No topo, o único caminho é para baixo: BTG corta recomendação da Marcopolo (POMO4) para neutro
Na visão do banco, o terceiro trimestre mostrou margens fortes com melhora do mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025
Os dias não estão sendo fáceis para a Marcopolo (POMO4). Depois de uma reação bem amarga do mercado ao balanço do terceiro trimestre, o BTG rebaixou a recomendação para os papéis de compra para a neutra, nesta segunda-feira (3).
Por volta das 10h30, os papéis lideravam as quedas do Ibovespa, com perdas de 6%, negociados a R$ R$ 7,38.
Em relatório, o time de análise do banco diz que a decisão reflete uma visão de que o crescimento deve atingir um platô entre 2025 e 2026, ainda que o resultado do próximo ano deva ser sólido.
“O terceiro trimestre mostrou margens fortes com melhora do mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025”, destacam os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Samuel Alkmin e Marcel Zambello.
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Por que não é hora de comprar as ações da Marcopolo?
Os analistas reconhecem que existem possíveis propulsores para as ações. São eles: o bom momento das exportações à Argentina, possível dividendo extraordinário e novas licenças de micro-ônibus.
Entre os riscos negativos — os que embasam a tese de corte na recomendação dos papéis — está a piora do mix prevista para 2026, o que significa que a empresa pode vender mais veículos de menor valor agregado e menos modelos premium, o que reduz as margens.
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Além disso, o banco cita também o menor poder de precificação no segmento rodoviário: ou seja, a Marcopolo pode ter mais dificuldade de repassar custos ou manter preços altos, afetando a rentabilidade. Outro ponto é a apreciação do real, o que reduz a competitividade das exportações.
Segundo o BTG, a ação negocia a 7 vezes o preço sobre lucro para 2026, patamar que indica limitação para a expansão do múltiplo.
“As projeções foram ajustadas para refletir demanda doméstica mais fraca, câmbio mais forte e menor volume do Caminho da Escola, com receitas de R$ 9,1 bilhões em 2025 e R$ 9,5 bilhões em 2026, Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$1,6 a R$ 1,8 bilhão e lucro líquido de R$1,3 bilhão em ambos os anos”, diz o relatório.
O preço-alvo para os papéis caiu de R$ 12 para R$ 10. Mesmo assim, isso ainda implica em uma alta de 26,7% em relação ao fechamento da última sexta-feira (31).
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