É hora de vender as ações da Porto (PSSA3)? BTG Pactual retira recomendação de compra após salto de 80% nos últimos 18 meses
A ação era recomendada desde junho de 2023 pelo BTG, com tese de investimento baseada na recuperação da sinistralidade do segmento de seguros de auto após a pandemia
Depois de ter entregue uma valorização de 80% nos últimos 18 meses, a Porto (PSSA3) acaba de ser rebaixada por um bancão de investimentos, passando de “compra” para “neutra”.
O BTG Pactual divulgou, na última terça-feira (11), um relatório no qual recomenda que é hora de realizar lucros nas ações da seguradora.
Apesar da solidez da Porto, com trajetória consistente de crescimento, o BTG acredita que o risco-retorno das ações agora está mais equilibrado, justificando a reavaliação para “neutra”.
O preço-alvo foi mantido em R$ 45, representando um potencial de valorização de 8% em relação à cotação de R$ 41,65 no último fechamento do pregão.
Já o rendimento projetado dos dividendos para os próximos 12 meses é de 2,4%, com retorno total esperado de 10,5%.
No momento em que escrevo essa reportagem, as ações PSSA3 recuam 3,67%, despontando entre as maiores quedas do Ibovespa no pregão de hoje.
Leia Também
Por que o BTG Pactual realizou lucro na ação da Porto (PSSA3)?
Quando o BTG elevou a recomendação de Porto para “compra”, em junho de 2023, a tese de investimento se baseava na recuperação da sinistralidade do segmento de seguros de automóveis no pós-pandemia, além da consolidação da indústria.
Desde então, a Porto implementou uma reestruturação organizacional, dividindo-se em quatro verticais principais, cada uma com um CEO próprio, o que fortaleceu a confiança dos investidores.
A vertical de saúde, por exemplo, surpreendeu positivamente trimestre após trimestre, enquanto o vertical bancário (que inclui cartões de crédito, consórcios e garantias locatícias) já representa de 20% a 25% do lucro da companhia.
Além disso, a Porto manteve sua liderança no segmento de seguros de automóveis, equilibrando crescimento disciplinado e ampliação da participação em produtos de seguro de vida e patrimonial, ambos com impacto positivo sobre o ROE.
Como resultado, o indicador quase dobrou entre 2022 e 2024, de 11% para 21%, com expectativa de leve alta para 22% em 2025.
No entanto, para o BTG Pactual, o mercado já precificou essas melhorias, limitando novas revisões positivas de lucro no curto prazo. "Acreditamos que há pouco espaço para novas surpresas positivas neste momento", avaliam os analistas.
Desafios e perspectivas para a seguradora em 2025
Para o ano de 2025, o BTG acredita que o cenário macroeconômico desafiador e o aumento da concorrência podem dificultar o desempenho da Porto no curto prazo.
Embora a alta da Selic beneficie seus resultados financeiros, a possibilidade de uma "guerra de preços" no setor de seguros de automóveis levanta preocupações.
O segmento de saúde, um dos motores recentes de crescimento da Porto, também entrou no radar do mercado após rumores de uma possível venda ou IPO da unidade. Com isso, os analistas veem menos catalisadores para impulsionar as ações no curto prazo.
Para o quarto trimestre de 2024, a expectativa do BTG é que a Porto apresente um lucro líquido de aproximadamente R$ 750 milhões, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior, com um ROE de 22,1% no período.
Para 2025, a previsão é de um aumento de 15% no lucro líquido, sustentado pela expansão dos segmentos de banco, saúde e serviços.
Os analistas afirmam que continuarão monitorando o desempenho da Porto e eventuais oportunidades de entrada. Mas, no momento, veem maior potencial em outras seguradoras sob sua cobertura.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
