Fim da disputa pela Eldorado: J&F compra a fatia da Paper Excellence e retoma controle total da empresa; entenda
Em 2017, a J&F vendeu a Eldorado por R$ 15 milhões para a Paper Excellence; depois, no entanto, as empresas passaram a trocar acusações que impediram a conclusão do negócio

Nos últimos sete anos, a J&F e a Paper Excellence se enfrentavam nos tribunais devido a uma disputa societária pela Eldorado Brasil Celulose. Nesta quinta-feira (15), o imbróglio chegou ao fim com um acordo entre as duas empresas.
Segundo informações do jornal O Globo, a holding dos irmãos Batista comprará os 49% restantes da Eldorado, que pertencem aos indonésios. A assinatura do contrato deve ocorrer ainda hoje.
Já a agência Reuters divulgou que a operação custará US$ 2,7 bilhões (R$ 15,14 bilhões de reais) para a J&F.
Além disso, Cláudio Cotrim, CEO da companhia, deve seguir ocupando o cargo na empresa brasileira.
O Seu Dinheiro entrou em contato com a J&F, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.
- E MAIS: Temporada de balanços do 1T25 - confira em quais ações vale a pena investir
A venda da Eldorado
Convertido em reais, o valor do acordo é pouco superior ao da venda. Em 2017, a holding dos irmãos Batista cedeu 49% das ações da Eldorado à Paper Excellence por R$ 15 bilhões.
Leia Também
A holding atravessava dificuldades quando colocou a papeleira à venda junto com outros empreendimentos da J&F. Na ocasião, os irmãos Batista estavam na mira da Operação Lava Jato.
O acordo realizado em 2017 deu um prazo de um ano para liberar as garantias dadas nas dívidas da empresa. Ao término desse processo, o acordo previa que a companhia indonésia ficaria com 100% das ações da Eldorado.
A Paper Excellence desembolsou R$ 1,1 bilhão no fechamento do negócio. O saldo da transação seria quitado em até 12 meses.
- VEJA MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
O início de um longo imbróglio
A empresa indonésia já havia repassado cerca de R$ 3,8 bilhões à J&F por 49,41% das ações da Eldorado quand a relação entre as duas companhias azedou.
A J&F passou a afirmar que a Paper Excellence não cumpriu os termos acordados e perdeu o prazo para liberar as garantias.
Já a Paper Excellence acusou a holding de não ter colaborado nas negociações, infringindo o contrato e agindo de forma deliberada para dificultar a conclusão do negócio. Em 2018, as empresas foram parar nos tribunais para decidir o imbróglio.
Em 2021, a Paper Excellence obteve uma vitória em tribunal arbitral, que determinou que a J&F cumprisse os termos da negociação feita em 2017 e concluísse a venda de 100% da Eldorado à empresa indonésia.
Contudo, a decisão foi suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região devido a uma ação popular que questionava a legalidade da posse das terras da Eldorado, sem a autorização do Congresso Nacional, por uma empresa de capital estrangeiro.
Durante o processo de arbitragem, ficou determinado que o dinheiro restante pela operação ficaria sob custódia do Itaú, assim como o livro de ações, até a resolução do caso.
Como a disputa começou a se estender por anos, o banco abandonou a função de agente depositário e devolveu o valor custodiado e o livro de ações para as empresas em setembro de 2024.
Já em dezembro daquele ano, a Superintendência-Geral do Cade tomou uma medida cautelar que impedia a Paper Excellence de participar das votações em assembleias gerais e de influenciar decisões na empresa, após aceitar uma solicitação da própria Eldorado.
Vale lembrar que, com 49,41% das ações, a Paper Excellence era um acionista minoritária, mas tinha influência significativa sobre os rumos da empresa, podendo indicar membros para o conselho e participar de decisões estratégicas.
Porém, em janeiro de 2025, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) anulou a decisão.
Com o acordo revelado nesta manhã, todos os demais processos judiciais serão encerrados.
*Com informações do MoneyTimes, Reuters, Folha de S.Paulo, Forbes, Veja e Trading View
Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 5% e Ibovespa recua 2,1% em dia de perdas generalizadas; dólar sobe a R$ 5,509
Apenas cinco ações terminaram o pregão desta terça-feira (19) no azul no Ibovespa; lá fora, o Dow Jones renovou recorde intradia com a ajuda de balanços, enquanto o Nasdaq foi pressionado pelas fabricantes de chip
Banco do Brasil (BBAS3) numa ponta e Itaú (ITUB4) na outra: após resultados do 2T25, o investidor de um destes bancos pode se decepcionar
Depois dos resultados dos grandes bancos no último trimestre, chegou a hora de saber o que o mercado prevê para as instituições nos próximos meses
Do fiasco do etanol de segunda geração à esperança de novo aporte: o que explica a turbulenta trajetória da Raízen (RAIZ4)
Como a gigante de energia foi da promessa do IPO e da aposta do combustível ESG para a disparada da dívida e busca por até R$ 30 bilhões em capital
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão