“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
A retomada da expectativa da pré-candidatura de Tarcísio de Freitas — nome preferido pelo mercado nas eleições de 2026 — deu tração ao Ibovespa nesta quinta-feira (18). O principal índice da bolsa brasileira fechou em alta em meio às incertezas sobre a trajetória da Selic e aos ganhos em Wall Street.
O Ibovespa terminou as negociações de hoje com alta de 0,38%, aos 157.923,34 pontos. Já o dólar à vista encerrou o dia cotado em R$ 5,5237, com alta de 0,01%.
No cenário doméstico, as eleições seguem no centro das atenções. O presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), disse que, se em março, a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência não mostrar viabilidade eleitoral, a tendência é de que o ex-presidente Jair Bolsonaro ”não arrisque”, segundo o Valor Econômico.
Ainda de acordo com o jornal, o projeto presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não seria, no momento, “um projeto enterrado”, segundo Nogueira. “Vai depender da viabilidade eleitoral de Flávio”, acrescentou.
Mais cedo, Tarcísio reafirmou o apoio a Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência.
Além disso, a pesquisa AtlasIntel/Bloomberg mostrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve iniciar 2026 com a aprovação menor que a desaprovação.
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Apesar do predomínio da avaliação negativa, o pestista mantém vantagem sobre todos os possíveis adversários em simulações para as eleições presidenciais de 2026.
As expectativas sobre a Selic também estiveram no radar dos investidores, com a divulgação do Relatório de Política Monetária, do Banco Central, pela manhã. Durante coletiva de imprensa, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, pontuaram que as projeções são embutidas de incerteza e que há limitações para elas em um horizonte de 18 meses.
“Agentes estão tentando achar dica em texto que não dá dica”, afirmou Galípolo sobre as comunicações mais recentes do BC. “Não decidimos o que vamos fazer nem na reunião de janeiro nem na de março nem nas próximas. Não queríamos comunicar o que vamos fazer porque não decidimos o que vamos fazer”, reforçou.
As maiores altas e quedas do Ibovespa
Entre as companhias listadas no Ibovespa, a Brava Energia (BRAV3) engatou a quinta alta consecutiva e liderou os ganhos do índice. As ações foram beneficiadas pelas notícias recentes da companhia.
Na quarta-feira (17), o diretor financeiro da companhia, Luiz Carvalho, anunciou que prevê investir US$ 550 milhões em 2026, sendo dois terços em sua estratégia de expansão — com a perfuração de quatro poços entre 2026 e 2027 — e em manutenção.
Além disso, os rumores de negociações da empresa com a Eneva, envolvendo seus ativos de E&P (exploração e produção), continuam no radar.
Já entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) teve mais um dia de ganhos (+0,26%) após o Santander elevar o preço-alvo dos ADRs da companhia. O banco reiterou a recomendação de compra e a preferência pela companhia no setor. Para os analistas, as ações da mineradora seguem descontadas.
Ainda entre os gigantes do índice, Petrobras (PETR4) fechou em queda (-0,58%), apesar do ritmo de recuperação do petróleo.
A ponta negativa foi liderada por Direcional (DIRR3) com baixa de 3,48%. O movimento correu mesmo após a XP Investimentos ter reiterado, mais cedo, recomendação de compra para a construtora, considerando a empresa tendo uma tese de retorno de capital imediato.
As bolsas lá fora
Os índices de Wall Street fecharam em alta com aumento da expectativas de novo corte nos juros, ainda que minoritárias, após a inflação vir abaixo do esperado.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,2% de setembro a novembro, informou o Departamento do Trabalho do país.
Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,2% na comparação mensal e foi a 2,6% em um ano. A inflação norte-americana acumula alta de 2,7% em 12 meses.
Perto do fechamento, o mercado precificava 73,4% de chance de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) manter os juros em 3,50% a 3,75% ao ano em janeiro. A aposta de corte de 0,25 ponto percentual, porém, aumentou de 24,4% ontem para 26,6% hoje.
Confira o fechamento dos índices:
- Dow Jones: +0,14%, aos 47.951,85 pontos;
- S&P 500: +0,79%, aos 6.774,76 pontos;
- Nasdaq: +1,38%, aos 23.006,36 pontos.
Na Europa, os índices fecharam em alta com decisões de política monetária. Na Inglaterra, o Banco Central reduziu os juros de 4% para 3,75%, enquanto na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa referencial de juros em 2%, como o esperado. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve avanço de 0,96%, aos 585,35 pontos.
Na Ásia, os índices tiveram um tom misto. O índice Nikkei, do Japão, teve baixa de 1,03%, aos 49.001,50 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,12%, aos 25.498,13 pontos.
*Com informações do Money Times
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