Crise no Banco Master pode gerar risco sistêmico? Campos Neto diz que não — e revela qual o real perigo
A crise do Banco Master gerou temores no mercado financeiro, mas segundo Roberto Campos Neto, o episódio não representa um risco sistêmico; entenda
A crise no Banco Master tem levantado preocupações no setor. Mas, segundo o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, essa crise não representa um risco sistêmico para o sistema financeiro brasileiro. O perigo é outro, segundo o ex-BC.
Em entrevista à GloboNews na segunda-feira (27), o atual vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank destacou que, embora o episódio afete a imagem do setor, a solidez do sistema financeiro e a atuação técnica das autoridades monetárias continuam robustas.
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“O Banco Central tem feito um trabalho técnico, tem analisado de forma muito criteriosa e tenho muita confiança nas pessoas que estão lá fazendo esse trabalho”, afirmou Campos Neto.
“Não tem risco sistêmico, tem um risco sim de imagem”, acrescentou o ex-BC.
O ex-presidente do BC afirmou ainda que tomou conhecimento das negociações do Banco de Brasília (BRB) para a compra do Master apenas por meio da imprensa. Segundo ele, a aquisição, que acabou sendo vetada pelo Banco Central, não chegou a ser tratada durante sua gestão.
Entenda a crise do Banco Master
Os problemas do Banco Master entraram sob os holofotes do mercado no fim de março, quando o conselho do BRB aprovou a compra de 58% do capital do banco, em uma operação estimada em cerca de R$ 2 bilhões.
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A aquisição era vista como uma solução para o Master, liderado por Daniel Vorcaro e conhecido pelo alto custo de captação. O banco emitia CDBs com remuneração até 40% acima da taxa básica do mercado e possuía investimentos considerados de alto risco em precatórios e empresas em dificuldade.
Diante da situação, órgãos de controle passaram a acompanhar a operação. O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) solicitou esclarecimentos sobre as condições da compra, enquanto o Ministério Público de Contas do DF (MPCDF) pediu acesso completo ao processo administrativo da aquisição.
No início de maio, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) suspendeu a assinatura do contrato por ausência de aprovação da Assembleia de Acionistas e falta de autorização legislativa. Posteriormente, a decisão foi revertida em segunda instância, permitindo que o BRB assinasse o contrato definitivo.
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Em junho, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o acordo sem restrições, alegando que a operação não representava riscos significativos à concorrência.
No entanto, em setembro, o Banco Central vetou a compra, citando falta de viabilidade econômica e risco relacionado à sucessão, já que o BRB precisaria assumir integral ou parcialmente operações desconhecidas do Master.
Atualmente, o Master enfrenta compromissos financeiros significativos. A primeira fatura é com investidores, principalmente pessoas físicas. Ao fim de outubro, um total de R$ 1 bilhão de aplicações em CDBs do Banco Master deve vencer, segundo o portal Pipeline.
Porém, a outra fatura, com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), é muito maior: de R$ 4 bilhões. E essa já ia vencer anteriormente, mas o banco conseguiu estender o prazo para o início de novembro.
*Com informações do Money Times
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