Boas novas para os acionistas? TIM Brasil (TIMS3) anuncia recompra de ações, após balanço robusto no 4T24
O programa vai contemplar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia
Um dia depois de divulgar o balanço do quarto trimestre de 2024 — que, diga-se de passagem, foi muito bem recebido pelo mercado —, a TIM Brasil (TIMS3) tem mais uma notícia que pode agradar os investidores. A empresa vai fazer um novo programa de recompra de ações.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a TIM anunciou que vai recomprar até 67,2 milhões de ações ordinárias, o que equivale a 2,78% do total de papéis da companhia.
A operação, sem redução de capital social, terá vigência de 18 meses, até 23 de agosto de 2026.
Para a oferta, serão utilizados os recursos dos saldos da reserva de capital e de lucros, que totalizam cerca de R$ 6,3 bilhões, segundo a Tim.
De acordo com a operadora, a medida tem o objetivo de “incrementar o valor aos acionistas através do emprego eficiente dos recursos disponíveis em caixa, otimizando a alocação de capital da TIM”.
Além disso, uma pequena parcela das ações será destinada para o Plano de Incentivos de Longo Prazo (LTI) — que é uma remuneração adicional dos funcionários de acordo com a performance.
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“Atualizamos nosso compromisso de distribuição de dividendos e agora damos um passo além, incluindo a recompra de nossas ações. Com essa medida, confirmamos nossa confiança na execução do nosso plano estratégico”, declarou a CFO da TIM Brasil, Andrea Viegas.
Por volta das 17h, as ações TIMS3 subiam mais de 2%.
Para que serve a recompra de ações?
Existem diversos motivos que levam uma empresa como a TIM a aprovar um programa de recompras como esse. Entre eles, estão:
- A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
- A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
- Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade do mercado.
Isso porque a recompra é uma das maneiras que uma empresa pode escolher para dar retorno para o seu investidor.
É diferente da distribuição de proventos, por exemplo, que proporciona retorno por meio do pagamento de dividendos e JCP. Caso a empresa opte por cancelar as ações recompradas, o acionista ganha por ficar com uma participação proporcionalmente maior.
Por outro lado, a recompra de ações faz com que os papéis percam liquidez na bolsa, uma vez que menos ações são negociadas.
Os principais números do balanço da TIM
A companhia teve um lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado. A cifra representa um avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período de 2023.
- Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): R$ 3,3 bilhões, (+6,2% a/a);
- Margem Ebitda: 50,5% (-0,2 ponto percentual a/a);
- Receita líquida: de R$ 6,6 bilhões (+5,7% a/a);
- Investimentos (capex): R$ 1,37 bilhão (+6,4% a/a);
- Base móvel de clientes: 62,06 milhões (+1,3% a/a);
- Pré-pago: 31,86 milhões (-5,3% a/a);
- Pós-pago: 30,2 milhões (+9,4% a/a);
- Base de clientes TIM Ultrafibra: 790 mil (-1,6% a/a).
Diante do lucro crescente, a TIM (TIMS3) também anunciou a distribuição de R$ 200 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP).
O montante corresponde ao valor bruto de R$ 0,08262 por ação TIMS3. A cifra está sujeita à retenção do Imposto de Renda na fonte à alíquota de 15%.
Para ter direito aos proventos, é preciso possuir ações da telecom em 17 de fevereiro de 2025. A partir do dia seguinte, os papéis passarão a ser negociados “ex-direitos” e tendem a sofrer um ajuste na cotação.
Isso significa que o investidor pode optar por comprar os papéis até a data limite e receber a remuneração ou aguardar o dia 18 e adquiri-los por um valor menor, mas sem o direito aos JCP.
Já o pagamento dos dividendos está previsto para acontecer até o dia 22 de abril.
Veja a cobertura completa do balanço aqui.
* Com informações do Money Times.
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