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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

BALANÇO

“Só o básico” no Bradesco (BBDC4)? Lucro sobe quase 20% e vai a R$ 6,2 bilhões no 3T25, sem grandes surpresas

Em termos de rentabilidade, o banco também não surpreendeu, com um retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) de 14,7% no trimestre; veja os destaques do balanço

Camille Lima
Camille Lima
29 de outubro de 2025
18:04 - atualizado às 18:50
Agência do Banco Bradesco (BBDC4) | Dividendos
Banco Bradesco (BBDC4) - Imagem: Estadão Conteúdo/Ricardo Lisboa

O Bradesco (BBDC4) já tinha prometido balanços sem grandes emoções nos últimos meses, e foi exatamente isso que ele entregou nesta noite. O banco encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, um avanço de 18,8% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,3% contra o trimestre passado.

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O resultado veio dentro do esperado pelo mercado, que previa um lucro médio de R$ 6,184 bilhões para o período, de acordo com estimativas compiladas pela Bloomberg.

Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) do Bradesco encerrou o trimestre a 14,7%, também em linha com as expectativas, de 14,8%.

A cifra representa alta de 0,1 ponto percentual (p.p) no trimestre e de 2,3 p.p na comparação anual. Apesar da melhora sequencial, a rentabilidade ainda ficou aquém de pares privados como o Santander (SANB11), que entregou um ROE de 17,5% no trimestre.

“Mantemos o nosso compromisso em continuar elevando o nosso lucro nos próximos trimestres, step by step. A consistência da execução do nosso plano de transformação é fundamental. Preservamos tração comercial mesmo com a economia desacelerando”, disse Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, em nota à imprensa.

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A postura mais cautelosa do Bradesco (BBDC4)

Há alguns trimestres, o Bradesco decidiu adotar uma postura mais cautelosa na concessão de crédito, com foco maior em empréstimos garantidos e em segmentos de alta renda. Isso desacelerou um pouco o ritmo do crescimento do portfólio do banco.

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Em números, a carteira de crédito ampliada cresceu 9,6% na comparação com o mesmo período de 2024 e 1,6% frente ao trimestre anterior, para R$ 1,03 trilhão.

O crescimento foi puxado pelo segmento de Pessoa Física (PF), que subiu 13,8% ano a ano, com destaque para o avanço nas linhas de crédito consignado, crédito rural e cartão de crédito para alta renda.

Mas a carteira de Pessoa Jurídica (PJ) também contribuiu no trimestre, com expansão de 6,5% no portfólio no mesmo período, especialmente pela divisão de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

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O banco também conseguiu manter os níveis de inadimplência (NPLs) sob controle no terceiro trimestre. Nas palavras do CEO, a qualidade dos ativos é "inegociável, cláusula pétrea”, e o Bradesco pretende seguir com cautela daqui para frente.

O índice de devedores acima de 90 dias permaneceu estável em relação ao último trimestre, com leve queda de 0,1 ponto porcentual em comparação a 2024, totalizando 4,1%.

Um ponto de atenção foi a exposição ao banco John Deere e à sua carteira do agronegócio, que segue sob pressão. Segundo o Bradesco, o aumento da inadimplência na pessoa física está relacionado substancialmente à consolidação do banco, que tem maior nível de atraso nas operações, dadas as garantias e ciclo específico de recuperação. Se desconsiderado esse efeito, o índice total de inadimplência teria caído 0,1 p.p. no trimestre.

Além disso, as provisões para devedores duvidosos (PDD) aumentaram 20,1% na comparação anual e 5,1% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 8,56 bilhões em perdas previstas no crédito do trimestre.

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O Bradesco atribui o aumento das despesas com PDD no trimestre principalmente a "operações específicas do segmento atacado".

O custo de crédito também subiu ligeiramente no trimestre, de 3,2% no fim de junho para 3,3% ao final de setembro, reflexo do reforço de provisão para casos específicos do atacado e Banco John Deere, segundo o banco.

Outros destaques do balanço do Bradesco no 3T25

A margem financeira, que considera a receita com crédito menos os custos de captação, alcançou R$ 18,7 bilhões no terceiro trimestre, um avanço de 13,1% em relação ao mesmo período de 2024 e de 3,7% frente ao trimestre anterior.

A margem com clientes apresentou um aumento de 19% na comparação anual e de 4,8% na base trimestral, somando R$ 18,6 bilhões. O indicador foi impulsionado pelo maior volume de crédito, o aumento da margem com passivos, a melhoria no mix e pelo efeito calendário no período, segundo o banco.

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Já a margem financeira com o mercado, indicador que reflete a remuneração do banco nas operações de tesouraria, caiu 72,8% em comparação ao terceiro trimestre de 2024 e 65,6% na base trimestral, totalizando R$ 99 milhões. 

O Bradesco afirma que essa pressão foi resultado especialmente das movimentações de gestão de ativos e passivos (ALM), dentro do esperado pelo banco.

Tarifas e despesas

As receitas do Bradesco com tarifas e prestação de serviços subiram 6,9% no período em relação ao ano passado, a R$ 10,59 bilhões. Para este trimestre, o banco destaca as performances das receitas de consórcios, cartões, operações de crédito e administração de fundos.

Enquanto isso, as despesas operacionais cresceram 9,6% no comparativo anual, encerrando o terceiro trimestre em R$ 16,48 bilhões. De acordo com o Bradesco, o ritmo de crescimento dos gastos é reflexo dos investimentos realizados no banco, além do aumento da participação na Cielo e da aquisição do Banco John Deere.

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O Bradesco em 2026: a promessa do CEO

Junto ao balanço do terceiro trimestre, o CEO do Bradesco já trouxe uma promessa de ano novo aos investidores: “Repetiremos em 2026 o montante investido em 2025."

Noronha afirma que sabe que a rentabilidade do banco poderia aumentar mais rápido se a instituição cortasse investimentos, mas a decisão final foi a de "privilegiar a competitividade de longo prazo”.

"Contratamos milhares de profissionais para tecnologia desde o início do plano, preservando consultores e acelerando a transformação. Estamos ganhando produtividade, mas ainda investindo pesado. Os ganhos de eficiência ficarão mais claros a cada exercício”, disse o executivo.

Segundo o presidente, o Bradesco já está um passo à frente do cronograma de transformação em várias iniciativas, com um processo de reestruturação baseado em evoluções no crédito, tecnologia e modo de servir. "A cada ano teremos um banco mais competitivo”, acrescentou Noronha.

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