Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
A busca global por proteção financeira levou ouro e prata a renovarem recordes nesta semana. Em um ambiente marcado por juros mais baixos, dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal das principais economias e tensões geopolíticas, os metais preciosos voltaram a se destacar como ativos de refúgio.
No acumulado do ano, o ouro já se valoriza perto de 70%, enquanto a prata acumula alta de 128%.
Nesta segunda-feira (22), o ouro passou a marca de US$ 4.450 a onça-troy, enquanto a prata chegou a ser negociada no nível de US$ 69 por onça pela primeira vez na história.
Tradicionalmente, a prata tende a acompanhar o ouro em ciclos de alta, especialmente em momentos de busca por proteção e diversificação de portfólio.
O ambiente geopolítico contribui para esse movimento. O aumento das tensões envolvendo a Venezuela, além de novos ataques ucranianos a portos e navios russos, reforça a percepção de risco e estimula a migração para ativos considerados mais seguros.
Outro fator relevante é a situação fiscal das grandes economias. Segundo Matthew McLennan, chefe da equipe de valor global da First Eagle Investments, os elevados déficits fiscais nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Europa e, cada vez mais, no Japão e na China recolocaram o ouro em evidência como reserva de valor.
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“O valor do ouro como potencial proteção monetária ressurgiu”, afirmou ao programa The Exchange, da CNBC, em 17 de dezembro.
O que mexe com o ouro e a prata
Mesmo após a reação positiva dos mercados ao corte de juros promovido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em 10 de dezembro e à retomada do otimismo com ações ligadas à inteligência artificial, as incertezas sobre o cenário econômico de 2025 voltaram a levar investidores a uma postura mais defensiva.
A sucessão no comando do Federal Reserve também está no radar. A independência e a credibilidade do banco central norte-americano passaram a ser questionadas após pressões recorrentes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o atual chairman, Jerome Powell.
Para McLennan, o ponto central é a credibilidade fiscal de longo prazo do país, condição essencial para a manutenção de um Fed independente.
O economista também destacou a inflação salarial e o comportamento do mercado de trabalho, ressaltando que será decisivo observar se o crescimento recente das vagas de emprego acompanhará a evolução dos lucros corporativos.
Na avaliação de Robin Brooks, economista sênior da Brookings Institution e ex-estrategista-chefe de câmbio do Goldman Sachs, o novo recorde do ouro sinaliza o retorno da chamada “grande desvalorização” ao radar dos investidores.
Em publicação no Substack, ele atribuiu a alta ao corte mais recente dos juros pelo Fed e aos temores de monetização da dívida, com a compra de títulos do governo pelo banco central.
Brooks também relaciona a valorização dos metais ao discurso mais moderado de Powell em Jackson Hole, em 22 de agosto, e ao afrouxamento monetário de 25 pontos-base em dezembro.
Segundo ele, o movimento afeta não apenas os metais preciosos, mas também moedas de países com baixo endividamento, como a coroa sueca e o franco suíço, que passaram a apresentar correlação com o ouro e a prata.
Já para Jeroen Blokland, economista e gestor do Blokland Smart Multi-Asset Fund, parte da alta do ouro está associada à estratégia de carry trade com o iene japonês. Nessa operação, investidores assumem posições vendidas na moeda japonesa para financiar aplicações em ativos de maior risco e retorno, entre eles os metais preciosos.
Mesmo após o Banco do Japão elevar a taxa de juros para 0,75% — o maior nível desde 1995 —, Blokland avalia que o diferencial em relação aos Estados Unidos segue amplo o suficiente para sustentar esse tipo de estratégia.
*Com informações da CNBC e do Marketwatch
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