Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 16% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que acontece com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Os anúncios de aumento de capital e reperfilamento das dívidas deixaram um gosto amargo nos investidores e as ações da Casas Bahia (BHIA3) despencam nesta quarta-feira (26) na B3.
Negociadas fora do Ibovespa, BHIA3 lidera a perdas do mercado brasileiro desde a abertura dos negócios nesta quarta-feira (26). Por volta de 15h45 (horário de Brasília), os papéis da varejista derretiam 16,50%, a R$ 3,39.
O movimento de perdas acontece na esteira de um anúncio feito na véspera, quando o grupo Casas Bahia convocou assembleias de acionistas e debênturistas para decidir sobre aumento do capital autorizado e reperfilamento de dívidas, em uma estratégia que contempla a possibilidade de conversão de debêntures em ações.
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Na ocasião da divulgação do balanço do terceiro trimestre, que mostrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões, pressionado pelas despesas financeiras, o vice-presidente financeiro da empresa, Elcio Ito, disse que o grupo estava trabalhando em algumas iniciativas para continuar melhorando a estrutura de capital.
A assembleia de debenturistas está prevista para 17 de dezembro e envolve papéis da 10ª emissão de debêntures, enquanto a assembleia geral extraordinária (AGE) – com os acionistas – está marcada para o mesmo dia e decidirá sobre um aumento do capital de até R$ 13,25 bilhões.
Vale lembrar que, em agosto, a Mapa Capital tornou-se a maior acionista da Casas Bahia após conversão em ações de R$ 1,40 bilhão de debêntures da série 2 da 10ª emissão. O movimento que ocorreu após acordo da Mapa com Bradesco e Banco do Brasil, que detinham as debêntures.
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Apesar da forte queda das ações – que acontece com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos.
O Safra afirma que as medidas representam “mais um esforço” da Casas Bahia para enfrentar a maior preocupação dos analistas: a estrutura de capital.
“Cabe destacar que a proposta é bastante agressiva, pois alonga o prazo da dívida e reduz o prêmio, o que, em nossa visão, pode abrir espaço para novas negociações com debenturistas que poderiam resultar na conversão da dívida em capital, daí a proposta de aumento do capital autorizado”, escreveram os analistas Vitor Pini, Tales Granello e Renan Sartorio, em relatório.
O trio ainda destaca que os termos da possível conversão ainda não são claros, mas a expectativa é de uma “diluição relevante”. “Ainda assim, se o plano for bem-sucedido, pode permitir que a Casas Bahia finalmente volte a registrar lucro”, acrescentaram os analistas.
O Safra tem recomendação de venda (underperform) para BHIA3, com preço-alvo de R$ 4,00 nos próximos 12 meses – o que representa um potencial de desvalorização de 1% sobre o preço de fechamento de ontem (25).
*Com informações do Money Times
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