O fim do happy hour da Ambev: XP acende alerta sobre tendências de consumo de cerveja e rebaixa ABEV3 para venda
A corretora acredita que condições climáticas desfavoráveis e mudanças de hábitos dos consumidores devem afetar o desempenho da cervejeira

A situação da Ambev (ABEV3), na visão da XP Investimentos, não merece um happy hour. O cenário operacional desafiador e as mudanças estruturais no consumo devem limitar o potencial das ações da cervejeira.
De acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (30), o valuation atual da companhia está elevado em relação às perspectivas de lucro.
A XP afirma que a ação negocia a 14,1 vezes o preço do papel sobre o lucro estimado para 2026, o maior nível desde meados de 2023. O lucro por ação projetado pela casa está 13% abaixo do consenso de mercado.
- LEIA TAMBÉM: Palavra do Estrategista: veja como receber gratuitamente a carteira da Empiricus comandada por Felipe Miranda
Os resultados da Ambev estão projetados para serem fracos ao menos até o segundo semestre de 2026, de acordo com a corretora.
O ambiente mais competitivo em torno dos produtos, os custos mais altos e a retração do consumo de cerveja no Brasil são os fatores que têm afetado a companhia.
Com isso, a XP Investimentos rebaixou a recomendação para a Ambev de neutra para venda e reduziu o preço-alvo das ações de R$ 13,40 para R$ 10,90.
Leia Também
2025: um ano que desce quadrado para a Ambev
A XP estima que 2025 marcará o segundo ano consecutivo de queda no consumo per capita de cerveja, refletindo tanto condições climáticas desfavoráveis quanto mudanças de hábito dos consumidores.
No curto prazo, o terceiro trimestre de 2025 (3T25) da Ambev deve seguir pressionado, com queda projetada de 6,1% nos volumes de cerveja no país, após um segundo trimestre já negativo.
Além disso, os custos de produção devem acelerar, com o custo por hectolitro (a cada 100 litros) projetado para crescer 5,7% em 2025 e 8,1% em 2026, comprimindo margens em um momento de volumes menores e menor poder de precificação.
Uma geração saúde
Do lado estrutural, os analistas da XP destacam duas tendências que podem afetar o negócio da Ambev no longo prazo:
- A expansão das preferências por produtos saudáveis e bebidas sem álcool — impulsionada por gerações mais jovens, que consomem menos álcool e priorizam saúde e bem-estar;
- O avanço dos medicamentos à base de GLP-1, usados para emagrecimento e diabetes, que têm mostrado reduzir significativamente o consumo de alimentos e bebidas alcoólicas.
Embora a Ambev tenha expandido seu portfólio de bebidas zero álcool — com Brahma, Budweiser e Corona —, a XP avalia que o crescimento nesse segmento ainda não compensa a desaceleração geral da indústria, afetando especialmente marcas não premium, nas quais a empresa tem forte presença.
“Essas tendências, combinadas ao fraco crescimento de resultados, devem manter limitada a capacidade de reavaliação da ação no curto prazo”, diz a XP.
*Com informações do Money Times
WEG (WEGE3) ignora tombo das ações na B3 e anuncia novo investimento bilionário, agora em Santa Catarina. O que está por trás da estratégia?
