Direcional (DIRR3) já subiu 99% no ano, pode avançar mais e ainda deve pagar dividendos bilionários, segundo o Santander
Banco vê forte potencial de valorização no setor de construção civil de baixa renda e elevou preço-alvo dos papéis da companhia para R$ 19
O Santander segue confiante no setor de construção civil voltado para a baixa renda. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (22), o banco reafirmou a recomendação de compra (outperform) e elevou o preço-alvo das ações da Direcional (DIRR3) de R$ 16,70 para R$ 19 — um potencial de valorização de 19% em relação à cotação de R$ 16,02 registrada no fechamento de mercado nesta quinta-feira (23).
Vale lembrar que, embora as ações da Direcional acumulem queda de 1% no mês de outubro, no ano o desempenho é bem diferente: as ações sobem 99% até aqui. No pregão desta quinta-feira (23), DIRR3 avançou 1,20%, cotada a R$ 16.
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O banco destaca que a combinação de crescimento, margens elevadas e dividendos robustos mantém a Direcional como uma das construtoras mais atrativas do segmento de baixa renda.
- A nova categoria criada pelo Conselho Curador do FGTS entrou em vigor em maio deste ano para os consumidores de classe média-alta. A faixa 4 é destinada para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil e vale para a compra de moradias de até R$ 500 mil.
No dia 10 de outubro, a Direcional havia divulgado sua prévia do terceiro trimestre (3T25), em que registrou uma expansão nos lançamentos totais, que atingiram R$ 2,15 bilhões (+54% ano a ano). Desse valor, R$ 1,19 bilhão foi lançado no nicho de média renda (Riva) — mais que o dobro em relação aos R$ 425 milhões do ano anterior.
Diante dos resultados, o Santander elevou as estimativas de lançamentos da empresa em 4%, em média, refletindo o pipeline robusto de projetos aprovados e o impacto positivo da Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O Santander afirma também que a velocidade de vendas (VSO) permanece resiliente em mercados-chave, com São Paulo liderando o avanço da companhia.
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Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida dá fôlego extra à construtora
A faixa 4 veio para cumprir uma promessa de campanha do governo Lula e atender os consumidores de classe média-alta, com renda mensal entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Este segmento vinha sendo espremido pela subida de juros dos financiamentos, que foram ao patamar de 12% a 13% por ano.
Por sua vez, a faixa 4 oferece crédito subsidiado, com taxas na ordem de 10,5% ao ano, patamar inferior ao praticado fora do Minha Casa, Minha Vida. Para isso, o governo captou recursos do fundo de exploração do pré-sal.

Em julho, o presidente da Direcional, Ricardo Gontijo, havia afirmado que estava otimista com as perspectivas para os negócios enquadrados no MCMV. Após as mudanças, 90% dos empreendimentos da companhia ficaram elegíveis ao programa.
"A faixa 4 trouxe para o mercado uma quantidade muito grande de famílias que, antes, não conseguiam comprar. Havia uma demanda reprimida. Nós estamos otimistas porque agora elas voltam a ter capacidade de compra", afirmou, prevendo elevação das vendas também ao longo do segundo semestre. "Vejo uma demanda muito forte por imóveis até R$ 500 mil.", havia relatado ao Estadão no mesmo mês.
Isenção do IR
O relatório do Santander aponta que, em reunião com o CEO Ricardo Gontijo, foi destacada a forte demanda no MCMV, com vendas recordes em setembro e expectativa de um 4T25 sólido, apoiado por lançamentos mais expressivos.
Além disso, o executivo acredita que a nova isenção do imposto de renda para pessoas com renda de até R$ 5 mil por mês e os possíveis ajustes no programa habitacional do governo devem aumentar a acessibilidade e sustentar a demanda do setor.
- No dia 9 de outubro, o Ministro das Cidades, Jader Barbalho havia confirmado que existem estudos em andamento para promover ajuste nas três primeiras faixas do MCMV, tanto para a renda familiar quanto para o valor do imóvel.
Vale lembrar que o projeto que trata da isenção do IR foi aprovado de forma unânime na Câmara dos Deputados no início de outubro e agora é analisado pelo Senado.
Dividendos à vista
Em meio às boas perspectivas, o Santander também revisou para cima as projeções de dividendos da Direcional, estimando até R$ 1,2 bilhão em 2025, dos quais R$ 346 milhões já foram anunciados, e cerca de R$ 580 milhões em 2026.
“Aumentamos nossas estimativas de proventos para refletir a potencial aprovação da reforma do imposto de renda pelo Senado, o que poderia levar a empresa a antecipar parte dos rendimentos do ano que vem”, diz o relatório.
Pontos de atenção
Entre os principais riscos para a tese de investimento, o banco aponta uma alta inesperada nos custos de construção e de mão de obra – hoje controlados.
A casa também cita o aumento das taxas de financiamento imobiliário (ou seja, os juros cobrados nos empréstimos para comprar um imóvel) em caso de deterioração fiscal, o que poderia reduzir a acessibilidade de clientes financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Além disso, entre os desafios para uma nova rodada de crescimento da Direcional, o relatório menciona a necessidade de atrair novos corretores, expandir o número de canteiros de obras sob gestão e ampliar o banco de terrenos para futuros empreendimentos.
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