Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
Embalada pelo retorno de quase 100% apenas neste ano, a Logos Capital está trazendo dois novos sócios para a gestora: Gustavo Maziero, ex-Itaú Hunter, e Carlos Calabresi, ex-BNP e Garde. Eles se conheceram das “andanças do mercado” e, pela primeira vez, estão trabalhando juntos.
“Sempre investimos de um jeito parecido, com muita interação com empresas e analistas e nos encontramos várias vezes nesse tipo de reuniões. Ficamos próximos”, disse Maziero. “A Logos tem um histórico de resultados impressionante e a partir de agora vamos trabalhar mais também a comunicação com o mercado e novos investidores.”
Fundada em 2018 por Luiz Guerra e Ricardo Vieira depois que ambos saíram da Indie Capital, a Logos tem hoje dois fundos. Com a chegada dos novos sócios, deverá se aproximar de R$ 350 milhões sob gestão.
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Nos planos, também estão parcerias estratégicas, como seed money de longo prazo, que poderá vir com acordos de participação no lucro ou resultado da gestora.
O fundo mais conhecido da casa é o Logos Total Return, que tem perfil agressivo, alta volatilidade e é só para os “mais fortes” — concentra majoritariamente capital proprietário. No ano, ele acumula alta de 98%; e desde o início da estratégia, valorizou-se 472%.
O segundo fundo é o Logos Long Biased, que repete a espinha dorsal do Total Return, mas com posições menores e volatilidade mais próxima à do Ibovespa. “Este fundo é agora o nosso carro-chefe. É o produto mais adequado para o perfil do investidor brasileiro”, disse Maziero. No ano, a carteira sobe 50%; e desde o início, 176%.
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Logos: gestores com “cabeças brancas”
A nova equipe, formada agora por cinco “cabeças brancas” — Pedro Guerra, ex-Citi, é o presidente do conselho de administração —, vai escolher as melhores oportunidades de investimentos em ações no Brasil e também na América Latina.
“São caras fora da curva, conhecem a bolsa, são ágeis, bem informados e com apetite ao risco e agilidade”, diz Calabresi, que diz que nunca pensou em parar depois de vender a Garde para o Itaú, em dezembro de 2023. “Não tinha a intenção de voltar a trabalhar em banco. Mas continuei administrando meu fundo.”
Viera diz que o time está motivado, sobretudo para o ano que vem. “Não apenas pela eleição no Brasil. Com as taxas de juros nos EUA começando a cair, esperamos um fluxo adicional para países emergentes”, disse. “Mas o Brasil pode ter um ano ainda mais excepcional se houver uma troca de governo em Brasília.”
A expectativa é que um novo governo venha com reformas estruturais e controle de gasto público, contribuindo para o aumento da produtividade no País.
As apostas da gestora: Argentina e três ações 'que ficaram para trás'
A performance muito positiva da Logos recentemente está ligada ao investimento em ações da Argentina. Mês passado, o fundo teve alta de mais de 10%, com o investimento no Banco Galicia, Pampa Energia e Telecom Argentina.
“Temos acompanhado a situação política por lá. Tínhamos posições há um bom tempo. Com a recente vitória na eleição legislativa do partido do presidente Javier Milei, acreditamos que ele terá mais poder para modernizar a economia argentina”, disse Maziero.
No Brasil, eles destacam três teses entre oportunidades de ações que “ficaram para trás” na Bolsa.
A tese mais controversa é Natura (NATU3). “Oportunisticamente, montamos uma posição recentemente. A ação está largada, mas estamos falando de uma empresa que tem valor, tem uma marca poderosa, um excelente ativo que pode, inclusive, chamar a atenção de algum comprador”, disse Maziero.
Para o gestor, os erros de estratégia que a Natura cometeu estão sendo corrigidos, mas o mercado ainda está com “ranço” da gigante de cosméticos.
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A aposta mais óbvia é na privatização da Sanepar (SAPR11). “Depois da eleição ano que vem, acreditamos que esse é o caminho.” Olhando para o múltiplo EV/RAB, o papel está muito descontado, de acordo com o gestor.
O indicador é usado para avaliar empresas de serviços públicos, e relaciona o valor da firma (EV) com a Base de Ativos Regulatórios (RAB). Para efeitos de comparação, a Copasa está com EV/RAB de 1,2x; a Sabesp, 1,3x de e a Sanepar está com 0,6x.
Cosan (CSAN3) a um preço “razoável”
Além dessas, outra escolha é a Cosan (CSAN3), depois da capitalização. “Ela tem bons ativos, está num preço razoável e agora será uma companhia com sócios muito poderosos”, afirma, em referência à entrada do BTG Pactual no capital da companhia.
A questão principal é a governança e, na visão do gestor, a partir de agora haverá um corte de custos. “A holding não tem necessidade de ser listada em Nova York ou ter uma sede na Faria Lima”, afirma Maziero.
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