IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
O IRB (Re) (IRBR3) vinha de uma sequência de melhoras operacionais, mas o bom desempenho foi interrompido. A resseguradora teve despesas maiores e crescimento mais tímido de prêmios. Mesmo assim, o CEO diz que os negócios continuam rentáveis, e a Genial vê espaço para ganhos com a recuperação da empresa depois da crise.
A empresa registrou lucro líquido de R$ 99 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 14,9% em relação mesmo período do ano passado e de 31,3% na comparação trimestral.
Em documento, a companhia lembrou que o lucro líquido do terceiro trimestre de 2024 foi impactado positivamente em R$ 33,4 milhões devido à venda de terreno no Rio de Janeiro, um efeito não recorrente.
Já o resultado financeiro ficou em R$ 186 milhões, caindo 5,3% em relação ao ano anterior, embora indique alta de 14,6% na comparação com o trimestre passado.
Além disso, o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) também recuou para 7,5%, caindo 4,2 pontos percentuais ante o segundo trimestre de 2025 e 3,2 pontos percentuais na comparação anual, nível bem abaixo do potencial estrutural da companhia de acordo com a avaliação da Genial Investimentos.
Após a divulgação do balanço, as ações do IRB lideram as quedas do Ibovespa hoje, chegando a recuar 7,46% na abertura. Por volta das 12h, os papéis reduziram as perdas, caindo 5,46%, enquanto o principal índice da B3 sobe 0,48%, aos 157.912 pontos.
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Os detalhes do balanço
Segundo a Genial Investimentos, a piora da rentabilidade refletiu o crescimento tímido de prêmios e receitas, maior retrocessão, aumento das despesas com comissões e, principalmente, das despesas administrativas — que voltaram a pesar após uma sequência de trimestres mais controlados.
O resultado de subscrição foi de R$ 116 milhões, 2% menor em relação ao mesmo período de 2024, enquanto os prêmios emitidos somaram R$ 1,927 bilhão no terceiro trimestre, redução de 11% em um ano.
Já os prêmios retidos, que descontam os riscos repassados pelo IRB a outros agentes, somaram R$ 866,1 milhões no trimestre, queda de 16,7% em um ano.
A sinistralidade recuou 6,7 pontos percentuais em um ano, para 61,2%. Já o índice retrocessão subiu 3,1 pontos percentuais, indo para 55,1% no terceiro trimestre.
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Hora de vender IRB (IRBR3)?
Em documento, o CEO do IRB, Marcos Falcão, defendeu que os negócios da companhia seguem fortes e rentáveis. “Continuamos apresentando indicadores de desempenho consistentes, tanto no resultado de subscrição quanto no resultado financeiro", afirmou.
"Obtivemos praticamente o mesmo resultado de subscrição do terceiro trimestre de 2024, alcançado uma sinistralidade mais baixa, provando que temos ainda espaço para melhoria de margem”, completou Falcão.
Não é só visão de CEO, a Genial Investimentos também vê espaço para ganhos e, apesar dos resultados fracos, manteve a recomendação de compra para os papéis. "Seguimos acreditando que o IRB permanece em trajetória de recuperação estrutural", afirmou.
A companhia vem tentando virar a página após um escândalo em 2020 que derrubou as ações da empresa. Na época, foi revelado um conluio entre altos executivos e funcionários, que omitiram mais de R$ 1,3 bilhão em sinistros pagos, além de outras inconsistências contábeis.
Com a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a Genial indica que o fim do ciclo de reestruturação do IRB reforça a perspectiva de continuidade da recuperação de rentabilidade ao longo dos próximos trimestres.
Além disso, a gestora avalia que a ação segue negociando a múltiplos atrativos, a 7,9 vezes o preço/lucro estimado para 2025. A Genial definiu o preço-alvo em R$ 59,80, indicando uma valorização de 17,4% em relação ao último fechamento.
Já o Safra tem recomendação neutra para as ações do IRB. Os analistas destacam que os resultados são negativos para os papéis, uma vez que o desempenho de setembro foi inferior aos números reportados até agosto.
“Embora os sinistros e as despesas operacionais tenham permanecido sob controle e o resultado financeiro tenha apresentado mais um desempenho sólido, a fraca apropriação de prêmios foi o fator negativo do trimestre, devido aos maiores índices de retrocessão”, afirmaram em documento.
Porém, o Safra avalia que o índice de solvência continuou a melhorar, atingindo 251%, o que deve sustentar a estratégia de retenção reforçada que a empresa planeja seguir para os contratos de retrocessão a serem assinados em outubro.
Além disso, o IRB reverteu o prejuízo líquido acumulado, o que permitirá que os dividendos se tornem outro fator positivo em 2026.
“Em nossa opinião, os resultados de hoje não colocam em risco a trajetória de melhoria dos resultados do IRB, mas nos lembram que essa trajetória é um processo gradual, que atualmente enfrenta um obstáculo ao crescimento”, avalia o Safra.
*Com informações do Money Times.
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