Nova bolsa de derivativos A5X capta R$ 200 milhões em terceira rodada de investimentos. O que isso significa para a B3 (B3SA3)?
Valor arrecadado pela plataforma será usado para financiar operações e ficar em dia com exigência do BC
Um novo competidor está se preparando para entrar no ringue e rivalizar com a B3 (B3SA3). A novata do setor é a A5X, uma nova bolsa de derivativos e futuros que captou R$ 200 milhões em sua terceira rodada de investimento, conhecida como Série C.
O valor arrecadado terá dois destinos: quase R$ 100 milhões serão usados para cumprir a exigência de nível mínimo de capital do Banco Central (BC), e os outros R$ 100 milhões financiarão as operações por dois anos.
Com o novo investimento, a plataforma já acumula R$ 385 milhões em captações desde a sua fundação, em 2023. Já o valor de mercado da A5X chegou a R$ 1,35 bilhão. Essa avaliação é cinco vezes maior que a de um ano atrás, quando ocorreu a primeira rodada de investimentos.
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A base já existente de investidores liderou a aplicação de R$ 200 milhões. Na visão de analistas do banco BTG Pactual, isso indica uma “forte confiança no projeto”.
As informações foram divulgadas em um comunicado enviado a jornalistas nesta terça-feira (16).
Os planos da nova plataforma
O início das operações está previsto para 2026. A empresa deseja funcionar como bolsa e câmara de compensação e liquidação, podendo tornar-se a primeira concorrente relevante da B3 em décadas.
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Disponibilizar uma infraestrutura moderna também faz parte da lista de desejos da plataforma, que juntará a tecnologia da London Stock Exchange Group (LSEG) a sistemas proprietários.
Em relação aos produtos, a A5X pretende oferecer contratos futuros sobre ações brasileiras e internacionais, renda fixa, câmbio e criptomoedas. A empresa planeja ainda um novo índice acionário para competir com o Ibovespa.
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Quem está do lado da A5X?
A base acionária da A5X inclui ABN AMRO Clearing, Ideal CTVM, IMC, Jump Trading Group, Optiver, XTX Markets, entre outros. Essa estrutura é controlada pelos quatro fundadores. Entre eles estão o CEO Carlos Ferreira, ex-sócio da XP e ex-vice-presidente da Câmara de Ações da B3, e o CFO Karel Luketic, que ocupava o mesmo cargo na XP.
Carlos Ferreira teve um encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar o novo projeto em março deste ano.
Rivais? Sim! Inimigos?... Não!
No mesmo anúncio, a A5X revelou uma parceria de licenciamento de dados com a B3. Ou seja, a nova bolsa está comprando o direito de acessar o banco de dados Market Data B3.
Esse acordo permitirá à A5X ter acesso aos dados de mercado da B3 para precificação de garantias, gestão de risco, operações de negociação e criação de índices. O CEO da A5X antecipou que a união também vai possibilitar lançamentos de novos produtos e operações mais robustas.
De acordo com analistas do BTG Pactual, a colaboração pode beneficiar a B3 por meio de maiores volumes de negociação, maior uso de dados e mais oportunidades de arbitragem. “Acreditamos que a B3 não espera que a A5X concorra diretamente com seus contratos principais, vendo a parceria mais como complementar do que competitiva.”
A parceria ainda precisa ter aprovação regulatória para ser concretizada.
Outras bolsas estão em desenvolvimento no mercado. A CSD BR, por exemplo, tem apoio de investidores como Santander, BTG Pactual e a bolsa de Chicago (CBOE). Já a ATG é amparada pelo governo do Rio de Janeiro e pelo fundo Mubadala.
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