Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Quem vê a loja-conceito do Magazine Luiza (MGLU3) onde ficava a icônica Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, pode nem se lembrar que há alguns anos houve quem decretasse a morte das lojas físicas para o varejo, descrevendo os espaços como um gasto pesado demais para compensar.
Nos últimos tempos, Fred Trajano, o CEO da varejista, não tem perdido uma oportunidade de destacar como sempre discordou disso.
Sempre que fala aos investidores e jornalistas, o executivo ressalta a importância das lojas para o Magazine Luiza e o novo espaço celebra justamente esse DNA da empresa: um ambiente físico pensado para conversar com o digital.
Desde a inauguração, a Galeria Magalu ganhou destaque de um jeito coerente com a própria proposta do negócio: tanto nas conversas do dia a dia quanto no seu equivalente digital, nas redes sociais.
Em relatórios, Itaú BBA e BTG Pactual destacaram a mensagem transmitida pela diretoria: mais do que vender produtos, a nova flagship busca elevar a experiência de compra, com testes, demonstrações e atendimento mais personalizado.
E a proposta casa bem com o que o consumidor espera do varejo hoje: uma experiência mais rica, interativa e com a autenticidade das marcas — fatores que, inclusive, ajudaram a dar uma “nova vida” às lojas físicas no setor.
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Não é só o Magalu que está vendo isso: outras varejistas como Lojas Renner (LREN3) e a Guararapes (GUAR3) — a dona da Riachuelo —, por exemplo, também estão olhando com bastante para seus espaços físicos — inclusive com essa mesma proposta de integração com o e-commerce.
A loja-conceito do Magazine Luiza
A expectativa é de um fluxo diário de cerca de 90 mil pessoas, potencializado por dezenas de telas de LED espalhadas pela loja.
Segundo a administração, mais de 150 marcas já anunciam nos painéis digitais, e a projeção é recuperar o investimento feito no espaço — cerca de dez vezes maior do que o de uma loja tradicional — em aproximadamente um ano e meio, considerando apenas a receita publicitária.
Além disso, a loja abriga um espaço central no primeiro andar que pode ser “alugado” por períodos de até três meses para ativações de marca. Atualmente, o local é ocupado por produtos da Disney.
De acordo com os executivos, há potencial para adaptar entre 40 e 50 lojas da rede ao novo formato, mas qualquer expansão deve ser feita com cautela. O plano não é acelerar reformas no curto prazo, sobretudo em um ambiente de juros elevados, que ainda impõe freios às decisões de investimento.
A aposta da Lojas Renner
Em seu mais recente dia do investidor, a empresa destacou os planos para reacelerar o crescimento por meio da aceleração da abertura de lojas da Renner e da Youcom e continuar impulsionando o crescimento do e-commerce.
Segundo o Santander, as novas lojas da Renner entregam retornos de 30% a 40%, bem acima da média histórica. O novo ciclo de expansão é guiado por maior disciplina de custos, com investimento por metro quadrado alinhado ao modelo de loja otimizado, reduzindo o investimento inicial.
Com o formato Re+ Essencial, modelo de loja mais compacto e padronizado, a Renner espera penetrar plenamente cidades com 100 mil a 200 mil habitantes, ao mesmo tempo em que elimina o risco de canibalização.
A administração também destacou um forte “halo digital”: novas lojas em micromercados ainda não atendidos geram um aumento de cerca de 10% a 20% nas vendas on-line, devido à melhora na eficiência da última milha e ao reforço da presença da marca.
Com os investimentos em logística, tecnologia e dados praticamente concluídos, a Renner passa a operar sobre uma plataforma escalável, que sustenta ganhos de participação de mercado.
Mais valor no físico na Riachuelo
Em relatório, o Itaú BBA também destacou a importância que a diretoria da Guararapes deu às lojas físicas em seu investor day. Mesmo sem “abrir lojas por abrir”, o foco está em extrair mais valor de cada metro quadrado já existente.
A estratégia consiste em elevar as vendas e margens nas lojas físicas por meio de melhor mix de produtos, menos rupturas de estoque, layouts mais eficientes, checkouts modernizados e uso intensivo de dados para reposição mais rápida e precisa.
Outro ponto importante é que a loja física aparece como peça-chave da estratégia de engajamento e fidelização.
O relatório destaca que melhorias na experiência em loja e na integração com o ecossistema Midway aumentam a recorrência de compra, elevando o crescimento de vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) e reforçando o papel do ponto físico como canal de relacionamento — não apenas de venda pontual.
A Guararapes aposta que o futuro do varejo físico está em lojas mais produtivas, mais bem localizadas, integradas à tecnologia e financeiramente rigorosas — e não simplesmente em uma corrida por novos endereços.
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