🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Monique Lima

Monique Lima

Repórter de finanças pessoais e investimentos no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo, também escreve sobre mercados, economia e negócios. Já passou por redações de VOCÊ S/A, Forbes e InfoMoney.

ESTRATÉGIA DE ALOCAÇÃO

Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora

Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho

Monique Lima
Monique Lima
12 de agosto de 2025
14:48 - atualizado às 18:56
tela de celular com logotipo do itaú sob uma caneta
Imagem: Shutterstock

Guerra comercial dos EUA. Tensão geopolítica no mundo. Crise entre os poderes no Brasil. Eleições presidenciais locais em 2026. Tudo parece grandioso e um ápice de incerteza? Não para o Itaú. O banco aumentou sua alocação de risco para o maior nível dos últimos anos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A visão estratégica do Itaú é construtiva para o mundo nos próximos meses. Todos os assuntos que povoam o noticiário nos últimos tempos são mais do mesmo para Nicholas McCarthy, estrategista-chefe de investimento do Itaú.

“Tem incerteza, mas nada diferente dos últimos tempos. É pior que a Covid? É pior do que as últimas guerras? Sempre tem incerteza, as pessoas têm memória curta”, provoca McCarthy.

Para o estrategista, os eventos-chave que mudaram a perspectiva para os indicadores econômicos e, consequentemente, para os investimentos foram menos especulativos e mais estruturais.

  • LEIA TAMBÉM: Quer investir melhor? Receba as notícias mais relevantes do mercado financeiro com o Seu Dinheiro; cadastre-se aqui

O primeiro foi o DeepSeek. A qualidade da inteligência artificial da empresa chinesa fez gestores e investidores ao redor do mundo se questionarem sobre o excepcionalismo norte-americano. Segundo McCarthy, até aquele momento, o dinheiro fluia para os EUA sem dúvidas. A partir daí, o olhar para fora se expandiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na sequência, a segunda mudança veio do anúncio dos EUA de que não defenderia mais a Europa. O “vocês que se defendam” resultou em uma corrida de planos de investimentos para defesa nos países do Velho Continente. Com destaque para a Alemanha, que empenhou o maior valor entre seus pares: 500 bilhões de euros.

Leia Também

O efeito secundário desses investimentos, segundo McCarthy, é um maior fomento industrial. O Itaú estima que os países europeus vão crescer mais do que os EUA nos próximos anos.

“Durante 15 anos, gestores e investidores só compraram EUA, como se o resto do mundo não existisse. Agora, esses recursos estão voltados para carteiras locais e devem dispersar para carteiras globais”, diz o estrategista-chefe do Itaú.

Queda do dólar, não dos EUA

A maior tese do Itaú Unibanco, que sustenta a estratégia de alocação atual e as projeções futuras do banco, está ancorada na queda do dólar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não uma queda de centavos contra o real, ou contra as moedas globais. McCarthy acredita na tendência de enfraquecimento estrutural e consistente da moeda norte-americana, que pode durar anos.

A análise do time mostrou que o último fosso do dólar globalmente aconteceu no biênio 2010-2012. Naquele momento, o câmbio em relação ao real chegou ao nível de R$ 1,60. No mundo, o índice dólar (DXY) estava na faixa dos 75 pontos, algo que nunca mais se repetiu.

McCarthy acredita que a moeda atingiu uma precificação muito acima do justo globalmente. Desde 2012, a valorização foi de 46%. Eventos históricos como pandemia, boom das empresas de tecnologia e alta dos juros nos EUA fomentaram essa valorização.

Mas agora, o time de estratégia do Itaú vê a reversão desse ciclo. “Pode ser que não volte para o fosso de 2010, mas tem muito valor para devolver”, diz Gina Baccelli, estrategista sênior de investimentos do Itaú Unibanco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Baccelli acredita que este já era um movimento natural e esperado, mas que deve ser muito intensificado pelas políticas de Donald Trump. Embora o presidente dos EUA e seus secretários não falem abertamente, tudo indica que o enfraquecimento do dólar faz parte dos planos.

A notícia é boa para todo o resto do mundo.

Do ponto de vista econômico, um dólar mais fraco ajuda no processo desinflacionário dos países e melhora a tendência de crescimento pela possibilidade de corte dos juros — é o que acontece no Brasil e em outros países.

Do ponto de vista financeiro, com os EUA e o dólar mais fraco, McCarthy vê os investidores migrando recursos para outros países, entre emergentes e desenvolvidos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Onde o Itaú está investindo — no mundo

O Itaú está alocado em Bolsas globais e mercados emergentes. A aposta do banco é em empresas de crescimento: 50% dos EUA e 50% fora dos EUA.

Essa alocação também engloba empresas de tecnologia e a tese de inteligência artificial. Baccelli explica que isso também vale para as empresas fora dos Estados Unidos. Atualmente, 30% da cesta de países emergentes corresponde à tecnologia. China, Índia e outros países asiáticos têm se desenvolvido bem no setor.

Com relação aos Estados Unidos, embora a visão seja de enfraquecimento da economia e do dólar, McCarthy avalia que as empresas estão bem, apresentando resultados sólidos e boas condições de negócios, além de bons retornos via dividendos e recompra de ações.

