Ação do Banco do Brasil (BBAS3) chega a subir mais de 2% após estragos no 2T25; entenda se o mercado mudou de ideia sobre o futuro do banco
O BB apresentou um balanço ainda mais fraco do que as projeções, que já eram baixas, mas o papel inverteu o sinal e passou a subir; saiba se é mesmo a hora de comprar
O desempenho do Banco do Brasil (BBSA3) no segundo trimestre caiu como uma bomba para os investidores. Além de resultados abaixo das projeções — que já não eram elevadas —, os executivos do BB ainda sinalizaram que o pior pode estar por aí no terceiro trimestre. As ações abriram em queda nesta sexta-feira (15), mas em uma inversão de sinal, os papéis chegaram a subir mais de 2%.
Por volta de 13h10, BBAS3 perdia um pouco do impulso visto no final da manhã, mas ainda assim se mantinha em campo positivo, com avanço de 0,81%, cotado a R$ 20,01. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,22%, aos 136.055,15 pontos.
Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, explicou a inversão da tendência de queda dos papéis durante participação no programa Giro do Mercado, do Money Times.
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“Quem compra Banco do Brasil no pregão de hoje e que, portanto, está formando a alta de preços que estamos vendo agora, está pensando no que vai acontecer no futuro. As expectativas de futuro são sempre mais relevantes para a formação de preço de uma ação do que o que aconteceu no passado. Portanto, quem compra a ação hoje está pensando na melhora do BB daqui para frente”, disse.
Essa melhora, no entanto, deve ficar para 2026, segundo Quaresma — e há bons motivos para isso. A inadimplência do agro, por exemplo, que historicamente permanecia abaixo de 1%, subiu para 3,5% no segundo trimestre, e os próprios executivos do Banco do Brasil já afirmaram que deve aumentar ainda mais no terceiro trimestre de 2025.
E é justamente de olho nessa piora que a Empiricus está neutra para as ações BBAS3. “Não vemos neste momento uma assimetria positiva para a ação, cujo múltiplo é de 0,6 vez. Acreditamos na recuperação da rentabilidade, mas sem muita convicção. Para colocarmos o papel na carteira, gostaríamos de ver um desconto maior”, diz.
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Questionada sobre por que a Empiricus não está vendida em Banco do Brasil diante da perspectiva de um terceiro trimestre ainda pior, a analista justifica com a perspectiva das eleições do ano que vem já no radar do mercado.
“A ação está reagindo muito pela questão eleitoral. Se temos um aumento da perspectiva de um novo governo mais pró-mercado, o múltiplo se expande independente do resultado o banco, claro, assumindo que esse resultado não será um show de horror”, afirma.
“BBAS3 é uma ação que ficamos com o dedo no gatilho tanto para comprar como para shortear diante do cenário de incerteza que envolve o papel”, acrescenta.
O show de horror do Banco do Brasil
No segundo trimestre, o Banco do Brasil apresentou um resultado abaixo das projeções — que já eram fracas —, viu a inadimplência subir para níveis históricos e a rentabilidade recuar 13 pontos, para 8,4%. Os executivos do BB ainda alertaram o mercado que o terceiro trimestre pode ser ainda pior.
“A desaceleração na receita de serviços e na carteira de crédito pesou sobre o desempenho do Banco do Brasil, e o segundo semestre tende a ser pior porque o banco vai reconhecer mais inadimplência”, diz Quaresma.
Então qual seria o show de horror para o BB? A própria analista conta — e justifica a posição neutra da Empiricus para a ação BBAS3: Donald Trump.
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“O movimento tarifário de Trump empurrou as commodities para baixo em 15% a 20%, ajudando a tornar o crédito tomado pelos produtos agrícolas praticamente impagável. Quando o produtor vê que não consegue pagar, ele pede recuperação judicial para se proteger das execuções, por isso, estamos vendo muita recuperação judicial no agronegócio”, diz.
Vale lembrar que os créditos citados pela analista são do tipo bullet, aqueles que não são pagos ao longo do ano e sim ao final do ano-safra e que, por isso, acumulam no segundo e terceiro trimestres.
“Além disso, tivemos uma mudança importante na regulação. A resolução 4.966 traz uma nova forma de provisionamento de crédito, com gatilhos rígidos para recuperação judicial, que é o que estamos enfrentando agora no agro. O banco passou a ser obrigado a fazer um provisionamento de 100%”, afirma.
Por isso, segundo Quaresma, a melhora da situação do Banco do Brasil está diretamente ligada aos preços das commodities. “O BB pode ter um ano melhor em 2026, mas isso vai depender das commodities. Se os preços caírem, vamos ter uma repetição do momento atual”.
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