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Bruna Charifker Vogel

Bruna Charifker Vogel

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo/USP e mestre em Estudos Latino Americanos e Caribenhos pela New York University/NYU, é redatora do Seu Dinheiro. Com mais de 15 anos de experiência em análise, fortalecimento e desenvolvimento de políticas públicas no Brasil e nos Estados Unidos, fez transição de carreira para o mercado financeiro, atuando nas áreas de comunicação interna, DEI, T&D, employer branding e cultura organizacional.

SINAL AMARELO

Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3

Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.

Bruna Charifker Vogel
Bruna Charifker Vogel
2 de julho de 2025
10:09 - atualizado às 10:46
B3 (B3SA3), operadora da bolsa brasileira, ações, mercados, Ibovespa, renda variável
Imagem: Divulgação

As companhias listadas no Novo Mercado, segmento de listagem da B3 dedicado a empresas que adotam as melhores práticas de governança corporativa, votaram pela manutenção integral do regulamento atual, sem aceitar nenhuma das propostas de atualização apresentadas pela bolsa.

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De acordo com os dados oficiais divulgados pela B3, das 152 empresas participantes do segmento, a maioria absoluta rejeitou as mudanças sugeridas. Nenhuma das 25 propostas obteve apoio suficiente para aprovação. 

Para se ter uma ideia, um tema como o limite de mandatos para conselheiros independentes teve apenas 37 votos favoráveis e 112 contrários. A proposta de restrição ao acúmulo de cargos em conselhos (overboarding) recebeu 36 votos a favor e 115 contra — confira ao final da reportagem a tabela consolidada das votações por proposta.

As regras do Novo Mercado estabelecem que, se ao menos um terço das companhias votantes for contra, a proposta não é implementada — e, em praticamente todos os itens, a rejeição superou esse percentual com folga.

Nos próximos seis meses, a B3 se comprometeu a iniciar uma nova conversa com o mercado para tratar de temas que surgiram no final do processo de audiência restrita e que não estavam contemplados nessa proposta. Em outras palavras, a conversa com o mercado para a evolução do regulamento deve ter continuidade.

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Desde sua criação, o segmento foi responsável por elevar o padrão de governança das companhias abertas brasileiras, mas o resultado dessa votação acende um sinal amarelo sobre o compromisso de algumas empresas com a transparência e a proteção aos acionistas.

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Entidades veem retrocesso e alerta para o mercado

A decisão foi recebida com frustração por especialistas em governança corporativa e representantes de investidores institucionais

Fábio Coelho, presidente da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais), classificou o resultado como “um dia triste para o mercado de capitais”. Segundo ele, muitos dos itens rejeitados não implicariam custos relevantes e já são práticas consolidadas em outros países. 

“O processo foi legítimo e democrático, mas a mensagem que o mercado recebeu das companhias e seus conselheiros é preocupante”, afirmou, em nota. 

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Para Coelho, o resultado reforça a necessidade de refletir sobre o momento do mercado e os interesses de longo prazo.

Luiz Martha, diretor de Conhecimento e Impacto do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), também criticou a posição das empresas. Para ele, parte dos argumentos contrários às mudanças carecia de embasamento sólido.

“Falou-se muito em custo sem contrapartida de valor, mas ignora-se o ganho estrutural de melhor governança e proteção aos acionistas, inclusive nas propostas que não teriam impacto financeiro imediato”, observou o diretor.

Martha reforçou a importância de manter o Novo Mercado em evolução contínua para preservar a atratividade do mercado de capitais brasileiro, especialmente diante da concorrência global por investimentos.

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“O mercado não pode parar no tempo. Precisamos seguir debatendo e aprimorando as práticas de governança”, completou.

Associação de classe reitera preocupação com sucessivas reformas do Novo Mercado

Em 6 de junho, a Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) divulgou uma nota técnica reforçando uma preocupação de diversos emissores: as constantes reformas do Novo Mercado, com alterações regulatórias muitas vezes vistas como externas às companhias.

Segundo a entidade, diversas empresas listadas percebem que suas particularidades e operações não são totalmente consideradas na elaboração de normas, impactando  diretamente sua governança, seus custos operacionais, vantagens competitivas e autonomia decisória.

Nesse sentido, a Abrasca argumentou que as propostas atuais para revisar o regulamento tendem a elevar os custos das companhias abertas. Segundo a associação, tais aumentos não são justificados por benefícios proporcionais, seja na melhoria da governança corporativa ou na valorização das ações.

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Por que isso importa para o investidor pessoa física?

Para quem investe na bolsa, boas práticas de governança corporativa são um importante mecanismo de proteção contra abusos e má gestão por parte das empresas listadas. 

Elas ampliam a transparência, reforçam a independência dos conselhos e criam instrumentos para fiscalizar o comportamento das empresas.

A decisão de manter o regulamento atual indica que o investidor precisará redobrar a atenção na hora de escolher onde investir, analisando não só os indicadores financeiros, mas também a qualidade da governança e a postura das companhias diante de propostas de aprimoramento.

Confira abaixo o resultado consolidado por proposta: 

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Fonte: B3

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