O Itaú não tem posição nas Treasurys, mas gosta dos bonds de maior risco, os high yield. O estrategista-chefe vê boas condições de pagamento e maiores prêmios. Os bonds com grau de investimento ficam de fora.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já a posição na Bolsa americana existe, mas em reais. O Itaú está comprado em S&P 500 via posição no Brasil, com proteção cambial. É uma estratégia para capturar os ganhos das ações, sem o risco da variação cambial.

McCarthy pondera que essa tem sido a estratégia dos alocadores globais. Segundo ele, a bolsa dos EUA sustenta seus ganhos devido à exposição global via moeda local, não via dólares.

“O problema de desvalorização do dólar é mais significativo para o mercado de títulos do que para o mercado de ações. Nossa visão para a Bolsa americana é construtiva”, diz.

…e no Brasil

Renda fixa. Não tem para onde fugir.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Diante da possibilidade de queda dos juros à frente — que o Itaú espera para o primeiro trimestre de 2026, não em 2025 — a estratégia virou nas últimas semanas para uma maior alocação em títulos prefixados.

Baccelli recomenda vencimentos até três anos para os prefixados, e títulos atrelados à inflação para prazos acima de cinco anos.

O time do Itaú acredita que o processo desinflacionário projetado para o mundo também se aplica ao Brasil. A expectativa atual é de que o IPCA feche o ano em 4,70% — com a possibilidade de uma revisão baixista, alerta McCarthy.

Diante disso, a alocação em títulos atrelados à inflação é para carregar até o vencimento. Segundo o estrategista, o prêmio de IPCA + 7% oferecido atualmente nesses títulos só faz sentido quando o juro real chegar efetivamente aos 7%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, com uma Selic em 15% e uma inflação em 5%, o juro real está em 10%. Aí entra a estratégia dos prefixados, que permite travar taxas de 13% para os próximos dois anos, quando se espera queda da Selic.

Com relação ao crédito privado, o Itaú não tem uma recomendação específica para os títulos. McCarthy afirma que a estratégia está relacionada à rentabilidade, e com a escolha de ativos específicos, que façam sentido para o perfil do investidor.

Bolsa em compasso de espera

Já em relação às ações, o Itaú não tem posição na Bolsa do Brasil. McCarthy e seus analistas aguardam dois gatilhos importantes: queda dos juros e queda do dólar.

Embora as ações brasileiras estejam muito baratas agora, em termos de múltiplos, com os juros em 15%, o estrategista não acha que vale a pena correr o risco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Todo o mundo está fora [da Bolsa do] Brasil. Até o brasileiro está fora do Brasil”, diz o estrategista.

Para ele, os investidores locais só vão voltar para as ações da Bolsa quando os juros engatarem o ciclo de queda. Já os investidores globais só vão olhar para o Brasil quando o dólar engatar a sua queda e o call de alocação virar para mercados emergentes.

As ações brasileiras correspondem a 4% da cesta de emergentes, e McCarthy vê a possibilidade de uma alocação maior pelas ações estarem tão descontadas. Isso pensando nos investidores globais.

Se os fundos globais também adotarem o “call” de emergentes, “aí é que vai entrar dinheiro mesmo”, diz o estrategista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Eleições presidenciais e tarifas de importação McCarthy avalia como ruídos que não mudam os fundamentos. Os gatilhos reais, para o estrategista, são juros para o local e dólar para o estrangeiro.

A valorização de 15% que o Ibovespa registrou neste começo de ano foi uma brisa. Um reposicionamento de “subalocado” para “neutro” de alguns investidores estrangeiros, segundo o Itaú. O movimento foi forte porque a Bolsa está muito depreciada.

Para McCarthy, os gatilhos no Brasil podem ser resumidos da seguinte forma:

“Quando o mundo está ruim para o Brasil, o país tem que olhar para dentro e encarar seus problemas, como o fiscal e os juros. Mas quando o mundo está favorável, os problemas locais ficam em segundo plano, e agora o mundo está favorável.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O DIA DEPOIS DO BALANÇO

Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%

14 de novembro de 2025 - 17:37

Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE. OU MELHOR: QUEM É OI

Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%

14 de novembro de 2025 - 16:52

Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3

O QUE BOMBOU NA BOLSA

Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano 

14 de novembro de 2025 - 15:02

Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano

AÇÕES QUE FICARAM PARA TRÁS

Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa

14 de novembro de 2025 - 12:02

Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3

GALPÕES LOGÍSTICOS

A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas

14 de novembro de 2025 - 6:07

Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?

“REALMENTE ME ASSUSTA”

A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações

13 de novembro de 2025 - 19:01

Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo

A VOZ DOS GESTORES

A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado

13 de novembro de 2025 - 14:01

Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial

HORA DO “GRANDE CORTE”

De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?

13 de novembro de 2025 - 11:59

Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018

REAÇÃO AO RESULTADO

A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte

13 de novembro de 2025 - 9:35

O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade

SÓ NA RENDA FIXA

Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento

13 de novembro de 2025 - 6:03

Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida

EFEITO MCMV

Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques

12 de novembro de 2025 - 20:03

A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora

APURAÇÃO SEU DINHEIRO

O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”

12 de novembro de 2025 - 13:45

Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis

SEGUNDA OFERTA DE AÇÕES

Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa

12 de novembro de 2025 - 12:11

A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores

ESTÁ ARRISCADO DEMAIS?

Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?

12 de novembro de 2025 - 10:25

Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco

FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar