevê que o Banco do Brasil enfrentará desafios consideráveis devido a despesas de provisão mais pesadas.
“Os mercados estão ansiosos para ver o que a nova projeção para o ano fiscal de 2025 implicará para o carryover de 2026. Estamos cautelosos, antecipando um caminho mais longo para a recuperação”, afirmaram os analistas.
- Leia também: Afinal, de onde vêm os problemas do Banco do Brasil (BBAS3) no agronegócio — e o que esperar no próximo balanço?
O Safra, porém, aponta um outro vilão no 2T25: a carteira de crédito corporativo, especialmente para pequenas e médias empresas (PMEs).
“Embora a atenção do mercado esteja voltada para o segmento rural, acreditamos que a decepção no 2T25 possa vir da carteira de empréstimos corporativos, especialmente das PMEs”, afirmaram os analistas.
Para além dos números do segundo trimestre, os investidores também estarão atentos às sinalizações do Banco do Brasil para o ano de 2025 como um todo.
Na visão do BTG Pactual, o BB pode divulgar nesta safra de resultados o guidance (projeção) revisado para 2025, o que poderia trazer mais clareza sobre o direcionamento da instituição nos próximos meses.
Menos dividendos para quem investe em BBAS3? É o que prevê o BofA
Na avaliação do Bank of America (BofA), quem investe no Banco do Brasil (BBAS3) também poderá enfrentar tempos de vacas magras quando o assunto é dividendos.
Segundo os analistas, há o risco de que o banco estatal deposite ainda menos proventos na conta dos investidores nos próximos trimestres devido à pressão das despesas elevadas com provisões contra calotes sobre os lucros do BB.
Para o BofA, a depender de como vier o lucro do segundo trimestre, o BB pode optar por reduzir o payout de dividendos.
Vale lembrar que a instituição estatal aprovou em 2025 uma banda de tolerância de payout de proventos aos acionistas, que vai de 40% a 45%. Antes, a política era de 45%.
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país
Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026
Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda
WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?
Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG
A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu
A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu
Azul (AZUL4) apresenta números mais fracos em agosto, com queda na receita líquida e no resultado operacional; entenda o que aconteceu
A companhia aérea, que enfrenta uma recuperação judicial nos Estados Unidos, encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão no caixa
Dasa (DASA3) se desfaz de operações ‘prejudiciais à saúde’ e dispara até 10% na bolsa; o que avaliam os analistas?
Ações da rede ficaram entre as maiores altas da B3 após o anúncio da venda das suas operações na Argentina por mais de R$ 700 milhões
Ambipar (AMBP3) tem pregão amargo após contratar BR Partners (BRBI11) para tentar sair da crise sem recuperação judicial
A contratação da assessoria vem na esteira de dias difíceis para a Ambipar, que precisou recorrer à Justiça para evitar cobranças de credores. O que fazer com as ações agora?
Americanas (AMER3) fecha acordo para venda da Uni.Co à BandUP! por R$ 152,9 milhões
Operação prevê pagamento inicial de R$ 20 milhões e parcelas anuais corrigidas pelo CDI