🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

ROTAÇÃO DE CARTEIRA

É hora de voltar para as ações brasileiras: expectativa de queda dos juros leva BTG a recomendar saída gradual da renda fixa

Cenário se alinha a favor do aumento de risco, com queda da atividade, melhora da inflação e enfraquecimento do dólar

Monique Lima
Monique Lima
25 de agosto de 2025
12:50 - atualizado às 8:57
Bandeira do Brasil, situação fiscal
Imagem: Canva Pro/Montagem Seu Dinheiro

Os astros estão em movimento e tudo aponta para um alinhamento que cria um cenário mais favorável para a alocação de risco no mercado local. De olho nisso, o BTG Pactual elevou a recomendação para Brasil acima do benchmark e aponta fatores que justificam o próximo passo: aumentar gradualmente a posição em ações brasileiras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O banco não descreve um céu de brigadeiro para as companhias listadas, mas avalia um conjunto de condições que permite mais otimismo, a começar pela possibilidade de corte de juros mais cedo do que o mercado espera. 

O cenário base do BTG projeta o primeiro corte da Selic, atualmente em 15% ao ano, para o primeiro trimestre de 2026. Porém, os analistas destacam que uma inflação mais baixa e a atividade econômica mais fraca podem antecipar essa decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Nesta segunda-feira (25), o relatório Focus do BC reduziu a projeção de inflação do ano pela 13ª vez consecutiva. O documento estima que o IPCA fechará em 4,86%, ante 5,09% há quatro semanas. O BTG trabalha com projeção semelhante, de 4,8%. Para 2026, revisou a estimativa de 4,5% para 4,3%.

Em paralelo, os indicadores de atividade econômica mostram desaceleração. O Focus reduziu a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano pela segunda vez, de 2,23% para 2,18% em quatro semanas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O BTG está mais pessimista e projeta 1,90%, com expectativa de surpresa negativa no PIB do segundo trimestre, a ser divulgado em 2 de setembro.

Leia Também

O que isso significa para as ações

“Esses fatores foram determinantes para nossa recente revisão positiva para as ações brasileiras”, afirma o relatório do banco. Segundo os analistas, inflação e atividade mais fracas sinalizam queda de juros, possivelmente com uma antecipação do corte.

Além do quadro doméstico, fatores externos também influenciam. O dólar segue em trajetória de fraqueza global, o que impulsiona a valorização do real. Essa desvalorização da moeda norte-americana está ligada às políticas do governo Donald Trump e à expectativa de cortes de juros nos EUA.

O BTG projeta três cortes nos EUA ainda em 2025, começando em setembro. Ou seja, a desvalorização do dólar é uma tendência que pode se estender por algum tempo. E isso é positivo para o Brasil, porque também é uma medida desinflacionária.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Em conjunto, vemos boa chance de melhora das condições à frente e recomendamos que investidores aumentem gradualmente posições em ações brasileiras”, afirma o banco, destacando ativos que se beneficiam de juros mais baixos.

Faça a rotação, mas com calma

Apesar da recomendação de aumento na posição em ações, os analistas reforçam a importância do movimento gradual. Afinal, o alinhamento dos astros está em curso, mas nem todas as estrelas seguirão no mesmo caminho.

O relatório do banco aponta três principais fatores de incerteza que ainda pesam sobre os ativos de risco:

  • a tarifa de 50% imposta pelos EUA e a crise política internacional que se seguiu;
  • as incertezas jurídicas sobre a aplicação das sanções previstas na lei Magnitsky no Brasil;
  • e a indefinição sobre quem enfrentará Lula (PT) nas eleições de 2026.

No caso das tarifas, o BTG avalia impacto limitado na economia, já que a lista de isenções abrange quase 700 produtos relevantes. “No fim das contas, a questão mais premente aqui é política, não econômica”, afirmam os analistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sobre as sanções Magnitsky, a maior dúvida recai sobre a forma como os bancos brasileiros responderão. O BTG acredita que as incertezas devem persistir no curto prazo e pesar sobre o sentimento dos investidores em relação a esses ativos. 

  • Vale lembrar que a Magnitsky é uma lei norte-americana que pode ser usada em casos de violação grave de direitos humanos e foi imposta por Trump ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. 

No campo político, a atenção se volta para 2026. A popularidade do governo Lula e a falta de clareza na oposição sobre quem enfrentará o atual presidente adiam teses de investimento ligadas ao desfecho eleitoral.

Sem fluxo no Ibovespa

Essas análises podem ajudar na tomada de decisão dos investidores locais. Para os estrangeiros, o BTG diz que é mais difícil precificar os riscos, o que deve manter o fluxo internacional em compasso de espera.

“Nossa expectativa, no entanto, é que o início do ciclo de afrouxamento monetário — ainda neste ano ou no começo do próximo — possa atrair novos fluxos externos para o Brasil”, afirma o banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo assim, o relatório reconhece que a queda dos juros não garante retomada imediata do investidor local. “A realidade do nosso mercado acionário é que investidores locais seguem confortáveis em obter pelo menos 1% ao mês na renda fixa, sem urgência em rotacionar para ações por enquanto.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar