Ação da Multiplan surge entre os maiores ganhos do Ibovespa após alta de 70% no lucro no 4T24. Chegou a hora de comprar MULT3?
Lucro líquido da dona da rede de shoppings foi de R$ 512,477 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma alta de 69,4% ante o mesmo período do ano anterior
Depois de uma prévia forte, a Multiplan (MULT3) abriu a temporada de balanços do setor imobiliário em grande estilo. A dona de 20 shoppings centers registrou um aumento de quase 70% no lucro do quarto trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano anterior.
A alta no lucro divulgada na quinta-feira (6) agradou — e muito — os investidores. A ação da Multiplan chegou a aparecer entre as maiores altas do Ibovespa na manhã desta sexta-feira (6).
No início da tarde, os papéis perdem um pouco do ímpeto: avançam 0,13%, a R$ 22,30. No acumulado do ano, os ativos sobem 7,53%. Em fevereiro, no entanto, operam com perda acumulada de 0,45%. No fechamento, os papéis inverteram caíram 0,85%, a R$ 22,07.
SAIBA MAIS: Esta ação brasileira é uma boa pagadora de dividendos, está barata e pode se beneficiar de incentivos do governo Trump; veja a tese completa do papel
Os resultados da Multiplan no quarto trimestre de 2024
O lucro líquido da Multiplan foi de R$ 512,477 milhões no quarto trimestre do ano passado, uma alta de 69,4% ante o mesmo período do ano anterior.
O crescimento do lucro da Multiplan vem da ampliação das receitas com a locação de lojas e estacionamento. Entretanto, o que mais impulsionou o balanço foi o ganho nas vendas de imóveis e participações.
Leia Também
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
Veja outros números do balanço:
- Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 666,459 milhões, crescimento de 69,6% na mesma base de comparação anual.
- Margem Ebitda foi a 71,2%, alta de 2,29 pontos percentuais.
- FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) chegou a R$ 632,563 milhões, alta de 65%
- Margem FFO atingiu 67,6%, melhora de 0,4 pontos porcentuais.
Os destaques da receita da Multiplan
No quarto trimestre de 2024, a receita líquida totalizou R$ 936,302 milhões, alta de 64,1%.
O faturamento da Multiplan com a locação de espaços nos shoppings e nas torres comerciais cresceu 6,4%, para R$ 542,066 milhões, ajudada pela inauguração das áreas expandidas de alguns shoppings, compra de participação e reajuste dos contratos pela inflação.
Enquanto isso, a receita de estacionamentos aumentou 14,8%, chegando a R$ 97,388 milhões, devido aos reajustes nas tarifas e ao aumento do fluxo de veículos.
O grande destaque foi a receita com a venda de imóveis, que disparou 1.185%, chegando a R$ 364,139 milhões.
Isso aconteceu por conta das vendas de 25% de participação no Jundiaí Shopping, dois terrenos em Ribeirão Preto e maior reconhecimento de receita das vendas de apartamentos da primeira fase do Golden Lake.
A Multiplan teve ainda queda de 9% nas despesas com as propriedades, para R$ 50,3 milhões no quarto trimestre, em função do aumento da ocupação nos shoppings e recuperação de aluguéis atrasados.
A dívida líquida da Multiplan chegou à marca de R$ 4,2 bilhões no quarto trimestre, alta de 92,8% na comparação com o terceiro trimestre, após a compra de ações do fundo canadense OTPP, ex-sócio do grupo.
Com isso, a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) foi para 2,3 vezes no quarto trimestre ante 1,4 vez no terceiro trimestre.
Depois do balanço “arrasa quarteirão”, vale a pena comprar MULT3?
Para os analistas do Santander, a Multiplan reportou resultados fortes, mostrando que a dona da rede de shoppings ainda tem resiliência nos lucros, apesar do cenário macro difícil.
Além da resiliência no balanço financeiro, os analistas do banco destacam o “forte portfólio de shoppings dominantes, que devem se beneficiar do impacto da reforma no crescimento das vendas”, além da exposição da empresa às classes de média e alta renda.
Negociada a um nível de avaliação “bastante descontado” em termos absolutos, a Multiplan é a principal escolha do setor para o Santander, que mantém classificação “outperform” (equivalente à compra) para as ações MULT3, com preço-alvo de R$ 36,50 — o que representa um potencial de valorização de cerca de 63% sobre o fechamento anterior.
Para o BTG Pactual, por outro lado, os números da Multiplan foram decentes.
“O cenário macroeconômico é difícil (aumento das taxas de juros, menor confiança do consumidor, etc.), mas a Multiplan possui um portfólio de shoppings de primeira linha, que deve se mostrar resiliente ao navegar por esse cenário desafiador”, afirmam os analistas.
O banco manteve a recomendação de compra para a ação da Multiplan. O preço-alvo é de R$ 33 para 2025, o equivalente a uma alta de 48% sobre o fechamento anterior.
O desempenho da Multiplan mesmo em um ambiente macroeconômico incerto também ganhou elogios dos analistas do Itaú BBA.
Mas, na visão do banco, os investidores ainda “podem preferir esperar por gatilhos mais claros”, ou seja, a certeza de que a empresa está numa boa fase para comparar as ações.
Mesmo assim, o banco manteve a classificação “outperform” para MULT3, com um preço-alvo de R$ 32. Os analistas apostam em uma valorização de 43% sobre o fechamento anterior.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
