Trégua entre EUA e China acende o pavio das petroleiras e impulsiona ações de commodities
Depois de atingirem as menores cotações desde 2021, os contratos futuros do petróleo Brent sobem mais de 3% e levam as petroleiras junto

A poucas horas do balanço da Petrobras (PETR4), as ações das petroleiras estão fazendo a festa na bolsa, entre as maiores altas do Ibovespa na manhã desta segunda-feira (12).
Por volta das 11h20, os papéis de Prio (PRIO3), Petrorecôncavo (RECV3) e Brava (BRAV3) avançavam 5,02%, 3,80% e 2,73%, respectivamente. Já as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 3,72%, enquanto as ordinárias (PETR3) se valorizavam 3,77%.
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E, embora haja expectativa em torno do balanço da estatal — que você pode conferir nesta reportagem do Seu Dinheiro —, o que realmente impulsiona as ações hoje é a disparada do petróleo.
Por volta das 11h, os contratos futuros do petróleo Brent, referência global, avançam 3%, a US$ 65,9 por barril. Já os futuros do óleo cru (WTI, refreência nos EUA) também sobe acima dos 3%, a US$ 63,07 o barril.
E o que está por trás disso é o acordo entre Estados Unidos e China provisório para reduzir as tarifas comerciais, aliviando a tensão entre os dois maiores consumidores da commodity no mundo — e os temores de que a guerra comercial entre os dois países pudesse arrastar o globo para uma recessão, o que tenderia a reduzir a demanda pela commodity.
No começo deste mês, o petróleo atingiu o menor patamar em quatro anos, com o Brent recuando a US$ 60,23 por barril. O movimento foi um reflexo da guerra comercial liderada por Donald Trump e do anúncio da Opep+ sobre o aumento da oferta, em meio a temores crescentes de enfraquecimento da demanda global.
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A organização concordou em aumentar a produção em 411.000 barris por dia a partir de junho. Veja abaixo o desempenho dos futuros do Brent desde o começo deste mês:
O acordo entre EUA e China que faz os preços do petróleo saltarem e arrastam petroleiras
No final de semana, Pequim e Washington anunciaram um acordo para reduzir bilateralmente as tarifas impostas sobre a maioria dos produtos em 115%. Assim, as tarifas norte-americanas contra produtos chineses caem de 145% para 30% e as da China contra os EUA saem de 125% para 10%.
“Chegamos a um acordo para uma pausa de 90 dias e uma redução substancial dos níveis tarifários", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, antes de anunciar os poucos detalhes do pacto durante entrevista coletiva.
Observadores ainda aguardam detalhes do que foi pactuado. Acredita-se que mais informações virão à tona nas próximas horas. Representantes dos EUA e da China disseram que continuarão negociando nas próximas semanas e meses.
De qualquer modo, causou surpresa a rapidez com que Washington e Pequim chegaram a um consenso.
Nesta reportagem, você confere mais detalhes sobre o acordo.
Ações ligadas a outras commodities também fazem a festa hoje
Além das petroleiras, ações ligadas a commodities no geral também são destaque no Ibovespa nesta manhã graças ao acordo. É o caso de CSN (CSNA3), Suzano (SUZB3), Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR3) Metalúrgica Gerdau (GOAU4). Veja abaixo as dez maiores altas da bolsa por volta das 11h20:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
BRKM5 | Braskem PN | R$ 10,94 | 6,73% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 8,88 | 5,84% |
CSNA3 | CSN ON | R$ 9,17 | 5,65% |
PRIO3 | PRIO ON | R$ 38,60 | 5,26% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 52,35 | 4,51% |
GGBR4 | Gerdau PN | R$ 15,32 | 3,86% |
RECV3 | PetroReconcavo ON | R$ 14,75 | 3,80% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 8,55 | 3,64% |
VALE3 | Vale ON | R$ 54,83 | 3,55% |
PETR3 | Petrobras ON | R$ 34,34 | 3,43% |
Cabe lembra que as ações da Braskem também reagem aos resultados do primeiro trimestre de 2025, divulgados na sexta-feira (9).
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