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Bia Azevedo

Bia Azevedo

Jornalista pela Universidade de São Paulo (USP), já trabalhou como coordenadora e editora de conteúdo das redes sociais do Seu Dinheiro e Money Times. Além disso, é pós-graduada em Comunicação digital e Business intelligence pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

Bia Azevedo
Bia Azevedo
13 de novembro de 2025
11:59 - atualizado às 18:32
foto de prédio da Hapvida (HAPV3)
Prédio da Hapvida - Imagem: Divulgação

Problemas na sinistralidade, consumo de caixa, aumento das despesas... esses foram alguns dos problemas do balanço do terceiro trimestre da Hapvida (HAPV3). Como consequência, a operadora de planos de saúde chegou a desabar 43% na bolsa de valores nesta quinta-feira (13) e possou por pelo menos três leilões no dia.

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Os números vieram bem abaixo dos bancões, que cortaram suas recomendações para a ação. O JP Morgan rebaixou a classificação da operadora de compra para neutro. Além disso, o BTG Pactual cortou o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50 por ação para o fim de 2026.

Segundo o BTG, os números foram “muito fracos”, o que deve aumentar de forma relevante a percepção de risco sobre a tese de investimento, além de bastante “poluídos”, com diversos itens não recorrentes, tanto positivos quanto negativos.

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018.

O que foi tão terrível no balanço?

Se de um lado a empresa está investindo para diminuir os gargalos de capacidade, reduzir o volume de reclamações e aumentar a percepção de qualidade do serviço, do outro, ela ainda não está capturando os benefícios desses gastos. 

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Além disso, o cenário competitivo está complicado, principalmente com a Amil mantendo uma posição comercial mais agressiva, impondo limites para o crescimento da Hapvida, escreve o JP Morgan. 

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Os analistas viram problemas em várias linhas do resultado: a sinistralidade (MLR) veio muito acima do esperado — atingindo 75,2%, alta de 1,4 ponto porcentual no ano — e o fluxo de caixa livre foi fraco, com consumo de quase R$ 52 milhões. O crescimento orgânico também veio abaixo do esperado. 

E não foi só isso: as despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) subiram. As contingências também foram um problema, com pressões jurídicas e provisões mais caras. 

“Naturalmente, esses resultados devem pesar de forma significativa sobre as expectativas do consenso para os próximos trimestres e anos”, diz o relatório do BTG Pactual.

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Como consequência, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) veio 20% menor na comparação anual, de R$ 746,4 milhões.

Hora de um “grande corte”

Segundo o relatório do banco, é desnecessário dizer que esses resultados devem pesar fortemente sobre as expectativas de consenso para os próximos trimestres e anos. Por isso, é hora de um “grande corte”.

“Decidimos cortar substancialmente nossas projeções oficiais, já que não assumimos mais expansão de margem no próximo ano”, destacou o time de análise composto por Samuel Alves e Maria Resende. Entre os cortes, estão a redução das estimativas oficiais de Ebitda para o próximo ano em 20% e a de preço-alvo, de R$ 67 para R$ 50.

“Reconhecemos a proposta de valor e o histórico de sucesso do modelo verticalizado da Hapvida. E, considerando a recente performance negativa das ações, mantemos nossa recomendação de compra, embora seja necessária uma execução operacional muito melhor para aumentar nossa confiança na tese”, diz o relatório. 

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Detalhes do balanço

A receita líquida da Hapvida cresceu 6% na comparação anual, para R$ 7,78 bilhões — 1% abaixo da estimativa dos analistas — impulsionada por um tíquete médio maior. 

Os números contábeis foram beneficiados por uma lista de itens positivos não recorrentes, como reversões de provisões ligadas ao SUS, remuneração variável, acordos coletivos e contingências após acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de R$ 25 milhões, além de reembolsos do acionista vendedor e multas a corretores. 

Em contrapartida, houve um item negativo de R$ 35 milhões pela baixa de intangíveis no Hospital Maringá. No total, esses efeitos geraram impacto líquido positivo de R$ 98 milhões.

Segundo o BTG Pactual, excluindo todos esses itens, o Ebitda ajustado seria de R$ 613 milhões, queda de 20% ano a ano e 25% abaixo da projeção, levando a margem Ebitda  ajustada para 7,9%, nível semelhante ao de três anos atrás, logo após a fusão com a GNDI.

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Os analistas também destacam que as despesas financeiras também foram afetadas pelo acordo com a ANS, com impacto líquido negativo de R$ 13 milhões, fazendo as despesas subirem 36% ano a ano, para R$ 354 milhões. 

Após ajustes de amortização e não recorrentes, o lucro ajustado foi de R$ 204 milhões, 34% abaixo da estimativa. Já o resultado contábil apontou prejuízo líquido de R$ 57 milhões, ante perda de R$ 71 milhões no mesmo período de 2024.

Para eles, o avanço no MLR veio de forma mais acentuada do que o padrão histórico, refletindo frequências anormalmente altas e custos adicionais decorrentes das recentes inaugurações de hospitais. 

“Além disso, a base de beneficiários de saúde aumentou 13 mil vidas trimestre a trimestre, bem abaixo da estimativa do BTG, de acréscimo de 44 mil, apesar do desempenho forte no segmento corporativo (+65 mil ante o trimestre anterior). Em meio à maior utilização, os sinistros por beneficiário subiram 8% na base anual, superando o aumento de 6% no tíquete médio”, diz o relatório.

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