JBS (JBSS32) cai mais de 3% na B3 após previsões nada saborosas para o segundo trimestre
Goldman, XP e Itaú BBA cortam projeções e destacam a pressão nos EUA em um trimestre amargo para a gigante das carnes
Ser uma das maiores do setor não basta — ao menos no curto prazo. O segundo trimestre de 2025 promete ser pouco empolgante para a JBS (JBSS32), segundo analistas do Goldman Sachs, da XP Investimentos e do Itaú BBA, que revisaram para baixo suas expectativas.
A gigante do setor de alimentos deve apresentar resultados pressionados por uma temporada fraca para a carne bovina nos Estados Unidos e pelo aumento dos custos da carne suína no mesmo país.
Nesta terça-feira (8), após o fechamento dos mercados, o BDR JBSS32 recuou 3,63% na B3, enquanto as ações da JBS em Nova York acumularam queda de 2,25%.
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A JBS divulga seus resultados do 2T25 no dia 13 de agosto. Até lá, o mercado seguirá monitorando os spreads da carne bovina nos EUA, os efeitos da gripe aviária no Brasil e a capacidade da companhia em manter sua eficiência operacional em um ambiente desafiador.
A diversificação geográfica continua sendo um trunfo valioso, segundo os analistas.
Goldman Sachs: entre cortes e cautela
Começando pelo Goldman Sachs, os analistas cortaram sua previsão de Ebitda para o trimestre em 8%, para R$ 8,2 bilhões, cifra 11% abaixo do consenso da Bloomberg. Além disso, a unidade de carne bovina nos EUA deve pesar sobre o capital de giro e o fluxo de caixa livre, que devem ficar próximos do ponto de equilíbrio.
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Apesar do tom mais negativo, o banco acredita que o 2T25 marca apenas um ciclo passageiro. A melhora nos spreads da carne bovina nos EUA desde junho, o bom desempenho da operação na Austrália e os volumes fortes no Brasil devem aliviar parte da pressão. A rentabilidade da Seara também deve vir acima do esperado.
"Atualmente, a JBS é negociada com um desconto de 21% em relação à Tyson Foods. Seguimos acreditando que não há razão estrutural para que ela não seja negociada, no mínimo, em linha com os pares", dizem os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.
A recomendação é de compra, com novo preço-alvo de US$ 19,20 para as ações Classe A (potencial de alta de 39,4%) e R$ 105 para o BDR (alta de 39,7%). Ambos representam leves revisões para baixo em relação aos preços-alvo anteriores.
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XP aponta reprecificação lenta
A XP Investimentos também projetou um 2T25 fraco, com Ebitda ajustado estimado em R$ 8,7 bilhões, queda de 12% na base anual e 11% abaixo do consenso. Os destaques positivos ficam com a Pilgrim’s Pride (PPC) e a Austrália, enquanto o US Beef segue como dor de cabeça.
A casa manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 112,20 até o BDR ao fim de 2026 (potencial de alta de 50,4%). "Mantemos a recomendação de compra, destacando o potencial de re-rating, embora esperemos que isso ocorra de forma lenta e gradual, já que não prevemos gatilhos para revisões de lucro no futuro próximo", escreveram Pedro Fonseca, Samuel Isaak e Leonardo Alencar.
Eles projetam um yield de fluxo de caixa livre em dígito alto para os próximos anos. Em contrapartida, a Seara deve sofrer com os impactos da gripe aviária no Brasil, que derrubou preços e suspendeu exportações temporariamente.
Itaú BBA e JBS
O Itaú BBA adota uma visão equilibrada em relação à JBS, reconhecendo um trimestre desafiador no curto prazo.
O banco estima Ebitda ajustado de R$ 8,9 bilhões, 6% abaixo do consenso, e ressalta que a unidade de carne bovina nos EUA permanece como o principal ponto de pressão, devido ao aumento nos custos do gado e à ausência de uma sazonalidade favorável no segundo trimestre.
Apesar da perspectiva ainda cautelosa, o Itaú vê potencial de valorização no médio prazo, sustentado por uma possível reprecificação dos múltiplos, mas evita projeções otimistas imediatas.
* Com informações do Money Times
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