Boa pagadora de dividendos, Equatorial (EQTL3) é a queridinha dos gestores — e não está sozinha; eles também contam quais ações estão na ponta vendedora
Pesquisa do BTG Pactual revela também as apostas dos gestores para o Ibovespa, para o dólar e mostra que o ciclo político de 2026 assumiu o protagonismo sobre as questões fiscais
A Equatorial (EQTL3) é considerada uma boa pagadora de dividendos e ganhou ainda mais destaque no mercado após ter garantido a posição de acionista de referência da Sabesp (SBSP3), no âmbito da privatização, além de apresentar bons resultados. Não à toa a empresa do setor de energia é a principal posição comprada — aquela que aposta na alta das ações — entre os gestores.
É isso que mostra uma pesquisa recente realizada na Conferência de CEOs do BTG Pactual. E a Equatorial não está sozinha entre as queridinhas do mercado. Outras favoritas incluem Itaú Unibanco (ITUB4) — que costuma atrair investidores pelo potencial de dividendos robustos, resultados consistentes e perspectivas atrativas de melhor precificação dos papéis — e Eletrobras (ELET3).
A maior empresa de energia da América Latina também surgiu como a ação do mês de março no levantamento feito pelo Seu Dinheiro — e você pode conferir os detalhes aqui — na esteira da resolução do impasse entre a companhia e o governo federal após a privatização.
Vale lembrar que a CEO Conference promovida pelo BTG ocorreu nos dias 25 e 26 de fevereiro e o acordo entre a Eletrobras e a União só foi anunciado dois dias depois, na sexta-feira (28).
- Há mais de um ano, o governo questionava na Justiça a governança da Eletrobras após a desestatização. O acordo da semana passada removeu a obrigação de capitalizar a Eletronuclear caso a União decida seguir em frente com a construção de Angra 3 e mantém o limite de 10% do direito de voto para qualquer acionista. O Seu Dinheiro contou os detalhes aqui.
Os gestores ouvidos na pesquisa do BTG não estão apenas comprados. As posições vendidas — aquelas que apostam na queda do ativo — são lideradas pela Ambev (ABEV3), seguidas por Bradesco (BBDC4) e Lojas Renner (LREN3).
As ideias consideradas de maior risco e fora do consenso incluem Cosan (CSAN3), Tenda (TEND3) e Serena Energia (SRNA3).
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Além das ações: os setores comprados e vendidos
Entre os setores, o de serviços públicos é o mais favorecido para posições compradas — com um aumento acentuado na preferência: 57% dos votos em comparação com 37% no mês passado, enquanto o setor financeiro ocupa o segundo lugar.
O setor de varejo continua sendo o favorito para posições vendidas, embora ligeiramente menos do que antes, com 35% dos votos, contra 39%.
Os recursos básicos também são considerados "fora de moda", segundo o levantamento.
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Ibovespa, câmbio, eleição e Trump
Com relação ao Ibovespa, os gestores preveem uma alta modesta para o principal índice da bolsa brasileira — a maioria mirou a faixa de 130 mil e 140 mil pontos. Poucos são os que esperam que ultrapasse os 140 mil pontos.
Vale lembrar que, atualmente, o Ibovespa está operando na casa dos 123 mil pontos.
Com relação ao câmbio, as expectativas sugerem alguma valorização do dólar, com a maioria dos votos estimando a taxa de câmbio na faixa de R$ 5,90 e R$ 6,00 até o final do ano.
Hoje, a moeda norte-americana está sendo negociada próxima de R$ 5,77.
A pesquisa revelou ainda que o sentimento do investidor está se inclinando para o risco, com um foco crescente no próximo ciclo político de 2026 no Brasil.
Por aqui, o próximo ciclo político de 2026 assumiu a liderança como tema dominante (47% dos votos), superando as preocupações com as perspectivas fiscais (42%).
Globalmente, a perspectiva para as taxas de juros dos EUA é a principal preocupação (72%), seguida pelas potenciais tarifas de Donald Trump (17%).
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Confiança x riscos: a opinião dos gestores
De acordo com o levantamento, 31% dos investidores estão otimistas e 9% muito otimistas com o mercado de ações. Uma parcela significativa de gestores, cerca de 35%, permanece neutra, indicando baixos níveis de convicção.
A maioria dos investidores (62%) ainda acredita que o Ibovespa está subvalorizado, com 22% considerando-o extremamente subvalorizado.
A confiança no aumento das posições está crescendo, com 45% dispostos a fazê-lo, ante 34% no mês passado.
Embora a maioria dos gestores relate estabilidade (54%), os resgates continuam sendo um problema persistente: 30% dos entrevistados sofrem resgates atualmente.
Vale lembrar que esta análise é baseada em uma pesquisa realizada durante a Conferência de CEOs do BTG Pactual e reflete o sentimento dos gestores de portfólio no momento em que foi realizada. É importante notar que as condições de mercado e o sentimento dos investidores estão sujeitos a mudanças.
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