A empresa pretende investir aproximadamente R$ 1,1 bilhão em Santa Catarina. Veja qual será o destino dos recursos
Por que a Direcional (DIRR3) e a Moura Dubeux (MDNE3) querem se unir para avançar no Nordeste
As empresas assinaram um acordo para avaliar potenciais oportunidades de investimentos residenciais no Nordeste
Assassinato de Odete Roitman já tem dia e hora para acontecer — e promete impulsionar ainda mais a receita da novela mais lucrativa da história da Globo
Mistério no enredo, faturamento no intervalo: Globo faz da morte de Odete Roitman um trunfo comercial
BTG coloca pé no freio e rebaixa recomendação de empresa do setor automotivo por causa do dólar pressionado
Cenário global desafiador é um dos obstáculos na pista da Iochpe-Maxion, que tem preço-alvo e estimativa de lucro menores
Braskem (BRKM5) volta ao nível de valor de mercado de 2009 após perda de R$ 48,2 bilhões desde seu auge
A volta a esse nível simboliza uma das maiores destruições de valor corporativo do mercado acionário brasileiro nas últimas décadas, de acordo com a Elos Ayta
Ações da Ambipar (AMBP3) valorizam 21% por causa de outra empresa — e ela é capaz de evitar uma recuperação judicial; saiba qual é
Na semana passada, ações da empresa de soluções ambientais caíram quase 50% por causa de medidas contra credores
EA é vendida por US$ 55 bilhões: nova fase da produtora de games envolve fundo saudita e genro de Trump
Criadora de Fifa e The Sims, a Electronic Arts será adquirida por consórcio que inclui o fundo soberano da Arábia Saudita e a gestora de Jared Kushner
Nubank lança cartão de crédito para adolescentes de 16 e 17 anos com limite definido de acordo com o dinheiro guardado
Responsáveis poderão acompanhar gastos pela funcionalidade de Controle Parental
Bradesco BBI vê forte potencial de valorização em Eletrobras (ELET6) e eleva preço-alvo; ações operam em alta
Alta nos preços de energia e expectativa de dividendos adicionais impulsionam otimismo dos analistas
Hora de comprar: entenda a aposta do Safra nas ações da JBS (JBSS32) e da Minerva (BEEF3)
Para o banco, a demanda global por proteína segue aquecida, e um desconto injustificado e impulso nos lucros devem ajudar na valorização dos frigoríficos
Não se assuste com a escalada da Copasa na bolsa: ação CSMG3 pode valer R$ 50 se tirar lições da Sabesp, diz BTG
Os analistas ainda veem um espaço relevante para valorização das ações da Copasa nos próximos meses — mas isso dependerá da concretização de duas condições específicas
ISA Energia (ISAE4) pagará R$ 444,7 milhões em juros sobre capital próprio — e ainda dá tempo de receber a bolada
O pagamento do provento será feito em três parcelas, cada uma com uma data-base distinta
Solução para a Braskem (BRKM5) pode descer amargo para a Petrobras (PETR4) e reduzir os dividendos da petroleira
Diluição dos acionistas da petroquímica afundada em dívidas parece cada vez mais inevitável — e a Petrobras vai ter que colocar dinheiro se não quiser perder sua fatia
Mais de R$ 6 bilhões em dividendos e JCP: Bradesco (BBDC4), Itaúsa (ITSA4) e mais 7 empresas pagam proventos nesta semana; veja o calendário
Contudo, nem tudo são boas notícias para quem se interessou pela cifra, já que as datas de corte, que dão direito aos benefícios, já passaram; veja quem tem direito às boladas
Estações até Taboão da Serra: Motiva (MOTV3) e Estado de São Paulo anunciam investimentos de quase R$ 4 bilhões para ampliar Linha 4
O Estado investirá quase R$ 3 bilhões do total, como parte do acordo de reconhecimento de prejuízos financeiros da empresa após atrasos nas entregas de estações da linha
Braskem (BRKM5) com risco de calote? Por que essas duas agências decidiram rebaixar a petroquímica
A Fitch e a S&P Global cortaram as notas de crédito para a Braskem nos últimos dias — e por motivos muito parecidos. Quais as preocupações dos analistas?
Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, se desfaz de ações da BYD, e empresa responde
Buffett encerrou participação de 17 anos na BYD; a saída começou em 2022 e foi concluída após anos de valorização
BB Seguridade (BBSE3) ainda vale a pena? BTG Pactual dá a resposta
Segundo os analistas, após reunião com investidores em São Paulo, a gestão da empresa mostrou confiança em 2025
Trump quer a demissão da presidente de assuntos globais da Microsoft — entenda o que está por trás da exigência
A executiva atuou como assessora sênior de segurança nacional no governo do Barack Obama e procuradora-geral adjunta na administração de Joe Biden
Braskem (BRKM5): Fitch corta o rating da petroquímica devido ao risco elevado de reestruturação
De acordo com a agência, a Braskem enfrenta um aumento na pressão sobre seu caixa enquanto opera com margens comprimidas