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Karin Salomão

Karin Salomão

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com experiência em economia e negócios. Foi repórter na Exame e editora assistente no UOL Economia. Completou o Curso B3 de Mercado de Capitais para Jornalistas e Formadores de Opinião, em parceria com o Insper. Hoje, é editora assistente de empresas no Seu Dinheiro.

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

Karin Salomão
Karin Salomão
29 de outubro de 2025
6:05 - atualizado às 9:09
Gráfico com barras de ouro
Gráfico com barras de ouro. - Imagem: iStock

Após alcançar recordes consecutivos e atingir o valor mais alto da história, o ouro perdeu um pouco do brilho, voltando a rondar a marca dos US$ 4.000 por onça-troy. No entanto, o cenário permanece instável, e muitos acreditam que o metal ainda tem espaço para novas altas.

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Desde o começo do ano, o ganho é de 51,95% até o dia 27 de outubro, segundo dados do consultor Einar Riveiro, CEO na Elos Ayta Consultoria. Em 12 meses, o retorno é de 46,34%. Em outubro, no entanto, a variação é de 3,61%. Isso porque investidores aproveitaram para embolsar parte dos lucros que tiveram desde o início do rali.

"Cravar o movimento de curto prazo do ouro é difícil. Mas o que podemos falar com certeza é que há otimismo de novas altas", afirma Danilo Moreno, analista da Investo, gestora que administra o ETF de ouro GLDX11, com lastro em ouro físico.

O ouro já foi testado pelo tempo como ativo financeiro, diz ele. "Há quem invista porque confia que ele continuará sendo relevante em 10 anos, 100 anos, 1.000 anos. E há quem invista de forma especulativa, para capturar o movimento de alta."

O papel dos bancos centrais na alta do ouro

Embora investidores individuais e grandes fundos também tenham impulsionado a alta do ouro, o maior fator por trás dessa valorização é o apetite dos bancos centrais. O Banco Popular da China, por exemplo, tem comprado toneladas do metal precioso desde o ano passado. Agora, 7% das reservas da China estão em ouro, que tem 2,3 mil toneladas de barras do metal em seus cofres, quase o dobro da fatia do ano passado.

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E outros países, especialmente na Ásia, estão fazendo o mesmo. Essa demanda tem pressionado o mercado, tornando o ouro mais escasso e elevando seu preço.

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Os motivos por trás são vários. Um deles é o cenário de incerteza em todo o mundo, com guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. 

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O ouro acaba se tornando um ativo de segurança, usado como hedge. "É a proteção contra choques do mercado, ajuda a tirar a volatilidade", diz Ricardo Trevisan Gallo, CEO da Gravus Capital.

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Com a alta no valor do ouro, fundos, gestores e investidores também passaram a comprar o metal - é o famoso FOMO (Fear of Missing Out), ou medo de ficar de fora da onda de valorização. "Muitos começam a querer ter ouro como especulação", diz Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Descolamento dos títulos do Tesouro dos EUA

Outro fator é o desejo de bancos centrais pelo mundo de se descolarem dos títulos do Tesouro dos EUA. No início da guerra contra a Ucrânia, a Rússia teve seu acesso ao sistema monetário internacional cortado pelos Estados Unidos. Isso levantou um alerta entre vários países, que aumentaram suas reservas em ouro para depender menos do dólar.

Pela primeira vez em quase 30 anos, as reservas dos bancos centrais estão mais concentradas em ouro (24%) que em títulos norte-americanos (23%), segundo dados da gestora Crescat Capital, de Denver, Colorado.

Comumente visto como um dos investimentos mais seguros do mundo, os Treasurys já não são mais tão livres de risco. Em maio, a Moody's rebaixou a nota de crédito da maior economia do mundo, que perdeu seu triple A. Antes da Moody’s, as agências S&P Global Ratings e a Fitch já haviam feito esse movimento. 

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"O endividamento norte-americano veio dando saltos. Hoje em dia, ninguém sabe qual o limite da dívida para que o país volte a discutir sua questão fiscal de forma equilibrada", diz Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.

Bancos Centrais continuarão a comprar ouro

E os bancos centrais estão longe de parar com as compras, segundo relatório de junho do World Gold Council, autoridade global quando o assunto é o metal. Cerca de 95% dos respondentes da pesquisa acreditam que as reservas de ouro dos BCs deve aumentar nos próximos 12 meses. Neste ano, um recorde de 43% dos bancos respondentes também disse que as próprias reservas de ouro devem aumentar no período - e ninguém informou que as reservas devem cair. 

Do outro lado, 73% dos entrevistados disseram que devem diminuir moderada ou significativamente suas reservas em dólar nos próximos cinco anos. 

Nem todos estão tão otimistas

"Quando chega nesse ponto, em que todo mundo diz que quer comprar um ativo, já ficamos mais receosos", afirma Cruz.

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Além dos níveis recordes, para Cruz o ouro ainda tem outro agravante: é difícil precificar quanto a commodity vale. "Não é uma empresa que cresce ou paga dividendos. É diferente de uma mineradora, que conseguimos ver os projetos e saber o que acontece com a saúde financeira dela", diz ele.

É hora de vender ou comprar? Para quem já entrou no ouro, a recomendação é realizar os lucros "pelo menos parcialmente", diz Cruz. 

Para quem ainda deseja investir, a sugestão é evitar aplicar tudo de uma vez e comprar de forma escalonada, sem se expor totalmente a uma possível queda, acrescenta Trevisan.

"Como o preço está esticado, é hora de dosar a exposição ao ouro. Não terá o mesmo potencial de alta", diz Christopher Galvão, analista da Nord Investimento.

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E, para o investidor pessoa física, encher o cofre com barras de ouro não é a melhor opção. É possível comprar contratos futuros do ouro, ETFs e ainda investir em mineradoras - no Brasil, a Aura Minerals (AURA33) é a com a maior exposição ao metal.

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